sábado, 23 de abril de 2011

VEJA E OS SACERDOTES DA PRIVATARIA ATACAM OS SINDICATOS

Em defesa dos sindicatos: Porque veja e os sacerdotes da privatariam odeiam os sindicatos??

Por Gaudêncio Frigotto, Zacarias Gama, Eveline Algebaile, Vânia Cardoso da Mota, Helder Molina - Pesquisadores do Programa de Políticas Públicas e Formação Humana - PPFH-UERJ

Vários meios de comunicação utilizam-se de seu poder unilateral para realizar ataques truculentos a quem ousa contrariar seus interesses. O artigo de Gustavo Ioschpe, da edição de 12 de abril de 2011 da revista Veja (a campeã disparada do pensamento ultra-conservador no Brasil), não apenas confirma a opção deliberada da revista em atuar como agência de desinformação – trafegando interesses privados mal disfarçados de interesse de todos –, como mostra o exercício dessa opção pela sua mais degradada face, cujo nível, deploravelmente baixo, começa pelo título – “hora de peitar os sindicatos”. Com a arrogância que o caracteriza como aprendiz de escriba, desde o início de seu texto, o autor considera patrulha ideológica qualquer discordância das suas parvoíces.



Na década de 1960, Pier Paolo Pasolini escrevia que o fascismo arranhou a Itália, mas o monopólio da mídia a arruinou. Cinquenta anos depois, a história lhe deu inteira razão. O mesmo poderia ser dito a respeito das ditaduras e reiterados golpes que violentaram vidas, saquearam o Brasil, enquanto o monopólio privado da mídia o arruinava e o arruínam. Com efeito, os barões da mídia, ao mesmo tempo em que esbravejam pela liberdade de imprensa, usam todo o seu poder para impedir qualquer medida de regulação que contrarie seus interesses, como no caso exemplar da sua oposição à regulamentação da profissão de jornalista. Os áulicos e acólitos desta corte fazem-lhe coro.

O que trafega nessa grande mídia, no mais das vezes, são artigos de prepostos da privataria, cheios de clichês adornados de cientificismo para desqualificar, criminalizar e jogar a sociedade contra os movimentos sociais que lutam pelos direitos que lhes são usurpados, especialmente contra os sindicatos que, num contexto de relações de super- exploração e intensificação do trabalho, lutam para resguardar minimamente os interesses dos trabalhadores.

Os artigos do senhor Gustavo Ioschpe são um exemplo constrangedor dessa “vocação”. Os argumentos que utiliza no artigo recentemente publicado impressionam, seja pela tamanha tacanhez e analfabetismo cívico e social, seja pelo descomunal cinismo diante de uma categoria com os maiores índices de doenças provenientes da super-intensificação das condições precárias de trabalho.

Um dos argumentos fundamentais de Ioschpe é explicitado na seguinte afirmação:

"Cada vez mais a pesquisa demonstra que aquilo que é bom para o aluno na verdade faz com que o professor tenha que trabalhar mais, passar mais dever de casa, mais testes, ocupar de forma mais criativa o tempo de sala de aula, aprofundar-se no assunto que leciona. E aquilo que é bom para o professor – aulas mais curtas, maior salário, mais férias, maior estabilidade no emprego para montar seu plano de aula e faltar ao trabalho quando for necessário - é irrelevante ou até maléfico aos alunos".

A partir deste raciocínio de lógica formal, feito às canhas, tira duas conclusões bizarras. A primeira é relativa à atribuição do poder dos sindicatos ao seu suposto conflito de interesses com “a sociedade representada por seus filhos/alunos”: “É por haver esse potencial conflito de interesses entre a sociedade representada por seus filhos/alunos e os professores e funcionários da educação que o papel do sindicato vem ganhando importância e que os sindicatos são tão ativos (...)”.

A segunda, linearmente vinculada à anterior, tenta afirmar a existência de uma nefasta influência dos sindicatos sobre o desempenho dos alunos. Neste caso, apóia-se em pesquisa do alemão Ludger Wossmann, cujas conclusões o permitiriam afirmar que “naquelas escolas em que os sindicatos têm forte impacto na determinação do currículo os alunos têm desempenho significativamente pior”.

Os signatários deste breve texto analisam, há mais de dois anos, a agenda de trabalho de quarenta e duas entidades sindicais afiladas à Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE) e acompanham ou atuam como afiliados nas ações do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior - ANDES-SN. O que extraímos destas agendas de ação dos sindicatos é, em tudo, contrário às delirantes e deletérias conclusões do articulista.

Em vez de citar pesquisas de segunda mão, para mostrar erudição e cientificidade em seu argumento, deveria apreender o que demanda uma análise efetivamente científica da realidade. Isto implicaria que de fato pesquisasse sobre a ação sindical docente e sobre os processos econômico-sociais e as políticas públicas com as quais se confrontam e dialogam e a partir das quais se constituem. Não imaginamos que um filho de banqueiros ignore que os bancos, os industriais, os latifundiários, a grande mídia têm suas federações ou organizações que fazem lobbies para ter as benesses do fundo público.

