segunda-feira, 30 de abril de 2012

SINDSERPE - CURSO EM 5 MÓDULOS - FORMAÇÃO CONTINUADA - INÍCIO EM JUNHO DE 2012

Helder Molina destacou que o SINDSERPE está tomando uma atitude revolucionária ao trazer esse curso para a Instituição. “Essa decisão trará como conseqüência o rompimento de costumes, práticas e hábitos que não são positivos para o movimento. É preciso disciplina, estudo crítico e estratégia”, conclui Molina. > Para Renilson Oliveira, presidente do SINDSERPE, a formação serve como uma mola propulsora, uma ferramenta para reflexão e renovação. “Vamos possibilitar o conhecimento político, resgatar a história das lutas da categoria em busca de uma sociedade mais democrática”, reforça Oliveira.

SINDSERPE - SEMINÁRIO CONSTRÓI PROJETO DE FORMAÇÃO SINDICAL CONTINUADA

SINDICATO DOS SERVIDORES ESTADUAIS DE PERNAMBUCO - SEMINÁRIO DE ELABORAÇÃO DO PROJETO DE FORMAÇÃO SINDICAL CONTINUADA. > O Seminário de Formação do SINDSERPE contou com a participação do DIEESE, através de Jaqueline Natal, além do Secretário de formação da CUT/PE, Fabiano Moura e do professor e historiador Helder Molina que conduzirá os cinco módulos que compõem o curso de formação a ser realizado durante o ano. > Jaqueline fez um panorama da atuação do movimento sindical desde a década de 70 até os dias atuais, atravessando a ditadura, economia, com os planos para contar a hiper-inflação, entrada do FMI, direito a sindicalização (artigo 37 da Constituição – 1988), além da luta pela redemocratização, sucateamento dos órgãos públicos, a instituição do estado mínimo, demissão de servidores públicos, o modelo neoliberal e a chegada de Lula ao poder representando a classe trabalhadora. > Já Fabiano Moura, Secretário de Formação da CUT-Pernambuco, ressaltou a importância de discutir a formação das lideranças sindicais a fim de resgatar as bandeiras de luta do movimento reforçando a mobilização das categorias e fortalecendo o papel da CUT nesse processo. > Em um segundo momento, tratando da formação política, Helder Molina destacou que o SINDSERPE está tomando uma atitude revolucionária ao trazer esse curso para a Instituição. “Essa decisão trará como conseqüência o rompimento de costumes, práticas e hábitos que não são positivos para o movimento. É preciso disciplina, estudo crítico e estratégia”, conclui Molina. > Para Renilson Oliveira, presidente do SINDSERPE, a formação serve como uma mola propulsora, uma ferramenta para reflexão e renovação. “Vamos possibilitar o conhecimento político, resgatar a história das lutas da categoria em busca de uma sociedade mais democrática”, reforça Oliveira.

CONTEÚDO-PROGRAMA DO CURSO BÁSICO DE FORMAÇÃO POLÍTICA SINDICAL

Elementos básicos sobre como funciona a sociedade capitalista; Breve história da organização sindical dos trabalhadores no Brasil; da escravidão, à era Vargas e ao novo sindicalismo; O que é sindicato, Centrais Sindicais. Quem são as atuais centrais sindicais; CUT: História e concepção sindical; Organização por Ramos: Contraf/CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro) -História e organização do sindicalismo bancário; Organização por Local de Trabalho: Representação sindical de base; Concepções e práticas do dirigente sindical; Tópicos sobre trabalho decente: Terceirização, precarização e direitos trabalhistas; Tópicos sobre a crise econômica mundial e seus reflexos nas condições de trabalho e direitos dos bancários. Fonte: Seeb-Dourados e Região, por Joacir Rodrigues

...POIS É DE BATALHAS QUE SE VIVE A VIDA (RAUL SEIXAS)

Helder Molina é Historiador/UFF (Universidade Federal Fluminense), Doutorando em Políticas Públicas e Formação Humana/UERJ (Universidade Estadual do Rio de Janeiro), professor da Faculdade de Educação/UERJ, mestre em educação/UFF, pós graduado em História do Brasil, educador sindical desde 1993, assessor de formação e planejamento de gestão, pesquisador/estudioso dos temas: Marxismo, Sindicalismo, Trabalho, Educação, Classes Sociais, Estado e Políticas Públicas.

FORMAÇÃO POLÍTICA, CONSCIÊNCIA DE CLASSE E AÇÃO SINDICAL

Sindicato realizou Curso de Formação Sindical para a sua diretoria na sexta e sábado O Sindicato realizou neste final de semana, na sexta e no sábado, durante todo o dia, um Curso de Formação Sindical para toda a diretoria, para o conselho fiscal e, também, aos delegados sindicais. A coordenação do curso foi do Secretario de Formação Sindical da entidade, Laudelino Vieira dos Santos e teve as suas despesas custeadas pela Fetec/CUT/CN (Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Centro Norte), a qual o Sindicato é filiado. Na avaliação de Laudelino, “A participação da maioria dos diretores do sindicato durante os dois dias de curso foi muito positiva e mostrou que, especialmente esses companheiros que estiveram presentes no curso e não se ausentaram em nenhum momento durante os dois dias estão comprometidos com a categoria e buscando se aperfeiçoar para melhorar o seu trabalho frente aos desafios do dia-a-dia colocados para os trabalhadores”. A realização do curso, com o tema: Concepção, Organização, Gestão e Prática Sindical, fez parte da programação do Dia do Trabalhador, 1º de maio, que é comemorado nesta terça-feira e, além dos bancários, teve também a participação de companheiros do Sista/UFGD (Sindicato dos Trabalhadores das Universidades Federais do Estado de Mato Grosso do Sul) e do Sinjorgran (Sindicato dos Jornalistas da Grande Dourados). Na foto, ao centro o Educador Helder Molina, que ministrou o curso, ladeado pelo Diretor de Formação Laudelino Vieira a sua direita e, por Raul Verão, presidente do Sindicato dos Bancários a sua esquerda. Helder Molina é Historiador/UFF (Universidade Federal Fluminense), Doutorando em Políticas Públicas e Formação Humana/UERJ (Universidade Estadual do Rio de Janeiro), professor da Faculdade de Educação/UERJ, mestre em educação/UFF, pós graduado em História do Brasil, educador sindical desde 1993, assessor de formação e planejamento de gestão da CUT nacional, pesquisador/estudioso dos temas: Marxismo, Sindicalismo, Trabalho, Educação, Classes Sociais, Estado e Políticas Públicas. O conteúdo programático do curso foi: Elementos básicos sobre como funciona a sociedade capitalista; Breve história da organização sindical dos trabalhadores no Brasil; da escravidão, à era Vargas e ao novo sindicalismo; O que é sindicato, Centrais Sindicais. Quem são as atuais centrais sindicais; CUT: História e concepção sindical; Organização por Ramos: Contraf/CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro) -História e organização do sindicalismo bancário; Organização por Local de Trabalho: Representação sindical de base; Concepções e práticas do dirigente sindical; Tópicos sobre trabalho decente: Terceirização, precarização e direitos trabalhistas; Tópicos sobre a crise econômica mundial e seus reflexos nas condições de trabalho e direitos dos bancários. Fonte: Seeb-Dourados e Região, por Joacir Rodrigues

