segunda-feira, 30 de abril de 2012

CRISE CAPITALISTA E PAPEL DOS SINDICATOS

CRISE DO CAPITALISMO E PAPEL DOS SINDICATOS A crise que assola países da Europa e dos EUA produz reflexos também no Brasil, observa Molina. “Este é um momento de vingança do capital contra o trabalho. Durante 70 anos, o mundo do trabalho conseguiu disputar hegemonia com as elites capitalistas, o que refreou a roldana do capitalismo. Nos últimos 20 anos, porém, assistimos ao desmonte de conquistas de bem-estar social”. Como consequência desse quadro, em nosso país, também está o esvaziamento de políticas de Estado e a construção de uma agenda agressiva de privatizações – que agora é conduzida pela via da precarização do trabalho. “A linguagem das empresas, bancos e governo, inclusive a Embrapa, prioriza as seguintes palavras: produtividade, competitividade e lucratividade”, avalia. E qual o papel dos sindicatos nesse contexto? Para o palestrante, é urgente organizar a luta contra a hegemonia com autonomia, independência e organização, aliada a uma ampla política de formação. “Sem ela, a gente é lata vazia que faz barulho, nos submetemos ao pragmatismo e ao oportunismo. Muitos dirigentes sindicais ficam reféns porque não aprofundam os estudos”. Lutar por emprego e salário, afirma o professor, não pode mais ser o único objetivo dos sindicatos.“É fundamental que vocês, do setor público, resgatem o papel do Estado como indutor de políticas públicas”, arremata. Ao final da exposição, os participantes tiraram dúvidas e debateram com o convidado.