Um efetivo envolvimento com as pesquisas e com os processos sociais permitiria ao autor perceber onde se situam os verdadeiros antagonismos e “descobrir” que os sindicatos não se criaram puxando-se de um atoleiro pelos cabelos – à moda do Barão de Münchhausen –, auto inventando-se, muito menos se confrontando com os alunos e pais de alunos.

As análises que não levam isto em conta, que se inventam puxando-se pelos cabelos a partir dos atoleiros dos próprios interesses, não conseguem apreender minimamente os sentidos dessa realidade e resultam na sequência constrangedora de banalidades e de afirmações levianas como as de Ioschpe.

Uma das mais gritantes é relativa ao entendimento do autor sobre quem representa a sociedade no processo educativo. É forçoso lembrar ao douto analista que os professores, a direção da escola e os sindicatos também pertencem à sociedade e não são filhos de banqueiros nem se locupletam com vantagens provenientes dos donos do poder.

Ademais, valeria ao articulista inscrever-se num curso de história social, política e econômica para aprender uma elementar lição: o sindicato faz parte do que define a legalidade formal de uma sociedade capitalista, mas o ultra conservadorismo da revista na qual escreve e com a qual se identifica já não o reconhece em tempos de vingança do capital contra os trabalhadores.

Cabe ressaltar que todos os trocadilhos e as afirmações enfáticas não conseguem encobrir os interesses privados que defende e que afetam destrutivamente o sentido e o direito de educação básica pública, universal, gratuita, laica e unitária.

Ao contrário do que afirma a respeito da influência dos sindicatos nos currículos, o que está mediocrizando a educação básica pública é a ingerência de institutos privados, bancos e financistas do agronegócio, que infestam os conteúdos escolares com cartilhas que empobrecem o processo de formação humana com o discurso único do mercado – educação de empreendedores. E que, muitas vezes com a anuência de grande parte das administrações públicas, retiram do professor a autoridade e autonomia sobre o que ensinar e como ensinar dentro do projeto pedagógico que, por direito, eles constroem coletivamente e a partir de sua realidade.

O que o sr. Ioschpe não mostra, descaradamente, é que esses institutos privados não buscam a educação pública de qualidade e nem atender o interesse dos pais e alunos, mas lucrar com a venda de pacotes de ensino, de metodologias pasteurizadas e de assessorias.

Por fim, é de um cinismo e desfaçatez vergonhosa a caricatura que o articulista faz da luta docente por condições de trabalho e salário dignos. Caberia perguntar se o douto senhor estaria tranquilo com um salário base de R$ 1.487,97, por quarenta horas semanais, para lecionar em até 10 turmas de cinquenta jovens. O desafio é: em vez de “peitar os sindicatos”, convide a sua turma para trabalhar 40 horas e acumular essa “fortuna” de salário básico. Ou, se preferir fazer um pouco mais, trabalhar em três turnos e em escolas diferentes. Provavelmente, este piso para os docentes tem um valor bem menor que o que recebe o articulista para desqualificar e criminalizar, irresponsavelmente, uma instituição social que representa a maior parcela de trabalhadores no mundo.

Mas a preocupação do articulista e da revista que o acolhe pode ir aumentando, porque quando o cinismo e a desfaçatez vão além da conta, ajudam a entender que aqueles que ainda não estão sindicalizados devem fazê-lo o mais rápido possível.

* Gaudêncio Frigotto, Zacarias Gama e Eveline Algebaile são professores do
Programa de Pós Graduação em Políticas Públicas e Formação Humana da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (PPFH/UERJ).

* Vânia Cardoso da Mota é professora da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio de Janeiro e colaboradora do PPFH/UERJ.

* Hélder Molina é educador, assessor sindical e doutorando do PPFH/UERJ.

domingo, 3 de abril de 2011

Marx e Marxismo - Curso 2011 - Marxismo de Marx e Engels - Veja coronograma de aulas e formas de se inscrever....

Curso de Formação
Marx e Marxismo(s) - Teoria, História e Atualidade
Módulo I - Marxismos de Marx e Engels

Aulas semanais, a partir do dia 25 de abril de 2011, sempre às segundas-feiras, na sede do SISEJUFE, Av. Presidente Vargas, 509 – 11º Andar.

Inscrições abertas:
• Enviar e-mail para formação@sisejuferj.org.br ou telefonar para 2215-2443.
• Trabalhadores(as), e seus dependentes, sindicalizados do SISEJUFE pagam somente o material (apostila).
• Trabalhadores(as) sindicalizados(as) a sindicatos ou federações filiados (as) à CUT, e estudantes: R$ 40,00por mês.
• Outros trabalhadores(as) R$ R$ 70,00 por mês.