CURSO DE FORMAÇÃO - BANCÁRIOS DOURADOS MATO GROSSO DO SUL

CURSO DE FORMAÇÃO - BANCÁRIOS DOURADOS MATO GROSSO DO SUL > Elementos básicos sobre como funciona a sociedade capitalista; > Breve história da organização sindical dos trabalhadores no Brasil; da escravidão, à era Vargas e ao novo sindicalismo; > O que é ...sindicato, Centrais Sindicais. > Quem são as atuais centrais sindicais; > CUT: História e concepção sindical; > Organização por Ramos: Contraf/CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro) -História e organização do sindicalismo bancário; > Organização por Local de Trabalho: Representação sindical de base; > Concepções e práticas do dirigente sindical; > Tópicos sobre trabalho decente: Terceirização, precarização e direitos trabalhistas; > Tópicos sobre a crise econômica mundial e seus reflexos nas condições de trabalho e direitos dos bancários

ANÁLISE DE CONJUNTURA - ECONÔMICA, POLÍTICA E SOCIAL - SIND NAC PESQ DESENV AGROPECUÁRIO

NACIONAL E INTERNACIONAL - PLENÁRIA NACIONAL SINPAF Helder Molina, professor da UERJ, que também é assessor de formação política do SINPAF, defendeu que o “objetivo do sindicato é defende...r as empresas públicas, lutar por direitos e colocar uma trava para impedir que o que consquistamos seja retirado. Toda vez que há crise forte, cresce discurso fascista e a criminalizacão dos movimentos sociais”, alertou os delegados(as) sobre a necessidade de o movimento sindical se unir aos setores de resistência ao modelo de desenvolvimento que produz a crise estrutural da qual são vítimas.

CRISE CAPITALISTA E PAPEL DOS SINDICATOS

CRISE DO CAPITALISMO E PAPEL DOS SINDICATOS A crise que assola países da Europa e dos EUA produz reflexos também no Brasil, observa Molina. “Este é um momento de vingança do capital contra o trabalho. Durante 70 anos, o mundo do trabalho conseguiu disputar hegemonia com as elites capitalistas, o que refreou a roldana do capitalismo. Nos últimos 20 anos, porém, assistimos ao desmonte de conquistas de bem-estar social”. Como consequência desse quadro, em nosso país, também está o esvaziamento de políticas de Estado e a construção de uma agenda agressiva de privatizações – que agora é conduzida pela via da precarização do trabalho. “A linguagem das empresas, bancos e governo, inclusive a Embrapa, prioriza as seguintes palavras: produtividade, competitividade e lucratividade”, avalia. E qual o papel dos sindicatos nesse contexto? Para o palestrante, é urgente organizar a luta contra a hegemonia com autonomia, independência e organização, aliada a uma ampla política de formação. “Sem ela, a gente é lata vazia que faz barulho, nos submetemos ao pragmatismo e ao oportunismo. Muitos dirigentes sindicais ficam reféns porque não aprofundam os estudos”. Lutar por emprego e salário, afirma o professor, não pode mais ser o único objetivo dos sindicatos.“É fundamental que vocês, do setor público, resgatem o papel do Estado como indutor de políticas públicas”, arremata. Ao final da exposição, os participantes tiraram dúvidas e debateram com o convidado.

CONJUNTURA - CABO DE GUERRA - LUTA DE CLASSES

SINDICATO NACIONAL DOS TRABALHADORES EM PESQUISA E DESENVOLVIMENTO AGROPECUÁRIO ANÁLISE DE CONJUNTURA: CABO DE GUERRA, LUTA DE CLASSES Helder Molina, professor da Faculdade de Educação da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). Segundo Molina, avançar no entendimento da luta de classes – reconhecendo aliados, inimigos, espaços de luta e os interesses das diferentes forças produtivas – é essencial para o aprimoramento das conquistas da classe trabalhadora. Também é preciso confrontar o quadro político econômico atual com conjunturas anteriores e entender como funciona a disputa por hegemonia (ou a dominação de uma classe sobre outra) em nossa sociedade. “A mídia nunca vai falar bem do SINPAF, do servidor público, apoiando suas reivindicações. A mídia representa projetos, é um partido orgânico da classe dominante”, ilustra. Para ele, o cenário político nacional vem sendo marcado pela disputa entre as forças de direita, esquerda e centro. “Nos últimos 40 anos, nenhum dos três tem hegemonia política na sociedade – até porque ninguém ganha eleição sozinho. Podemos dizer que hoje está em curso um projeto de desenvolvimento capitalista com distribuição de renda, de coexistência entre o setor monetarista e o desenvolvimentista”.

segunda-feira, 23 de abril de 2012

SINPAF/NACIONAL, BANCÁRIOS DE DOURADOS, FETEMS/MATO GROSSO DO SUL

24/4 – Terça - Plenária Nacional do SINPAF - Análise da Conjuntura Nacional e Internacional Brasília - DF 27 e 28/4 – Sex/Sab - Curso de Formação do Sindicato dos Bancários de Dourados - Mato Grosso do Sul Dourados-MS 02 e 03/05 - Quarta e Quinta Curso de Formação Política "Módulo sobre Teoria Política" - Federação dos Trabalhadores da Educação de Mato Grosso do Sul - FETEMS Campo Grande - MS

MÁQUINA SINDICAL ALIENA E PRENDE

Lutamos contra o imediatismo, a movimentismo, e tantos ismos que tornam o sindicatos e a máquina sindical um fim em si mesmo. Sindicato é um instrumento, uma ferramenta da classe, não é posse de nenhuma corrente, nenhum partido, nenhuma religião, nenhum fundamentalismo. Os sindicatos devem estar na frente, encabeçando as lutas, mas também o estudo, a reflexão, a produção do conhecimento, para a mudança social, para construir uma outra sociedade.

PREGUIÇA E ACOMODAÇÃO SÃO INIMIGOS DA FORMAÇÃO

Os sindicatos podem e devem estimular seus diretores a fazerem formação, serem solidários na hora de organizar as atividades, lutamos contra a mídia, os empresários, os fazendeiros, os banqueiros, os patrões públicos e privados, é verdade. Mas também lutamos contra nossa preguiça e acomodação, nosso corporativismo que acha que o sindicato basta por si mesmo, que só vive para fazer campanha salarial, e olhe lá. .

PERGUNTAS DE QUEM FAZ FORMAÇÃO POLÍTICA SINDICAL...

1. Há um discurso recorrente de que existe uma crise identidade no movimento sindical, há essa crise? 2. Como se dá essa mutação, fragmentação, e que encruzilhada é essa? 3. Como assim? Uma adaptação à ideologia neoliberal? 4. Qual então, específicamente, deve ser o papel da formação nos sindicatos? E da educação na sociedade? 5. Quais os temas mais importantes para formação básica dos dirigentes e militantes sindicais, diante dessa metamorfose? 6. E as questões ambientais, da juventude, dos trabalhadores desempregados? Os sindicatos não são muito corporativos? 7. Como atuar diante do desemprego e da informalidade, dos jovens? 8. É possível resgatar? Ou é só desejo? 9. E os recursos humanos, financeiros, e vontade política, tem?

AGIR NO CONTEXTO, CONSTRUIR OUTRO TEXTO

Educação-experimento-troca-prática-avaliação. Prática que se aprende. Aprendizado que pratica uma teoria que liberta. Práxis formadora, inconformadora, criadora, transformadora. Todos podem. Todos sabem. Todos fazem. Mundo da razão, razão do mundo. Ser educador hoje, mais que professor, é usar o texto para entender e mudar o contexto. Agir no contexto e construir um outro texto. Este é um manifesto de luta. Lutamos contra a barbárie, sonhamos um mundo farto de flores, sorrisos, sonhos e pão, num barco perfumado onde risos de crianças vêm nos acordar para um novo dia que nasce.

