quarta-feira, 2 de março de 2016

RECESSÃO, ARROCHO....E LUCROS DOS BANCOS.

Num momento em que os números da economia brasileira remetem a tempos sombrios de falta de crescimento e de empresas no vermelho; num momento em que as taxas de desemprego sobem e que o temor do colapso financeiro apavora famílias, a divulgação dos balanços financeiros dos bancos anda na contramão da realidade dos brasileiros, numa matemática aparentemente sem sentido, mas que no fundo retrata a realidade cruel do mercado.
O Banco do Brasil fechou 2015 com um lucro de R$ 14,4 bilhões (aumento de 28% em relação a 2014). O Itaú teve lucro de R$ 23,3 bilhões (aumento de 15,5% com relação a 2014). O Bradesco teve lucro de R$ 17,1 bilhões (aumento de 14% em relação a 2014). O Santander teve lucro de R$ 6,62 bilhões (aumento de 13,20% em relação a 2014).
Em contrapartida, a país vive a expectativa de ter um crescimento negativo do PIB de 4,15% em 2015. E as grandes empresas, que dão emprego e produzem para o país, amargam prejuízo atrás de prejuízo. Entre elas a Vale, que em 2015 apresentou um gigantesco buraco de R$ 44 bilhões.
Para se ter uma ideia, em 2014 somente os quatro maiores bancos brasileiros somaram um lucro de R$ 48,7 bilhões, o que corresponde a 43% do lucro somado das 100 maiores empresas brasileiras - R$ 111,7 bilhões.
Como é possível, num país que vive uma crise tão profunda, com empresas que geram emprego e são responsáveis pela produção do país amargando prejuízos tão profundos, os bancos seguirem aumentando seus lucros? A lei do mercado parece dar a resposta.