• Sindicatos, trabalhadores(as) e estudantes interessados entrar em contato Roberto Ponciano - roberto@sisejuferj.org.br rponciano@yahoo.com. Ou Helder Molina – professorheldermolina@gmail.com

Secretaria de Formação do SISEJUFE-RJ - Sindicato dos Servidores das Justiças Federais no Rio de Janeiro) - Secretaria de Formação da CUT-RJ


Abaixo o programa completo do curso.

Curso de Formação
Marx e Marxismo(s) - Teoria, História e Atualidade
Módulo I - Marxismos de Marx e Engels


Aula Inaugural: A definir

Marx e o atual sócio metabolismo do capital e do capitalismo, hoje.
Gaudêncio Frigotto

Professor do Programa de Pós Graduação em Políticas Públicas e Formação Humana da UERJ, doutor em Filosofia, autor de diversos sobre livros, ensaios e orientação de doutorado e mestrado, nas áreas de Economia Política, Trabalho e Educação, Filosofia e Educação, Ensino Técnico e Formação Profissional, Políticas Públicas e Formação Humana

Aula 01: - 25/04/2011 –
As três fontes do pensamento de Marx
• Filosofia alemã (Hegel, Feuerbach) - Roberto Ponciano
Bacharel em Direito e Letras, Mestre em Filosofia (UGF), dirigente da CUT-RJ e SISEJUFE-RJ
Aula 02: - 02/05/2011 -
As três fontes do pensamento de Marx:
• Economia política inglesa (Adam Smith, David Ricardo)
Ernesto Germano
Jornalista, radialista, pesquisador e consultor sindical, assessor do SINTERGIA
Aula 03 - 09/05/2011 –
As três fontes do pensamento de Marx:
• Pensamento social francês: Iluminismo Socialismo utópico e anarquismo (Rousseau, Fourier, Saint-Simon, Proudhon)
Helder Molina
Historiador, mestre em Educação (UFF) e doutorando em Políticas Públicas (UERJ), educador sindical, assessor de formação da CUT-RJ

Aula 04 - 16/05/2011 -
Trajetória e amadurecimento do pensamento de Marx:
• Sintese de "Anais franco-alemães”, “Crítica da filosofia do direito de Hegel”, “Miséria da Filosofia”, “Manuscritos Econômico-Filosóficos”, “A Ideologia Alemã”, “Manifesto Comunista”, “Para uma crítica da economia política” -
Maria Onete Lopes
Pedagoga, mestre em Educação, doutora em Filosofia da Educação (UFSCAR)
Aula 05 - 23/05/2011 -
Elementos fundamentais de “O Capital” e da “Crítica ao Programa de Gotha”
Ernesto Germano Pares
Aula 06 - 30/05/2011
Método e teoria em Marx: O materialismo histórico dialético
Helder Molina
Aula 07 – 06/06/2011
História, divisão social do trabalho, propriedade privada e luta de classes
Ernesto Germano Pares
Aula 07 – 13/06/2011
O capitalismo para Marx:
• Especificidade histórica da sociedade no modo de produção capitalista e as características fundamentais do sócio-metabolismo capitalista
Helder Molina
Aula 08 – 20/06/2011
Salário, preço, lucro e mais-valia
Roberto Ponciano

Aula 09 – 27/06/2011
O fetichismo da mercadoria, ideologia e alienação e estranhamento
Roberto Ponciano
Aula 10 – 04/07/2011
Teoria do Estado em Marx
Helder Molina
Aula 11 – 11/07/2011
Teoria da revolução em Marx
Ernesto Germano Pares
Aula 12 - 18/07/2011
F. Engels: Principais obras :
• A situação das classes trabalhadoras na Inglaterra; A origem da família, da propriedade privada e do Estado; Anti-Düring; Do socialismo utópico ao socialismo científico. – Dialética da Natureza
Robert Ponciano
Aula 13 – 25/07/2011
Encerramento do Módulo I – Palestra/debate: Poder, Socialismo e Democracia, hoje.
A definir

Março : Formação Itinerante, Planejamento e Análise de Conjuntura

Em março

Continuamos nosso processo formativo com a FETAMCE - Federação dos Sindicatos de Trabalhadores nos Serviços Públicos Municipais do Ceará. Fizemos mais 4 SEMIÁRIOS REGIONAIS DE FORMAÇÃO - FORMAÇÃO ITINERANTE - em todas as regiões do Ceará. Iguatú, Itapipoca, Sobral, Grande Fortaleza, Baturité, Negociação Coletiva, Concepção e Gestão Sindical, Participação Política, etc... Em abril continuamos, em outras 5 regionais. Parabéns à diretoria da FETAMCE, investindo em formação política, organização pela base, produzindo novas liderança e fortalecendo a unidade sindical em torno da FETAMCE, CONFETAM E CUT!