PRÁXIS - TEORIA>PRÁTICA>TEORIA...

Os vencedores nunca foram sempre vencedores, e não o serão por muito tempo. Os que agora perdem, já venceram, e poderão vencer de novo. É a marcha da história, são os processos sociais. Nenhuma saída é individual ou permanente. Todas os grandes movimentos que moveram, e movem, a história são frutos de processos coletivos. E tantas lições a história nos ensina. Os saberes são construidos nas relações sociais. Da interação entre os homens, e as mulheres, nascem as grandes respostas aos desafios dos tempos em que se vive. Educar, assim, é ser inquietamente paciente, perseverantemente vigilante. Ouvir. Ouvir. Ouvir. Ouvir bastante. Ouvir é um ato educativo. Falar, mas sempre atento ao ato de ouvir. Teorizar sobre a prática. Praticar o que se teoriza. É avaliar sempre o que se pratica e o que se teoriza. Caminham juntas, inseparáveis, indispensáveis. Isso práxis.

COMBATER A INDIFERENÇA POLÍTICA E A NATURALIZAÇÃO DA DESIGUALDADE

Nossas palavras, nossas práticas, nossos exemplos devem servir para animar os que estão ao nosso redor, e convidá-los a se inquietar diante da indiferença, e a criar coragem diante do desconhecido, de desvendar o que nos parece complexo. Ser professor, hoje, na sala de aula, na relação com os alunos, significa ver neles novos sujeitos históricos, agentes da construção de um mundo sem segregação, sem excludência, sem fronteiras sociais. Nós que são educadores por formação, temos algo a dizer aos governos e aos donos de escolas particulares: Não somos “tios” ou “tias”, nem somos “ sacerdotes do ensino”. Somos profissionais, somos trabalhadores, temos direitos, temos dignidade, exigimos respeito, queremos ser ouvidos. Nossa opinião deve ter algum valor nas mesas de decisões das grandes políticas sobre a educação e a sociedade, e nas políticas do cotidiano escolar, enfim. Nossa prática é marcada por avanços e recuos, coragens e medos, ânimos e cansaços, fluxos e refluxos, mas a própria história das sociedades humanas é assim.

EDUCAR OS TRABALHADORES CONTRA A ALIENAÇÃO POLÍTICA

Nós, parceiros dos oprimidos, educadores de um povo sofrido, educadores de jovens e adultos que insistem em não perder dos olhos o brilho da esperança por mundo melhor, cada dia mais distante. Nós, que aprendemos a esperar caminhando. Caminhantes de causas coletivas, aprendemos que educar é semear. Somos plantadores de sementes, mesmo em terras endurecidas pelas brutas estruturas das relações na sociedade atual. Educar deveria ser um ato de denúncia das estruturas injustas, de combate pela igualdade e pelos direitos, de revolucionar a vida e os costumes, de libertação dos indivíduos de obscurantismo cultural e da cegueira políticas, da luta pela cidadania, da construção da consciência crítica, da conquista da autonomia , enfim, da fraternidade e da solidariedade. Temos que ler a palavra tendo a dimensão de que, por ela, buscamos ler e interpretar o mundo. Somos aprendizes numa sociedade que construiu enormes correntes que prendem os indivíduos a uma relação fragmentada e parcializada com os outros e consigo mesmo. Um sociedade onde os valores são marcados pelo individualismo, a alienação, a ignorância política, o analfabetismo social.

A Pedagogia da Luta - A Práxis nos Movimentos sociais e no Fazer Político

A Pedagogia da Luta - A Práxis nos Movimentos sociais e no Fazer Político Aprender e ensinar, ler e escrever, são atos de prazer. Aprendi com Paulo Freire, Thiago de Mello e Carlos Drummond Andrade. Gosto de escrever cartas a quem ousa ensina e aprender, como diz Paulo Freire. Neste deserto social em que vivemos, ávidos de esperança, nosso desafio é resgatar uma pedagogia que seja ousadia. Pedagogia da ousadia. Uma pedagogia, um fazer educativo que seja como água fresca que faça irrigar esta aridêz opressora que assola o mundo. Fazer brotar esperança, coragem que fertilizem nosso fazer histórico. Estive relendo as CARTAS DE QUEM OUSA ENSINAR, de Paulo Freire. Com certa nostalgia reli algumas de suas reflexões. Singelas, estimulantes, provocativas, convoca-nos ao compromisso. Quase sempre um convite a continuar resistindo e lutando. O poeta Thiago de Mello, nos seus versos, afirma “ FAZ ESCURO MAS EU CANTO, PORQUE O AMANHA VAI CHEGAR”. E é esse amanha, desenhado no horizonte, que nos move a caminhar. Eduardo Galeano enxerga nesse amanha uma utopia andarilha.

FORMAÇÃO E CONSCIÊNCIA DE CLASSE

A construção da consciência de classe, seja individual ou coletiva, é um processo social, um movimento prático de transformação, através do qual os trabalhadores adquirem uma percepção de sua existência social, enquanto, ao mesmo tempo, nega e destrói o sistema de dominação.Isto não significa subestimar o papel desempenhado pela teoria mas, preferencialmente, significa coloca-la no devido lugar, A consciência de classe é, portanto, uma síntese, tirada da experiência pessoal adquirida no decorrer de uma prolongada luta, que criticamente revê todo o conhecimento previamente disponível. É indispensável, ao mesmo tempo, que os trabalhadores compreendem a essência da sociedade capitalista, as relações de exploração entres as classes sociais, e suas próprias tarefas históricas

SEM FORMAÇÃO POLÍTICA, NOS TORNAMOS ESCRAVOS DO COTIDIANO SINDICAL

A luta, por mais justa que seja, sem a presença do estudo crítico da realidade, da reflexão teórica, perde substância, esvazia-se de conteúdo. Sem a formação continuada e permanente, sem a disciplina de nos tornamos intelectuais de nossa classe, caímos num praticismo, num administrativismo, num burocratismo perigoso, acrítico, apolitizado, e nos tornamos escravos do cotidiano. O sindicato se reduz ao um conjunto de tarefas imediatas, Sem sentido estratégico, transformador e sem ruptura com o status quo." (Florestan Fernandez, 1993. Foi sociólogo, professor da USP)

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Cursos e Atividades Já Confirmados - Abril/Maio/Junho/Julho

Atualizada em 11/4/2012

Abril

12/4 - Quinta Feira
Seminário NacionalSobre Negociação Coletiva - Federação Nacional dos Assistentes Sociais - FENAS
Rio de Janeiro -RJ

13/4 - Sexta Feira
Mesa sobre Negociação Coletiva, no XXI Congresso Nacional da Federação dos Sindicatos de Servidores das Universidades Brasileiras - FASUBRA
Poços de Caldas- MG

14/4 - Sábado
Oficina sobre Negociação Coletiva - FENAS
Rio - RJ

17/4 - Ter
Seminário de Formação - Sindicato dos Servidores Estaduais de Pernambuco - SINDSERPE
Recife - PE

19 a 20/4 – Quinta/Sexta Feira
Curso de Formação no Sindicatos dos Bancários de Rondônia - Porto Velho - RO
Porto Velho - RJ

24/4 – Seg/Ter
Plenária Nacional do SINPAF - Análise da Conjuntura Nacional e Internacional
Brasília - DF

