terça-feira, 31 de março de 2015

O PT, OS GOVERNOS LULA E DILMA, E A HEGEMONIA ECONÔMICA, POLÍTICA E IDEOLÓGICA DA CLASSE DOMINANTE: ENTRE A ADAPTAÇÃO, A RESISTÊNCIA

O PT, OS GOVERNOS LULA E DILMA, E A HEGEMONIA ECONÔMICA, POLÍTICA E IDEOLÓGICA DA CLASSE DOMINANTE: ENTRE A ADAPTAÇÃO, A RESISTÊNCIA - (Helder Molina)
Há 12 anos o PT, com uma coalização de partidos do campo da burguesia, uma clássica frente democrática, ganhou as eleições, o governo central, mas nunca teve hegemonia cultural e política, nem maioria política na institucionalidade, por impossibilidade, falta de ousadia, falta de coragem mesmo, clareza estratégica, ou por se adaptar ao status quo do Estado burguês, e submeter-se à logica da política burguesa, ou mesmo por alimentar ilusões de classe, não avançou o que podia ou deveria ter avançado, porem, considero que o Brasil, nos limites da hegemonia econômica e ideológica da classe dominante, passa por um processo de transformação social, com ampliação dos direitos sociais dos mais pobres, melhor distribuição de renda, melhorou as condições de vida, aumentou o salário mínimo acima da inflação, consolidou dezenas de direitos civis, como a Lei Maria da Penha, o Prouni, as políticas de cotas para negros nas universidades, inseriu o Brasil de forma soberana nas negociações internacionais, se tornou o principal fiador da retomada de políticas de centro esquerda na América Latina. No caso do Rio de Janeiro, resgatou a indústria naval, os empregos, as obras de infra-estrutura. Votei em Lula nas cinco eleições de disputou, perdemos 3, vencemos duas, elegemos Dilma, estamos sobrevivendo à crise internacional, graças ao investimento público, ao consumo popular e ao crédito garantido pelos bancos públicos. As coisas mudam mesmo, e o Brasil está mudando. Eu continuo na esquerda, continuo socialista, trabalhando com formação política, e considero que as mudanças no Brasil são pelas vias democráticas, com democracia de massas. Helder Molina.