Em março

Fizemos o Planejamento Estratégico da diretoria da APEOC - Sindicato dos Profissionais da Educação Pública do Ceará. Toda diretoria presente, primeiro evento coletivo após a posse da nova direção. Planejar, definir metas, organizar ações, táticas, estratégicas, distribuir tarefas e responsáveis. Analisando os cenários para 2011, o contexto político estadual e nacional, verificando os aliados e os adversários, avaliando os recursos políticos, financeiros e humanos a serviço da luta em defesa dos direitos dos trabalhadores da educação. Agora é desenvolver o planejamento estratégico,

Em março

Estive fazendo o planejamento estratégico da ASSEEC -CEARÁ, e estaremos participando do Seminário que eles irão promover, no final do mês de abril. A ASSEEC representa os servidores da secretaria de educação do Ceará. O planejamento definiu as ações de curto, médio e longo prazo. A diretoria apontou os principais desafios para 2011 e 2012, e fez um concreto diagnóstico da situação dos direitos da categoria, e as formas de lutas para defendê-los e amplia-los.

Em março

Estivemos na Plenária Sudeste do SINPAF - Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Pesquisas Agropecuárias (EMPRAPA, PESAGRO, EMATERs..). SINPAF está em processo de preparação do congresso nacional, que será em Abril. Participamos, como convidados, fazendo uma ANÁLISE DE CONJUNTURA INTERNACIONAL E NACIONAL, onde discutimos os cenários e desdobramentos da crise mundial do capitalismo, as revoltas e rebeliões dos povos árabes, a situação da América Latina, e o governo brasileiro. Que governo é esse? Continuade? Ruptura? Avanço? Retrocesso? Qual deve ser a postura política do movimento sindical diante do governo Dilma. O papel da autonomia sindical e independência de classe, e a importância da luta polític, organização por local de trabalho, fazer formação, planejar ações, para fazer avançar e consolidar nossos direitos e conquistas.

Ainda em março
Definimos o planejamento das ações da CUT-RJ, onde trabalho como assessor, e participamos do Conselho Nacional de Entidades de Base da CNTE - Confederação Nacional dos Trabalhdores em educação - como um dos pesquisadores grupo de pesquisa do Programa de Pós Graduação em Políticas Públicas e Formação Humana, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro - PPFH-UERJ, que realiza uma importante parceria com a CNTE, no projeto "História em Movimento", que analisa as ações políticas e sindicais dos sindicatos filiados à CNTE, e produz material de análise para a reflexão coletiva da CNTE, no campo da formação política, organização, e ação sindical. Este grupo é coordenado pelo professor Gaudêncio Frigotto, por um lado, e pela Secretaria Nacional de Formação da CNTE, por outro. Já produzimos 3 cadernos de avaliação do projeto HISTÓRIA EM MOVIMENTO, eem 2009 e 2010.

Estado, Poder, Política, Classes Socias, Luta de Classes

ROTEIRO DE AULAS

ESTADO, PODER, POLÍTICA,
CLASSES SOCIAIS, LUTA DE CLASSES

PROFESSOR HELDER MOLINA
_______________________________________________________

AULA 1:

1. POLÍTICA

• POLÍTICA: O significado clássico e moderno - Polis (politikos) cidade e tudo o que se refere a ela, conseqüentemente, o que é urbano, civil e público.

• PLATÃO: a política ideal. Obra “A República”. Formas ideais e degeneradas de política. O mito da caverna (mundo sensível X mundo inteligível)

• ARISTÓTELES: a política real: primeiro tratado sobre a natureza, funções e divisões do Estado sobre as várias formas de governo. Originalmente a política é apenas uma ciência do Estado. Três formas de poder:

• - Poder Paterno: pelo interesse dos filhos
• - Poder Despótico: pelo interesse do Senhor
• - Poder Político: pelo interesse de governantes e governados

• ATUALMENTE: se ampliou e refere-se a atividade que de alguma forma tem por referência a polis.

2. AS TIPOLOGIAS CLÁSSICAS DAS FORMAS DE PODER

• COAÇÃO – Hobbes: “consiste nos meios adequados a obtenção de qualquer vantagem”

• Russel: “conjunto dos meios que permitem a obtenção dos fins desejados”

3. TIPOLOGIAS MODERNAS DE FORMAS DE PODER

a) poder econômico: influi muito, decisivamente na conquista do poder. Organiza as formas produtivas por seus interesses.

b) poder ideológico: poder fundamental, cria consenso para poder se estabelecer (idéia, ideologia, “uma mentira dita mais de cem vezes passa a ser verdade”, MCS...)

c) poder político: coação, governo (os três poderes...)

• - CONCEPÇÃO MARXISTA: há uma base real, que são as relações econômicas e que são determinantes em última análise da chamada superestrutura (ideológica – idéias políticas, religiosas, orais, éticas, conjunto de idéias - e jurídico – político (direito junto das leis, é o Estado). São determinados pela base real da sociedade – infra-estrutura - a base determina a superestrutura.

• - PODER POLÍTICO: a força é condição necessária, mas não suficiente para manter o poder político.

A exclusividade do uso da força. Em relação aos demais seguimentos da sociedade é o que caracteriza o poder político.

O processo de monopolização da posse e uso dos meios de coação física. No mesmo tempo que ocorre a criminalização e punição do uso da violência por pessoas não autorizadas pelo Estado.