27 e 28/4 – Sex/Sab
Curso de Formação do Sindicato dos Bancários de Dourados - Mato Grosso do Sul
Dourados-MS

Maio
02 e 03/05 - Quarta e Quinta
Curso de Formação Política "Módulo sobre Teoria Política" - Federação dos Trabalhadores da Educação de Mato Grosso do Sul - FETEMS
Campo Grande - MS

05/5 - Sab
Curso de Formação do Sindicato dos Bancários do Acre - Rio Branco - Acre
Rio Branco - AC

11 e 12/5 – Sex/Sab
Curso de Formação do Sindicato dos Bancários de Alagoas - Maceió - Alagoas
Maceió - AL

15 a 18/5 – Ter/Sex
Sindicato dos Servidores Federais - DF
Brasília - DF

19 e 20/5 – Sab/Dom
Sind Serv Estaduais GDF
Brasília - DF

25 e 26/5 – Sex/Sab
Curso dos Bancários de Campo Grande – Campo Grande - Mato Grosso do Sul
Campo Grande - MS

Junho
12 a 14/6 – Ter/Qui
Congresso do Sindicato dos Servidores Federais de Mato Grosso - SINDSEP-MT - Cuiabá - MT
Cuiabá- MT

15/5 - Sex
Curso de Formação do Sindicato dos Bancários de Roraima - Boa Vista - Roraima
Boa Vista - RR

23 e 24/6
Sindicato dos Servidores Estaduais do GDF - SINDSER - DF - Brasília - DF
Brasília - DF

Julho
28 e 29/7
SINDSER - DF

terça-feira, 3 de abril de 2012

ABRIL: CURSOS JÁ AGENDADOS - RIO/RONDÔNIA/MATO GROSSO DO SUL/PERNAMBUCO/BRASÍLIA

Abril

12/4 - Qui - Rio de Janeiro - RJ
Negociação Coletiva
Seminário Nacional sobre Negociação Negociação Coletiva
Federação Nacional dos(as) Assistentes Sociais

17/4 - Ter - Recife -PE
Palestra e Oficina sobre Formação, Consciência de Classe, Organização Sindical e Serviço Público
Sindicato dos Servidores Estaduais de Pernambuco

19 e 20/4 – Qui/Sex _ Porto Velho -RO
Curso sobre Linguagem, Construção de Discurso e Oratória
Sindicato dos Bancários de Rondônia


23 e 24/4 – Seg/Ter - Campo Grande - MS
Curso de Formação CNTE - Módulo sobre Teoria Política
Federação dos Trabalhadores da Educação de Mato Grosso do Sul


24, 25, 26, 27/4 – Ter/Sex - Brasília -DF
Curso Básico para Delegados Sindicais: Sindicalismo, organização, ideologia
e luta de classes hoje
Sindicato dos Servidores Federais do Distrito Federal

27 e 28/4 – Sex/Sab - Dourados - Mato Grosso do Sul
Curso Básico: História, concepção, gestão e prática sindical
Sindicato dos Bancários de Dourados

Conceitos Básicos sobre capital, capitalismo, trabalho, produção classes sociais, movimentos sociais.

Conceitos Básicos sobre capital, capitalismo,
trabalho, produção classes sociais, movimentos sociais.

Helder Molina

• Modo de produção capitalista: organização das forças produtivas e das relações sociais com o intuito de gerar mais-valia que garanta a produção material e a reprodução social do Estado Capitalista.

• Forças produtivas: terra, trabalho, capital, tecnologia: elementos essenciais à produção capitalista.

• Relações sociais de produção: organização e interação das pessoas e das classes na sociedade, tendo em vista a produção material e a reprodução social, a manutenção e ampliação das relações sócio-políticoeconômicas.

• Classes sociais: grupos de pessoas que se diferenciam, entre si, pelo lugar que ocupam no sistema de produção social historicamente determinado, pelas relações em que se encontram no que diz respeito aos meios de produção, pelo papel que desempenham na organização social do trabalho, e, conseqüentemente, pelo modo de receber e pela proporção que recebem a parte da riqueza social de que dispõem. As classes são grupos humanos, um dos quais pode apropriar-se do trabalho do outro, por ocupar posto diferente, num regime determinado da economia social.

• Infra-estrutura: base econômica da produção dos bens materiais de determinada sociedade que condiciona o surgimento da superestrutura.

• Superestrutura: organização das instâncias política, jurídica e ideológica nas diferentes manifestações do Estado e da sociedade civil.

• Luta de classes: relações conflitantes de interesses entre as classes sociais; processo dialético que atua como motor da história, criando o movimento permanente em razão das contradições, da exploração das classes dominantes; para Marx, toda história transcorrida até então tinha sido uma história de lutas de classes.

• Mais-valia: processo histórico de exploração do trabalho que propicia a acumulação do capital; denomina-se também trabalho não pago e apropriado pelo capitalista, e trabalho morto.


• Propriedade privada dos meios de produção: resultado concreto do processo histórico que possibilitou a concentração da riqueza nas mãos de poucos (terra, trabalho, capital, matérias primas, ouro, prata, pedras preciosas), através da expropriação, pirataria, guerras, etc. viabilizando a organização de um modo de produção que se mantém e amplia pela exploração daqueles que só têm sua força de trabalho para vender ou negociar.

• Contrato: dispositivo sócio-jurídico, político-econômico que assegura às partes contratantes, direitos e deveres pré - estabelecidos e sujeitos a sanções, em caso de inadimplência.

• Produção ampliada: processo produtivo que parte do capital para produzir mercadoria que, vendida no mercado, permite obter o capital inicial acrescido da mais-valia.

• Salário: pagamento pelo tempo de trabalho realizado pelo trabalhador e que deverá garantir a produção e reprodução social do trabalhador, produção de futuros trabalhadores (as).

• Renda da terra: percentual pago pelo arrendatário ao proprietário do imóvel, para que possa utilizar a terra na produção de mercadorias; a renda da terra é um custo social pago pela sociedade para que ela possa desfrutar dos bens e alimentos necessários e produzidos no campo.

• Juros: tributação imposta em razão do empréstimo e aplicação do dinheiro alheio.

• Mercadoria: produto para o mercado; bem de uso e bem de troca que se constitui no produto do modo de produção capitalista, capaz de assegurar ganhos, lucros e mais-valia no mercado.

O Analfabeto Político (Bertold Brecht)

O Analfabeto Político
(Bertold Brecht)

"O pior analfabeto é o analfabeto político.
Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos.
Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão,
do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio
dependem das decisões políticas.
O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia
a política. Não sabe o imbecil que da sua ignorância política nasce a prostituta,
o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos que é o político vigarista,
pilantra, o corrupto e lacaio dos exploradores do povo."

O Sindicato (adaptado de “O Partido”, de Bertold Brecht)

O Sindicato

(adaptado de “O Partido”, de Bertold Brecht)

Mas quem é o sindicato?
Ele fica sentado em sua casa com telefone?
Seus pensamentos são secretos,
Suas decisões desconhecidas?
Quem é ele? Nós somos ele você, eu, vocês, nós todos.
Ele veste a sua roupa, companheiro,
E pensa como a sua cabeça
Onde moro é a casa dele,
E quando você é atacado ele luta
Mostre-nos o caminho que devemos seguir
E nós seguiremos com você.
Mas não siga sem nós o caminho correto
Ele é sem nós, o mais errado
Não se afaste de nós!
Podemos errar e você ter razão.
Portanto, não se afaste de nós!
Que o caminho curto é melhor que o longo,
Ninguém nega. Mas quando alguém o conhece
E não é capaz de mostrá-lo a nós,
De que nos serve sua sabedoria?
Seja sábio conosco! Não se afaste de nós!