• MARX: “todo o Estado é um instrumento de poder de uma classe”.

• MAX WEBER: “Por Estado se há de entender uma empresa institucional de caráter político, onde o aparelho administrativo leva a diante, em carta medida e com êxito, a pretensão do monopólio da legítima coação física, com vistas ao cumprimento das leis (Economia e Sociedade).

• O FIM DA POLÍTICA: são tantos quantos são as metas a que se propõem os detentores do poder em um determinado momento. Logo o Estado não pode ser definido pelos fins a que se propõem, mas pelos meios utilizados para a execução destes fins.

O fim último da política é a manutenção da ordem pública nas relações internas e da integridade territorial em relação aos demais estados.

O Estado é um conjunto territorial e demográfico sobre o qual se exerce uma dominação política. O Estado só é Estado se tiver 3 elementos: território, população e governo.

Função básica do Estado deve ser: manter a organização da sociedade de classes.



AULA 2:

II. O ESTADO:

• Ao Estado compete manter o equilíbrio da saciedade de classes, atuando sempre e garantindo sua reprodução enquanto tal “filtrando” as contradições em seu interior, uma vez que para ele convergem as forças em choque.
• Só podemos entender um determinado tipo de Estado. A partir da análise das classes que o compõem.

• O Estado goza de certa autonomia. Ele tem a função de direção, que pensar a longo prazo.

Funções do Estado:

• função técnico-econômica: é a função tem por objetivo de viabilizar o objeto econômico da(s) classe(s) dominante(s).
• função ideológica: cria o consenso
• função política: a nível da luta de classes – coerção

Aparelhos do Estado

• - Aparelhos repressivos: polícia, forças armadas, sistema penitenciário, sistema jurídico.

• - Aparelhos ideológicos: cria consenso – Igreja, escolas, MCS, família...

O Estado trabalha através de instituições; “O Estado é representado por um conjunto de instituições que se completam e agem entre si, representando o poder institucionalizado da(s) classe(s) e nunca por uma das instituições que o integram. O próprio governo não pode ser confundido com o Estado, pois o governo apenas administra e representa o podr estatal, podendo, inclusive, o poder estatal ser mais forte que o próprio governo. Isto significa que o governo não possui um poder que emana de si mesmo, mas seu poder emana do poder estatal, que é muito mais amplo que a esfera.

AULA 3:

III – CLASSES SOCIAIS

“Por classes sociais se entende os agregados básicos de indivíduos numa sociedade, os quais se opõem entre si pelo papel que desempenham no processo produtivo do ponto de vista das relações que estabelecem entre si nas organizações do trabalho e quanto à propriedade”. Theotônio dos Santos.

A função quanto às relações de trabalho. Quanto à propriedade.
Varia com os diferentes modos de produção, que dão origem a diferentes formações sócio-econômicas (modo de produção + classes + superestrutura).

As classes sociais compõem uma comunidade de interesses em oposição aos outros agregados sociais (da mesma formação social ou sobreviventes de formações anteriores ou base de futuros agregados). Isto os faz tender a uma comunidade de:

consciência de classe: unidade de concepção de mundo e de sociedade segundo seus interesses gerais de classe, o que dá origem a uma ideologia;
situação social: modo de comportamento, atitudes, valores, interesses imediatos, distribuição de renda, ação e interesse político diante dos partidos e do Estado.

Classes fundamentais:

• - Burguesia:
• industrial – industrias
• financeira: bancos
• agrária: empresas rurais
• comercial: logistas, atacadistas

- Proletariado: manuais – operários, agregados, funcionários administrativos;
- Não-manuais: trabalhadores automatizados.

Camadas intermediárias: pequenos empresários, de prestação de serviços, alfaiates, taxistas, funcionários liberais.
Camadas excluídas: sacoleiros, catadores de papel, bóias-frias, camelôs


- Revolução gloriosa, na Inglaterra (1688-1689) Bill of Rights – primeiro documento liberal
- Independência dos EUA (1776) declaração dos direitos
- Revolução francesa (1789) a burguesia chaga ao poder
- Renascença – pessoas ricas investem na cultura
- Reforma protestante – traz consigo o livre exame (a pessoa pode entender do seu jeitos os escritos bíblicos)
- Racionalismo – Descartes ao iluminismo


AULA 4:

IV – LIBERALISMO

• Liberalismo: varias definições – o liberalismo está ligado a democracia burguesa:
O liberalismo é um fenômeno histórico que se manifesta na idade moderna que tem seu epicentro na Europa na área Atlântica, mas que exerceu influência notável nos países colonizados por estes países.

Antes do século XIX: o termo indicava uma atitude aberta. Tolerante e ou generosa. Ou as profissões exercidas por homens livres. Hoje a palavra assume muitos significados de acordo com o país. Na Inglaterra e Alemanha destina um posicionamento entre a esquerda e a direita.
EUA: designa esquerda, detentora de velhas e novas liberdades civis.

Itália: defensores da livre iniciativa econômica e da propriedade intelectual.
Em termo de idéias o termo também é ambíguo.