O elogio da dialética (Bertold Brecht)

O elogio da dialética
(Bertold Brecht)

A injustiça passeia pelas ruas com passos seguros.
Os dominadores se estabelecem por dez mil anos.
Só a força os garante.
Tudo ficará como está.
Nenhuma voz se levanta além da voz dos dominadores.
No mercado da exploração se diz em voz alta:
Agora acaba de começar:
E entre os oprimidos muitos dizem:
Não se realizará jamais o que queremos!
O que ainda vive não diga: jamais!
O seguro não é seguro. Como está não ficará.
Quando os dominadores falarem
falarão também os dominados.
Quem se atreve a dizer: jamais?
De quem depende a continuação desse domínio?
De quem depende a sua destruição?
Igualmente de nós.
Os caídos que se levantem!
Os que estão perdidos que lutem!
Quem reconhece a situação como pode calar-se?
Os vencidos de agora serão os vencedores de amanhã.
E o "hoje" nascerá do "jamais".

Analisando a atual conjuntura brasileira e mundial, a batalha das classes por meio da “arte de negociar”?

Analisando a atual conjuntura brasileira e mundial, que terreno você enxerga para a batalha das classes por meio da “arte de negociar”?

A negociação e conquista dos direitos dos trabalhadores contra o capital e os governos, a luta de classes, a permanente batalha das idéias, o confronto cotidiano entre patrões e empregados negociação, as táticas e estratégias que os trabalhadores constroem para atuarem nos cenários da ação sindical, como atores políticos e sociais, são exemplos concretos do que chamamos de A Arte da Guerra.

Os terrenos da luta de classes são como verdadeiros campos de batalhas. Para enfrenta-lo, os sindicatos devem conhecer e analisar a correlação de forças, ter a definição clara de quem são adversários e aliados nesses processos, ver a força e a disposição de luta de seu “exército” (os trabalhadores e trabalhadoras), e o deles (gestores, patrões, governos), eis as condições fundamentais para se encaminhar para uma negociação, mobilização, greve, enfim. Guardadas as devidas proporções, a arte de negociar é uma arte de guerrear.

O capital e o Estado capitalista desenvolvem armas potentes para a guerra de classes, entre eles, e contra nós. Portanto, não é uma tarefa para amadores


Helder Molina é historiador, professor da Faculdade de Educação da UERJ,mestre em Educação, doutorando em Políticas Públicas e Formação Humana, pesquisador, educador e assessor sindical.

O que precisa ser evitado em uma mesa de negociações?

E o contrário, o que precisa ser evitado em uma mesa de negociações?

Tente descobrir o máximo possível de informações da pessoa com quem está negociando. Quais são seus interesses e motivações? E suas necessidades, desejos, preocupações.

Na negociação temos que ser estrategistas, isso inclui imaginar quais são as ações que a outra parte pode tomar. É como em um jogo de xadrez: antes de mexer qualquer peça, você precisa avaliar o que aquela ação vai influenciar no jogo do outro. Quais são as peças que ele detém?

Qual é a posição delas e que tipo de risco representam? Isso envolve pensar bastante antes de tomar qualquer decisão. Muitas pessoas se deixam tomar pela ansiedade de acabarem logo com a negociação ou de conseguirem o que querem mais rapidamente, acabam agindo precipitadamente.

Decidem sem se preocupar com as possíveis reações do outro e se distanciam dos seus objetivos.Depois de ler e aprender com essas habilidades, você deve ser capaz de melhorar suas negociações.

A arte de negociar com a arte de guerrear e até cita as lições do general Sun Tzu no livro “A Arte da Guerra”.

Num curso sobre negociação coletiva você compara a arte de negociar com a arte de guerrear e até cita as lições do general Sun Tzu no livro “A Arte da Guerra”.

Nesse cenário de disputa de classes, partindo da posição dos trabalhadores, quais as condições fundamentais para se obter êxito?

O curso é um espaço de construção de conhecimento a partir do saber e experiência dos participantes. Para tanto, parte do pressuposto que o próprio conceito de negociação e, mais especificamente, de negociação coletiva seja reconstruído, com base em reflexões tornadas possíveis através da vivência de situações simuladas de negociação e da leitura de textos.

Como na “arte da guerra” É impossível imaginar um exército sem disciplina, onde os soldados ataquem da forma e no momento que bem entenderem, sem seguir uma estratégia de ação definida pelos seus superiores. ´

Na negociação é a mesma coisa. Nenhuma ação deverá ser deflagrada sem a elaboração de um planejamento e o envolvimento de todos os membros. É lógico que poderão haver mudanças de estratégia no meio do percurso. Afinal, as ações são definidas em função das reações incontroláveis do adversário, não é verdade?

Mas, nesse caso, todos os membros deverão estar informados das mudanças e capacitados para entrar em ação na hora, e da forma certa. Negociar sem atentar para a disciplina, é correr o risco de uma grande derrota política e moral. Na negociação, um processo longo, é fundamental ter calma, autocontrole. Dedicar o mesmo tempo para preparar e para falar.

Contar até dez antes de responder, e só depois de ter certeza de que entendeu o que o outro lado está propondo..Ouça mais do que fale e faça isso para entender, não para refutar. Tenha respeito pelo negociador do outro lado da mesa, não se ganha no grito, não se convence na força. Considere as questões levantadas e aconselhe-se antes de decidir.

Como deve ser feito o trabalho de preparação para as negociações?

Negociações coletivas acontecem todos os anos, numa data-base específica. Como deve ser feito o trabalho de preparação para as negociações?

Todo(a) dirigente sindical, as lideranças da base, e a categoria, devem saber que a negociação coletiva entre governos e servidores públicos (caso dos professores(as) e funcionários(as) de escolas), possui algumas especificidades.

O resultado da negociação coletiva, para ter validade, deve ser transformado em projeto de lei, aprovado pelo Poder Legislativo e sancionado depois pelo Executivo. O fato do Poder Executivo só poder criar despesas se autorizado por lei coloca o Legislativo como ator importante e indispensável nesse processo de negociação coletiva, Para entender esse processo, todos(as) trabalhadores(as) devem saber que, para os trabalhadores públicos, há dificuldades com a Justiça do Trabalho para a solução de conflitos.

O poder público deve observar, ainda, as limitações definidas na Constituição Federal, na Constituição Estadual e na Lei Orgânica dos Municípios (conforme cada caso), nas Leis de Diretrizes Orçamentárias, nos orçamentos anuais aprovados pelo Legislativo e na Lei de Responsabilidade Fiscal, em termos de recursos e comprometimento da receita com pagamento de pessoal.

NEGOCIAÇÃO COLETIVA: CABO DE GUERRA? ARTE DA MEDIAÇÃO E RELAÇÃO DE FORÇAS Helder Molina

NEGOCIAÇÃO COLETIVA: CABO DE GUERRA?
ARTE DA MEDIAÇÃO E RELAÇÃO DE FORÇAS

Helder Molina

1. A importância da negociação salarial coletiva para uma categoria de trabalhadores

Com a constituinte de 1988, que garantiu o direito de organização e representação sindical dos(as) trabalhadores(as) do setor público, avançamos muito no processo de negociação.