• Liberalismo jurídico: preocupa-se principalmente com determinada organização do Estado, capaz de garantir direitos dos indivíduos.

• Liberalismo político: luta política parlamentar baseada no chamado “justo meio” como expressão da arte de governar; capaz de promover mudanças, porém nunca a revolução. Síntese entre conservação – inovação

• Liberalismo econômico: o máximo de felicidade comum depende da livre busca de cada indivíduo da própria felicidade, principalmente a livre iniciativa econômica.
• Liberalismo: em síntese: o indivíduo em contraposição ao coletivismo.

V – MARXISMO

• Fontes do marxismo:

• - filosofia clássica alemã (Hegel, Feurbach)
• - os economistas ingleses (Adam Smith e David Ricardo)
• - os socialistas utópicos franceses (Saint Simon, Fourier)

• Hegel: dialética (arte da discussão) contradição de idéias: tese, antítese, síntese

Antítese: oposição – idéia contrária

• Marx: a luta de classes é o motor da história
• O proletariado é a única classe que para se libertar tem que abolir as classes.
• Base da sociedade (infra-estrutura) – relações econômicas geram a superestrutura: política, jurídica, religiosa, moral, etc (o modo de pensar)
• Forças produtivas (tecnologia + homem) Se desenvolvendo entram em contradição com as relações de produção.

Trabalho excedente: mais-valia= lucro

• - Concepção liberal sobre o Estado
Democracia representativa, o Estado do “Bem-comum”, neutro em relação as classes, pluralista, mediador dos conflitos civilizador dos instintos agressivos e gananciosos do Homem.

• - Concepção marxista sobre o Estado
A estrutura social e a consciência de coletiva de uma sociedade são definidas pelas condições materiais da mesma.

• O Estado é resultado das relações de produção, sendo a expressão política da estrutura de classes destas relações de produção e o instrumento de dominação das classes possuidoras dos meios de produção.

• No capitalismo o Estado é também um instrumento de representação da burguesia sobre os trabalhadores.

Formação Ideológica: Antídoto contra oportunismo e cretinismo

Formação Ideológica:

Haverá uma formação que não seja ideológica?
Afinal, ideologia é só de esquerda? socialista? solidária?
Não! Quer ver exemplos de ideologia? Burocratismo, cinismo, competiç]ão, pragmatismo, individualismo, oportunismo, cretinismo, pelequismo, apartidarismo
Enfim.

Um sindicato que se propõe a participar do processo de construção da nova sociedade terá que tratar das questões ideológicas, culturais, morais, éticas, grupais, interpessoais, sexuais e individuais. Até porque, no movimento sindical, seja de qual central, corrente ou partido, isto é, em todas, são visíveis, entre nós fenômenos como o individualismo, a corrupção moral, o acomodamento e o mandonismo.

A formação política não é o único meio de combater esses desvios, que exigem vigilância constante e uma profunda democracia - mesmo porque é nos círculos dirigentes que eles se manifestam primeiro e mais fortemente.

A falta de democracia e o endeusamento das lideranças ajudaram os sindicatos e os partidos de esquerda a abrigar, ao lado de monumentos de integridade, abnegação e heroísmo, crápulas, oportunistas, cretinos de todas as matizes, machistas, racistas, moralistas emperdenidos em público, conservadores de grande estirpe, no privado.

Não existe uma vacina definitiva contra esses perigos.

É preciso lembrar que eles brotam das condições de vida da nossa sociedade, exigindo de nossa parte um combate permanente, na sociedade, no sindicato, nos movimentos sociais e nos partidos.

Estão aí as experiências das igrejas para mostrar que a doutrinação ideológica não é um antídoto contra a hipocrisia, a corrupção, a estupideza e o moralismo.

Ao desenvolver uma maneira de abordar essas questões no processo formativo, o sindicato terá que evitar tanto os pecados quanto as fórmulas mágicas que pretendem impor modelitos comportamentais. A formação e a relação coletiva nos obriga a romper com o DNA burguês que trazemos nas veias, e a transfusão é uma batalha dura, entre o velho e novo, entre os valores capitalistas e o modo de vida proletária, solidário e socialista. Como diz Gramsci, o sindicato deve ser uma escola de humanismo e de consciência emancipatória e emancipada.

Helder Molina
27 de março de 2011

1º de Maio – Consciência, organização e identidade de classe: Nossas armas para enfrentar o capital e o capitalismo

1º de Maio – Consciência, organização e identidade de classe: Nossas armas para enfrentar o capital e o capitalismo

(Helder Molina)

Os homens fazem a sua própria história, mas não o fazem como querem...
a tradição de todas as gerações mortas oprime como um pesadelo o cérebro dos vivos. "
[ Karl Marx ]

O 1º de maio é um dia de luta da classe trabalhadora, um dia de reflexão, mas também de rememoração. Por mais que as classes dominantes, e seus aparelhos de reprodução ideológica, como a mídia, tentem reduzir a data à lógica do mercado, de mais um “feriado” que, apesar de “atrapalhar a produção, as vendas, o consumo”, serve para buscar a construção do consenso de que o trabalhador é importante para “produzir o progresso da nação”, esse é um dia que pertence à história das lutas dos trabalhadores e trabalhadoras.
Nesse dia, a mídia mostra o lado festivo, os governos tentam retirar a marca da radicalidade e do combate, domesticando-a, enquadrando-a em “comemorações do dia do trabalho”. Escondem a exploração, a opressão, e a dominação que se exercem sobre os trabalhadores.
O movimento sindical combativo, ao contrário de distribuir apartamentos e carros, oferecidos pelos empresários que, ao longo do ano exploram os trabalhadores, mantém acesa a memória das lutas do passado e o compromissos com as lutas do presente.
Em todos os lugares do mundo os trabalhadores se reúnem para protestar contras as derrotas, cantar as vitórias, fortalecer os laços de solidariedade, renovar o compromisso com a construção de um mundo sem explorados nem exploradores, e reafirmando a esperança de um futuro de justiça social e democracia plena.
Após 1850, na Europa e os EUA viviam o auge da Revolução Industrial, de expansão do modo de produção capitalista, sustentada na superexploração da força de trabalho das massas trabalhadoras. Crescia a cada ano a quantidade de camponeses e operários, incluindo as mulheres e crianças, que trabalhavam nas grandes fábricas, sem quaisquer leis ou regras de proteção aos trabalhos e ausência completa de direitos.
Os trabalhadores e as trabalhadores enfrentavam jornadas extensas e exaustivas de até 16 horas diárias de trabalho, péssimas condições de trabalho, em ambientes insalubres, respirando fumaça, pó, fuligem, às intempéries, ao frio, ao sol, na chuva.
A consciência de classe se construiu no enfrentamento das contradições. Quanto mais se explorava, mais as contradições aumentavam. O capital, e seu sistema, o capitalista, na sanha desenfreada em busca dos lucros, exploram incessantemente os trabalhadores. Os lucros são produtos da expropriação do trabalho do trabalhador. Essa contradição só se descobre lutando, coletivamente. É na solidariedade da luta que se constróe os laços que rompem com a alienação. Como dizia Marx, os trabalhadores já tinham perdido tudo, só faltavam perder o medo, e romper os grilhões que os mantinham presos à exploração e à opressão capitalista.

Uma idéia torna-se uma força material quando ganha as massas organizadas." [ Karl Marx ]

O movimento operário é produto dessas contradições, e das lutas contra o capital. Impulsionado pelas idéias anarquistas, comunistas e socialistas, de diferentes colorações, os trabalhadores e as trabalhadores mobilizaram intensas jornadas de lutas, na Europa e nos EUA, organizando greves, associações operárias, sindicatos.
Pouco depois surgiram os primeiros partidos operários, e, em resposta ao chamado do Manifesto Comunista, de Marx e Engels, de 1848, “proletários de todos os países, uni-vos”, ampliaram as lutas sociais para fora das fronteiras nacionais, constituindo um movimento operário e socialista de caráter internacionalista. Se o capital não tem fronteiras para explorar, os trabalhadores devem unir forças em todos os países, de todas as crenças, raças, países, ideologias. Uma necessidade concreta do enfrentamento ao capital, o movimento operário, na virada do século XIX para o XX, assume a bandeira do internacionalismo socialista e proletário.
Assim chega ao Brasil, no processo de transição da escravidão para o trabalho assalariado capitalista, e se organiza sob a bandeira do 1º de maio, com um marco da resistência e da luta mundial contra dominação capitalista.
As lutas operárias se organizam e ganham dimensão política com a chegada dos imigrantes, e com a proliferação das ideologias anarquistas, anarco-sindicalistas, comunistas e socialistas.
Os imigrantes se juntam aos negros e negras, ex-excravos, excluídos do projeto elitista de República, que havia sido produzida por um golpe de Estado das oligarquias descontentes com a abolição da escravatura.Desse encontro de culturas e de lutas, surgem os sindicatos e o movimento sindical.
Assim, o 1º de Maio é um momento de organização e de consciência de classe, de rememoração. De luta contra o capitalismo , de defesa da dignidade do trabalho e do trabalhador.
Como disse Antonio Gramsci (militante comunista italiano) “A crise consiste precisamente no fato de que o velho está morrendo e o novo ainda não pode nascer. Nesse interregno, uma grande variedade de sintomas mórbidos aparecem."
Nesta conjuntura de crise mundial da economia e do modo de vida capitalista, reafirmamos a urgência de os trabalhadores construírem um outro projeto societário, baseado na solidariedade, na justiça distributiva da renda e na socialização das riquezas produzidas pelo trabalho humano.
O neoliberalismo, a face perversa produzida pelo capitalismo contemporâneo, está destruindo as forças produtivas, degradando a vida e os seres vivos. A lógica desse sistema é permanente destruição da natureza para obtenção de lucros, de exploração do trabalho humano para acumulação de riquezas e poderes nas mãos de uma minoria de sanguessugas, parasitas, que se alimentam do sangue, suor e lágrimas da maioria da humanidade.
Quando afirmamos que os trabalhadores não construíram a atual crise, e que não podem e nem devem pagar por ela, estamos dizendo que só a luta internacional, coletiva, por um outro modelo de desenvolvimento, de sociabilidade e de vida é que se constituirá na porta de saída para as maiorias de seres humanos que habitam o planeta.
E o sangue e a memória dos mártires, das mulheres, crianças, que nestes duzentos anos lutam contra a barbárie e pela emancipação, estão presentes, nas ruas, nas praças, alegres e irreverentes.
A utopia de um mundo justo, onde todos vivem plenamente do fruto de seu trabalho. A certeza de que a emancipação é uma obra coletiva, própria dos trabalhadores e trabalhadoras, por eles e elas, para eles e elas.