Mas os governos ainda não respeitam a entidades sindicais como legítimas representantes dos interesses e direitos dos(as) trabalhadores(as), e continuam tratando os(as) trabalhadores(as) como “servos” de seus “feudos”, ou como novos escravos assalariados.

E o conflito na maioria das vezes é inevitável.Na década de 1990, com o advento das políticas neoliberais, houve uma intensificação da flexibilização e confisco dos direitos, precarização das condições e relações de trabalho, e uma busca desenfreada pelas terceirzações.

Hoje temos o direito de greve, mesmo ainda não regulamentado, mas temos que recorrer a ele todos os anos, para negociar. A greve é um direito democrático e um instrumento legítimo de pressão assegurado constitucionalmente aos servidores públicos.

A luta sindical abrange diferentes ações como mobilização, greve, articulação, organização, entre outras, e leva, quase sempre, a momentos ou a processos de negociação em que há disputa de interesses.

SINDICATO: NOSSA CASA COLETIVA, NOSSA IDENTIDADE DE CLASSE, NOSSO INSTRUMENTO DE LUTA

O SINDICATO: NOSSA CASA COLETIVA,
NOSSA IDENTIDADE DE CLASSE, NOSSO INSTRUMENTO DE LUTA

Helder Molina

O sindicato existe para defender os direitos dos trabalhadores. Nossos direitos são frutos de muitas lutas, e para garanti-los temos que ter um sindicato forte e de luta.

Hoje temos emprego, salário, previdência, plano de saúde, e tantos outros direitos garantidos. Milhões de trabalhadores não têm. Amanhã, quem garante que não estaremos sem emprego, vivendo na informalidade, sem salário, sem renda, sem direitos, sem futuro? É pensando nisso que nos organizamos em sindicatos

Os direitos que os trabalhadores têm, hoje, são frutos de muitas lutas, vindas desde o século XIX. Duros combates e mobilizações para melhorar a vida dos trabalhadores se deram não só no Brasil (desde a escravidão), mas no mundo inteiro.

A luta pela definição, e depois pela redução da jornada de trabalho, vem de 150 anos. Quando não havia sindicatos, nem direitos trabalhistas. Era o patrão quem decidia o preço da força de trabalho e a duração da jornada. Eram de 14 ou 16 horas diárias, e o trabalho das crianças e mulheres não remuneradas.

Só na década de 1920 os trabalhadores conquistaram a jornada de 8 horas diárias. E no Brasil foi garantida na lei só em 1932. A vida “produtiva” de um trabalhador não passava de 25 anos de trabalho. Viravam bagaços humanos nas engrenagens das fábricas.

Só a partir de 1910 foi garantido o descanso aos domingos e o direito a férias. E essas conquistas foram à custa de muitas greves, mobilizações de massas, sofrendo repressões violentas, torturas, prisões, desaparecimentos, mortes. Operárias queimadas vivas numa fábrica de Chicago são prova disso

Os grandes banqueiros e empresários só acumulam lucros porque exploram os trabalhadores. Dinheiro não nasce em árvore, nem cai do céu. O lucro privado ou estatal é produto da exploração do trabalho e do trabalhador, e da ausência de políticas sociais de distribuição da riqueza e dos benefícios gerados pelo trabalho humano, ou quando o.

Estado vira um comitê de negócios e interesses das classes que dominam a sociedade e monopolizam a economia

O 13º salário foi conquistado após grandes greves, confrontos sangrentos, desde 1953, em São Paulo. E só foi reconhecido em lei em 1962, no governo Goulart, após uma década de lutas.

As leis de aposentadoria, contra acidentes de trabalho, da licença-maternidade, da periculosidade e insalubridades, fundo de garantia por tempo de serviço, todas, foram resultados de muitas lutas, sem nenhuma dádiva do Estado e dos patrões.

Foram presos mais de cinco mil trabalhadores metalúrgicos, em greve, na frente do sindicato, em São Paulo. Para conquistar um direito que os trabalhadores já tinham na Europa, Japão e nos EUA, menos no Brasil. Questão social no Brasil sempre foi “caso de polícia”.

Nada veio por bondade dos patrões, dádiva do Estado, vontade de Deus, ou por “sorte” de alguns trabalhadores. Ao contrário, só a resistência, a organização, a luta, a mobilização coletiva, traz conquista e direitos.

A empresa privada ou estatal, para implantar banco de horas tem, por força da Convenção Coletiva, negociada pelo sindicato, que se submeter às regras instituídas para proteger nossos direitos.

Todo trabalhador tem direito de se sindicalizar, exercer sua cidadania sindical, opinar, discordar, propor, eleger e ser eleito, desde que participe ativamente da vida de seu sindicato. Quando sindicalizado, não precisa descontar a Contribuição Assistencial, que é decidida em Assembléia.

Por força da Convenção Coletiva, negociada pelo sindicato, as horas extras de domingos e feriados não podem ser compensadas no Banco de Horas, isso é uma conquista de duras lutas e conflituosas negociações.

Nunca é demais registrar: Do céu só cai chuva, sol e as benções da fé. Todos os direitos trabalhistas, direitos sociais, políticos, que temos hoje, foram conquistados através de muitas lutas da organização sindical, dos movimentos sociais. Tudo é fruto de lutas. Se lutando já é difícil, sem luta é muito mais!

O sindicato, ao cobrar Contribuição Assistencial dos trabahadores não sindicalizados, faz um ato de justiça, pois as despesas de uma campanha salarial são grandes, e os direitos e benefícios, quando conquistados e garantidos, são distribuídos a todos e todas, os que lutaram e os que não lutaram. Não é justo que só os sindicalizados se responsabilizem pelos custos. Os sindicalizados sustentam a entidade, sempre, antes e após as campanhas salariais.

Por conseqüência desse ato, a Contribuição Assistencial visa garantir recursos para as despesas da campanha salarial, como cálculos e acompanhamentos estatísticos e sóci0-econômicos, assessoria jurídica, produção de boletins, viagens para negociações, materiais, jornais, publicações de editais)

O trabalhador sindicalizado tem direito garantido de assistência jurídica, seja individual ou coletivo, com advogados de direitos trabalhista, criminal e cível .

O trabalhador sindicalizado tem direito a descontos em diversas instituições de ensino, lazer, esporte, saúde e outras, com as quais o sindicato tem convênio. Veja no site do sindicato a lista de convênios, usufrua desse direito.

Uma negociação salarial é longa, difícil, cansativa, com avanços e recuos, ainda mais em tempos de Crise. O sindicato negocia duramente para que você tenha reajustes sobre o salário, sobre o tíquete e todas as outras cláusulas que envolvem valores monetários.

Tenha certeza que, se dependesse da empresa você receberia 0% de reajuste salarial e seus direitos seriam reduzidos e benefícios retirados. Só não nos atacam mais, porque lutamos coletivamente, e porque o sindicato luta com você.

Helder Molina é historiador, professor da Faculdade de Educação da UERJ, mestre em Educação, doutorando em Políticas Públicas e Formação Humana, pesquisador, educador e assessor sindical.

SINDSAÚDE-GOIÁS: ORGANIZAÇÃO SINDICAL E NEGOCIAÇÃO COLETIVA

Sindicato dos Trabalhadores da Saúde de Goiás
Plenária Sindical 2012
Goiânia-GO

Helder Molina é historiador, professor da Faculdade de Educação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ, mestre em Educação, doutorando em Políticas Públicas e Formação Humana, pesquisador, educador e assessor sindical.