Em 02 de abril de 2011

Helder Molina
Historiador, professor de História, mestre em Educação-UFF, doutorando em Políticas Públicas-UERJ, educador sindical e assessor de formação da CUT/RJ e do SINDPD/RJ, coordenador do curso Marxismo(s) da CUT/RJ e SISEJUFE-RJ

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Eixos temáticos, conteúdos e carga horária (por eixo)

1 - NOÇÕES FUNDAMENTAIS SOBRE A SOCIEDADE CAPITALISTA
- Quem somos e a sociedade em que vivemos,
- O que é o capitalismo, como surgiu, como funciona,
- Estado capitalista, as classes sociais,
- Consciência e identidade de classe
- O que é luta de classes, como ela se manifesta hoje,
- Salário, preço, lucro e mais valia
- Os processos de exploração e dominação de classes.
- O que é sindicato e seu papel na sociedade capitalista,

2 – SINDICATOS E MOVIMENTOS SOCIAIS NA CENA POLÍTICA BRASILEIRA: DA DITADURA MILITAR À ERA LULA
- Análise histórico política dogolpe civil-militar de 1064
- Sindicatos e movimentos sociais na resistência à ditadura militar
- Origens do novo sindicalismo e da CUT.
- Redemocratização e consolidação do Estado democrático de direito
- Ideologia e políticas neoliberais: Economia, modo de vida e sociedade
- Sindicatos e movimentos sociais na resistência ao neoliberalismo
- Estado mínimo e mercado máximo, e a resistência dos trabalhadores.
- Era Lula; Transição e continuidade:Avanços e permanências

3 - ORGANIZAÇÃO POR LOCAL DE TRABALHO
- O que é OLT – Organização por local de trabalho
- Convenção 87 da OIT – Liberdade e autonomia sindical
- A experiência da CUT e dos Ramos na construção da OLT
- A relação sindicato-local de trabalho,
- A organização e estrutura sindical de base,
- As diversas centrais e concepções sindicais, hoje.
- O que é ser dirigente sindical, hoje.


4 - CONCEPÇÕES SINDICAIS
- As 8 centrais sindicais atuais: Origens, concepções, e propostas políticas
- Quem são, o que pensam, quais seus projetos, porque existem e como funcionam,
- O reconhecimento e legalização das centrais, a questão do imposto sindical.
A relação Sindicato X Partido X Estado X Governo.


5 – GESTÃO, PLANEJAMENTO E PRÁTICA SINDICAL
- Ética, relações interpessoais, trabalho coletivo, respeito à diferença,
- A importância do estudo e da formação para construção de uma ética solidária e participativa,
- As armadilhas da burocratização, corporativismo e pragmatismo sindical, hoje
- Como diagnosticar os problemas do local de trabalho.
- Como atuar no sentido de resolve-los, tarefas imediatas
- Aspectos básicos da gestão sindical
- A importância do planejamento
- O trabalho das diferentes secretarias e a ação sindical de conjunto

6 - ANÁLISE DE CONJUNTURA E DESAFIOS AO MOVIMENTO SINDICAL 2011
- Caracterização e análise do contexto internacional
- Caracterização e análise da conjuntura brasileira
- Diagnóstico do governo Dilma: Continuidade, avanço, ruptura ?
- Cenário para o movimento sindical: Campanha salarial, negociação coletiva
- Agenda de reivindicações e lutas da CUT para 2011

7 - LINGUAGEM, CONSTRUÇÃO DE DISCURSO E PRÁTICA DE ORATÓRIA
- Como falar em publico
- Como construir um discurso
- Falando com as mãos e o corpo
- Os inimigos da voz e como enfrenta-los
- Perdendo o medo de falar em público
- O poder da voz: Retórica, vocabulário e argumentação
- Gestos e posturas na hora de falar em público
- Falar em público, um medo que só é vencido pela persistância
- Exercícios e Técnicas de discursos, persuasão, retórica, argumentação,
- Exercícios individuais: O que dizer, como dizer e para quem dizer:
- Simulando assembléias, atos, congressos
- Aprendendo com a prática