30/03/2012 – Sexta feira
09:00 às 12:00

Mini Curso:
Capitalismo e Movimento Sindical: História e atualidade da luta de classes e da organização sindical dos trabalhadores

· O modo de produção capitalista, a contradição capital-trabalho, preço, lucro, mais valia,
· O trabalho assalariado, divisão social do trabalho, mercadoria, alienação
· A formação da classe trabalhadora brasileira, a partir do fim da escravidão, do início do capitalismo industrial e do surgimento do trabalho assalariado no Brasil.
· As diferentes centrais sindicais e organizações operárias que existiram, ou que existem, hoje, no Brasil.
· Sindicalismo: da Era Vargas ao Governo Lula
· O novo sindicalismo e a CUT
· Ideologia e políticas neoliberais, a resistência dos trabalhadores.
· As centrais sindicais: Força Sindical, GGT, CGTB, UGT NCST, CSP-CONLUTAS/INTERSINDICAL e CTB
· Os desafios do sindicalismo nos tempos de crise do neoliberalismo.

14:00 às 17:00

Oficina:
Negociação Coletiva de Trabalho: Estrutura, processos e exercícos da negociação coletiva

· As estruturas e os processos da negociação coletiva no Brasil.
· Neoliberalismo, mercado máximo e Estado mínimo
· Privatização e terceirização, precarização das relações de trabalho, flexibilização dos direitos
· A lógica empresarial no serviço público, gestão, produtividade, eficiência
· Simulações dos processos de negociação, os caminhos, avanços e recuos da negociação.
· O que é negociação coletiva, como se constroe uma pauta,
· Passo a passo, as cláusulas,
· O que é dissidio, o que é acordo, convenção, como se negocia, o que se negocia,
· Exercícios práticos de todas as etapas do processo de negociação coletiva
· Mesas simuladas, sobre os 3 momentos da negociação coletiva

TAREFAS URGENTES:

5 TAREFAS URGENTES:

RESGATAR A IDEOLOGIA OPERÁRIA E O SINDICALISMO COMO INSTRUMENTO POLÍTICO DE TRANSFORMAÇÃO ANTICAPITALISTA
Resgatar o ESTUDO de ECONOMIA, POLÍTICA E IDEOLOGIA nos sindicatos. Lendo os clássicos da economia-filosofia-política, que foram instrumentos fundamentais para a construção do movimento operária.
Resgatar, urgentemente, a formação política e ideológica, combatendo o pragmatismo do sindicato como instrumento, tão somente, de negociações salariais, acordo sobre o preço da força de trabalho do trabalhador, e benefícios monetários e “RESULTADOS CONCRETOS”, dentro dos marcos do assalariamento capitalista.
Formação POLÍTICA significa se debruçar sobre QUAL O PAPEL DOS SINDICATOS, HOJE? QUAL PAPEL DAS CENTRAIS SINDICAIS, HOJE? A RELAÇÃO ENTRE OS SINDICATOS-PARTIDOS POLÍTICOS-ESTADO.
Perguntar diariamente: O capitalismo é o final da história? Que projeto de sociedade buscamos?
Fortalecer a IDENTIDADE DE CLASSE, nas lutas concretas, são se deixar dominar pelo FETICHE DAS CONQUISTAS IMEDIATAS.
Combater duramente os PRECONCEITOS, INDIVIDUALISMO, EGOISMO, CONSUMO, IMEDIATISMO, PRESENTISMO (só existimos para o presente, o passado e o futuro não existem, um está morto, outro é apenas uma abstração...)


Helder Molina é historiador, professor da Faculdade de Educação da UERJ, mestre em Educação, doutorando em Políticas Públicas e Formação Humana, pesquisador, educador e assessor sindical.

4 - IDEOLOGIA E ORGANIZAÇÃO SINDICAL: PRAGAS E ANTÍDOTOS

4 - IDEOLOGIA E ORGANIZAÇÃO SINDICAL: PRAGAS E ANTÍDOTOS

4 pragas estão adoecendo IDEOLOGICAMENTE os sindicatos, hoje:
> O PRAGMATISMO DESPOLITIZADO;
> O CORPORATIVISMO ECONOMICISTA;
> O NEOLIBERALISMO;
> SINDICALISMO DE RESULTADOS.

a terciarização da economia, a concentração urbana e o desaparecimento ou fragmentação crescente da comunidade local têm contribuído para o aumento do individualismo, solidão, egoísmo e artificialidade das relações sociais. Vivemos em sociedades de risco, a nível local e a nível global. Por outro lado, problemas como o desemprego, a precariedade, a pobreza e a exclusão social, reflexo da crise e desintegração de alguns dos mecanismos que asseguraram o contrato social, contribuem cada vez mais para aumentar a imprevisibilidade, a sensação de insegurança e a desconfiança nas instituições.
A era de individualismo e de «pós-contratualismo» que hoje atravessamos está a produzir novas gerações de indivíduos frágeis, despojados e inseguros, que encenam quotidianamente um jogo de máscaras para esconder dos outros essas mesmas fragilidades e sentimentos de isolamento. Passamos por uma fase de pessimismo que se reverte em evasão individual, alienação deliberada, além das patologias do foro pessoal e familiar.
Foi tarefa e função do sindicalismo, unificar as lutas, fazer sair os trabalhadores da sua miséria e angustia e permitir-lhes conquistar e fazer reconhecer a sua condição de cidadãos e direitos a ela inerentes na sociedade capitalista. Defender os operários contra a exploração cada vez maior do grande Capital.

MOVIMENTO SINDICAL: ORGANIZAÇÃO POLÍTICA DA IDEOLOGIA OPERÁRIA EM SINDICATOS E MOVIMENTO SINDICAL

3 - O MOVIMENTO SINDICAL: ORGANIZAÇÃO POLÍTICA DA IDEOLOGIA OPERÁRIA EM SINDICATOS E MOVIMENTO SINDICAL

O percurso do sindicalismo coincide com o próprio percurso dasociedade capitalista, ele surgiu como resposta a exploração de classe dos capitalistas, na violência que se impos aos trabalhadores após a revolução industrial.
O capitalismo se baseia na compra da força de trabalho do trabalhador, por meio do assalariamento, e lucro dos capitalistas é produzido pelo trabalho não pago (mais-valia) e pela apropriação direta e indireta do que ele produz.
Em uma sociedade sem a apropriação privada do trabalho e das mercadorias produzidas pelo trabalhador, os sindicatos teriam outras funções, em critérios de produção justos, em que cada um recebesse o valor justo do seu trabalho e que este simultaneamente beneficiasse o homem em termos de qualidade de vida e na medida em que as sociedades desenvolvidas são excedentárias em termos de bens de consumo disponíveis
A origem do sindicato tal como o conhecemos hoje esta intimamente ligada a revolução industrial e a divisão do trabalho como foi conceptualizado pelos detentores dos meios de produção capitalista.
Ja no final da Idade Média, as corporações de ofícios reivindicavam direitos aos que trabalhavam
Foram as dificuldades dos operários em individualmente reivindicar e conseguirem melhores salários e condições de trabalho mais dignas face ao patrão todo-poderoso que emergiu a necessidade de perante uma luta desigual os operários se unirem e fazerem das suas vozes uma só, que originaram os sindicatos, isto é, de grupos de trabalhadores do mesmo ofício, representados pelos seus eleitos.
As primeiras experiâncias pré sindicais (de lutas dos trabalhadores, anteriores ao surgimento do sindicato) foram desenvolvidas pelos“quebradores de máquinas”, oou “ludditas”, e depois pelos “cartistas” que apresentaram uma carta de reivindicação, a carta do povo, tendo como centro a redução da jornada de trabalho. Ambos na Inglaterra, berço do industrialismo (por volta de 1780).
Os sindicatos e as suas formas de luta variam de sociedade para sociedade, embora pese que nas sociedades mais industrializadas a sua importância e o seu papel na dinâmica social seja de maior relevo.
Os sindicatos não são estáticos evoluem com a evolução das sociedades, hoje o seu papel não tem o peso ideológico que teve no passado, mas a sua importância e incontornável para as sociedades democráticas, não há politica social e politica para o emprego que não tenha nas negociações governamentais o representante dos sindicatos.
O trabalho continua a ter uma centralidade vital para as pessoas, ocupam os seres humanos num terço da sua vivência diária, e para grande parte da humanidade enquanto o sol aquece, bafeja e ilumina a Terra encontram-se enredados numa actividade que lhes remunera a sua existência, e que dá sentido à sua vida na esfera social como forma de efectivar, o seu contributo para com a sociedade.
A precariedade devido ao que alguns autores já chamam da terceira revolução industrial acabou com “emprego para toda a vida” bem como cimentou a angústia em que vivem os assalariados.
O esforço do homem em busca da sua valorização, da conquista de seus direitos e da defesa de seus interesses são elementos comuns no associativismo que possibilitaram a busca da humanização e do exercício da cidadania.
Os operários viam na máquina uma inimiga, por ser capaz de realizar o trabalho de vários operários e assim fazê-los perder o emprego. No início, quebraram máquinas ao identificá-las como responsáveis pela sua miséria: foi o movimento ludista. Depois, começaram a fazer greves exigindo melhoria nas condições de trabalho e o reconhecimento do direito de associação.
Os operários viviam nos subúrbios das grandes cidades. As moradias eram pequenas, sem as mínimas condições de habitação, higiene e salubridade. O salário não era suficiente para manter uma família. Para garantir a subsistência, mulheres e crianças de pouca idade também eram obrigadas a trabalhar Os trabalhadores uniram-se, formando as trade-unions para lutar por melhores condições de vida. Nasce, assim, a consciência de classe.
Entre os países pioneiros do sindicalismo, a Inglaterra foi a primeira nação a sistematizar este tipo de associativismo profissional, através da organização dos sindicatos de operários. Conquistaram o direito associativista em 1824. Continuam com as reivindicações da categoria, mas também com objectivos mais globais, com vistas a democratização política e à reformulação da sociedade económica.
A Comuna de Paris (1871), após dois meses de existência, foi violentamente reprimida pela burguesia, tendo efectivamente retrocedido e atrasado o processo de desenvolvimento do associativismo operário e sindical.
Já o sindicalismo nos EUA, devidas às condições económicas e políticas apresentava maior dificuldade em se desenvolver. Alguns movimentos grevistas foram realizados pelos operários americanos, antes mesmo de 1750, sendo mais marcante, porém, o facto da criação, em 1805, de um fundo destinado à greve criado pelos sapateiros de Nova Iorque, em 1809.
Com esta iniciativa cresce a oposição dos patrões, que se organizam para resistir à pressão dos operários. Depois de enfrentar algumas crises, o sindicalismo norte-americano entrou numa fase de participação na política, recuperando e centrando a sua força na formação de Centrais Municipais e Sindicatos Nacionais.Com a criação da Federação Americana do Trabalho, inicia o grande momento do sindicalismo norte-americano, não só quanto as questões organizacionais, mas sobretudo pela movimentação frequente de operários em busca de melhorias salariais e outras.
O conhecido episódio de Chicago, foi o centro principal da campanha pelas oito horas de trabalho, levando o Congresso Americano a aprovar a lei de regulamentação da jornada de oito horas de trabalho, em primeiro de Maio de 1890.
O século XX foi dominado, em todo o seu transcorrer, pelas ideologias políticas. Aqueles que imaginavam que o vazio deixado pelo declínio da religião faria por diminuir ou desaparecer o fervor dos homens e das sociedades em torno das crenças viram-se surpreendidos pelos acontecimentos. Houve apenas uma troca de símbolos.
Não se lutou mais tanto pela Igreja ou pelo rei, como se fizera nas épocas anteriores, mas por uma causa, uma grande ideia nacional, patriótica ou internacionalista, capaz de mobilizar milhões de homens e mulheres, nações inteiras, levando o mundo a travar duas guerras mundiais e várias revoluções sociais de enorme repercussão.
Os socialistas utópicos tinham consciência dos males gerados pela industrialização, mas não conseguiram elaborar meios concretos para alcançar a igualdade. Afastados da realidade, pretendiam implantar reformas sem a participação efectiva dos trabalhadores.

IDEOLOGIAS QUE CONSTRUIRAM O MOVIMENTO OPERÁRIO E SINDICAL

2 - IDEOLOGIAS QUE CONSTRUIRAM O MOVIMENTO OPERÁRIO E SINDICAL

As duas grandes ideologias que defendem a classe operária são o marxismo e o anarquismo.
A primeira baseia-se nas idéias e nos textos dos filósofos alemães Marx e Engels. Para os marxistas, o problema operário deveria ser resolvido pela via política, com a organização de trabalhadores em sindicatos e partidos.
A solução seria a conquista do poder político, destruindo o Estado burguês. Como resultado dessa revolução, o capitalismo seria substituído pelo socialismo, baseado na propriedade coletiva e na hegemonia (domínio) dos trabalhadores, etapa que faria a transição para a sociedade sem classes e sem Estado – a comunista.
A segunda grande ideologia operária, o anarquismo, criado pelo revolucionário russo Bakunin, afirma que a igualdade social e econômica seria alcançada quando o Estado e todas as formas de governo desaparecessem. A sociedade anarquista seria baseada na cooperação das pequenas comunidades.
No final do século XIX, o anarquismo associou-se ao sindicalismo (anarco-sindicalismo), defendendo os sindicatos como os principais agentes sociais de mudança.
O socialismo cristão ou catolicismo social, preocupada com a miséria do proletariado, a Igreja Católica começou a pregar a necessidade de reformas no capitalismo para humanizar a sociedade e combater a exploração. O primeiro documento papal que destacou tais preocupações foi a encíclica Rerum Novarum (1891), de Leão XIII. Apesar das preocupações sociais, a Igreja condenava as ideologias revolucionárias.

SINDICATOS, ORGANIZAÇÃO DE CLASSE, IDEOLOGIA

SINDICATOS, ORGANIZAÇÃO DE CLASSE, IDEOLOGIA

Helder Molina

1 - O QUE É IDEOLOGIA?

O processo material geral de produção de idéias, crenças e valores na vida social. Essas idéias, crenças ou valores são produzidos na vida concreta, portanto, são produtos sociais. Não são neutras, tanto politicamente científicamente.
Os interesses estão em conflitos, e as lutas estão associadas à implementação, ou negação, dessas idéias, associadas ao poder político. As idéias e crenças (verdadeiras ou falsas) que simbolizam as condições e experiências de um grupo ou classe específico, socialmente significativo.
Segundo Marx, a ideologia dominante em determinada sociedade, em determinado contexto histórico, é a ideologia da classe dominante
O positivismo diz que a ideologia é neutra. A política e a ciência não podem se contaminar pela ideologia, porque perderia sua validade, sua verdade.
A ideologia dominante produz uma falsa consciência ampla, gerada não dos interesses de um poder dominante, e sim de estruturas sociais amplas.