LISTA DE BONS FILMES SOBRE SINDICALISMO, DIREITOS SOCIAIS E HUMANOS, HISTÓRIA, POLÍTICA, COMUNICAÇÃO, LUTAS SOCIAIS, SITE E BLOGS PROGRESSISTAS E DE ESQUERDA. Seleção: Helder Molina
· Germinal
O filme germinal caracteriza perfeitamente o processo de produção do trabalho do modelo capitalista, a expansão do chamado capital, mostrando assim de uma forma bem clara os opostos entre as necessidades humanas e as materiais. O filme se passa na França do século XIX e transmite muito bem aquele determinado momento histórico e seu contexto social, econômico e político e é claro cultural e para obtermos uma análise satisfatória se torna necessário o conhecimento dos antecedentes da revolução industrial presentes nele. O filme é baseado no romance de Émile Édouard Charles Antoine Zola.
· Daens, um Grito de Justiça
No final do século XIX, numa pequena cidade operária da Bélgica, um grupo de operários de uma fábrica de tecidos vive em péssimas condições de trabalho. Crianças exerciam tarefas de adulto, o que resultava num grande número de acidentes de trabalho e mortes. O padre Daens chega àquela comunidade e, diante dos fatos, começa a semear a idéia de justiça nos trabalhadores, o que contraria os poderosos e até mesmo a igreja. (Belo filme, que mostra bem as péssimas condições do trabalho na revolução industrial).
· A Classe Operária Vai ao Paraíso
Um funcionário exemplar - Gian Maria Volonté - é adorado pelos patrões e odiado pelos colegas. Ele vive entregue aos sonhos de consumo de classe média, alienado aos movimentos operários, até que sofre um acidente, que o faz ver as coisas por outro ângulo e começa um processo de politização. (Clássico do cinema político, dirigido por Elio Petri. Palma de Ouro em Cannes 1972).
· Sindicato de Ladrões
Um sindicato de estivadores se aproveita da ingenuidade de um ex-boxeador - Marlon Brando - para atrair para a morte um delator das atividades criminosas do chefe do sindicato. Clássico de Elia Kazan, ganhador de 8 merecidos Oscars, incluindo filme e ator. (Mostra a ação da máfia sobre os sindicatos de Nova York).
· Eles Não Usam Black-Tie
Um operário, cuja namorada está grávida, decide furar a greve em que sua empresa está envolvida e que é liderada pelo seu pai. Sua decisão provoca um conflito familiar. Ótimo filme de Leon Hirszman, baseado na peça de Gianfrancesco Guarnieri. Ganhou vários prêmios internacionais, incluindo dois em Veneza.
· O Homem de Ferro
Na Varsóvia dos anos 80, o partido escala um jornalista playboy e alcoólatra para infiltrar-se num grupo de trabalhadores em greve e, e aproximar-se de seu líder, cujo pai fora morto nos protestos de 1970. A intenção é lhes sabotar, mas a dúvida o corrói. Mostra em flashbacks a história do nascimento dos sindicatos poloneses e do Solidariedade, incluindo uma ponta de Lach Walesa. O filme de Andrzej Wajda ganhou a Palma de Ouro em Cannes.
· Pão e Rosas
Duas irmãs mexicanas trabalham como faxineiras em Los Angeles sem qualquer proteção trabalhista e um patrão abusivo. Com a ajuda de um ativista americano, namorado de uma delas, decidem se rebelar, mesmo correndo o risco de serem extraditadas. Ótimo filme do britânico Ken Loach.
· Norma Rae
Sally Field ganhou seu primeiro Oscar e o prêmio de melhor atriz em Cannes, como uma mãe solteira, operária de uma fábrica de tecidos, que mora com os pais, também tecelões. Todos trabalham em condições degradantes, até a chegada de um sindicalista, vindo de Nova York e, a princípio hostilizado pelos próprios operários. Aos poucos, a luta pela formação de um sindicato ganha adeptos. Bom filme de Martin Ritt, um diretor sempre engajado.
· Como Era Verde o Meu Vale
Durante a depressão dos anos 30, uma família muda-se para uma cidade de mineradores e se empregam na mina de carvão, nas piores condições de segurança possíveis. O dono da mina decide diminuir os salários de todos, o que deflagra uma greve de 22 semanas, que divide a família. Dirigido por John Ford, ganhou 5 Oscars, incluindo filme e diretor, derrotando Cidadão Kane, numa das maiores injustiças da história).
· Hoffa, um Homem, uma Lenda
Jack Nicholson é o polêmico líder sindical Jimmy Hoffa, cujo misterioso desaparecimento nunca foi esclarecido. O filme relata sua luta para construir o mais influente sindicato dos EUA, sua ligação com a máfia e sua condenação à cadeia, por influência do então ministro Robert Kennedy. Dirigido por Danny DeVito e roteiro de David Mamet, não empolga Peões, Entreatos, de João Moreira Salles. Como O Fio da Memória, os dois filmes são reflexos de um momento político de esperança esquerdista.
· Peões
Procura, nos dias da eleição presidencial de 2002, os rostos nas fotos históricas do movimento sindical da década de 1980. O filme também carrega um dos momentos mais emblemáticos da carreira de Coutinho, quando, falando que não quer que seus filhos passem pelo que ele passou, o personagem se deixa interromper pelo silêncio até disparar para o diretor: “O senhor já foi peão?”.
· ABC da Greve (1979) – Direção: Leon Hirszman
O filme cobre os acontecimentos na região do ABC paulista, acompanhando a trajetória do movimento de 150 mil metalúrgicos em luta por melhores salários e condições de vida. Sem obter êxito em suas reivindicações, decidem-se pela greve, afrontando o governo militar. Este responde com uma intervenção no sindicato da categoria. Mobilizando numeroso contingente policial, o governo inicia uma grande operação de repressão. Sem espaço para realizar suas assembleias, os trabalhadores são acolhidos pela igreja. Passados 45 dias, patrões e empregados chegam a um acordo. Mas o movimento sindical nunca mais foi o mesmo.
· Batismo de Sangue
Apesar do incômodo didatismo do roteiro, o longa é eficiente em contar a história dos frades dominicanos que abriram as portas de seu convento para abrigar o grupo da Aliança Libertadora Nacional (ALN), liderado por Carlos Marighella. Gerando desconfiança, os frades logo passaram a ser alvo da polícia, sofrendo torturas físicas e psicológicas que marcaram a política militar. Bastante cru, o trabalho traz boas atuações do elenco principal e faz um retrato impiedoso do sofrimento gerado pela ditadura.
· Linha de Montagem
No documentário, Tapajós registrou o movimento grevista do ABC paulista do final da década de 1970 e começo da de 1980, acompanhando a efervescência do movimento sindical e do nascimento de lideranças que fariam parte da história política do país nas décadas seguintes. Naqueles momentos, a atuação de Luiz Inácio Lula da Silva, o Lula, frente ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, nas ruas, nas assembleias e em seguida, avaliando o movimento com certo distanciamento. Está tudo registrado: a organização das greves, a manutenção das famílias dos grevistas sem salários, o apoio de movimentos e da igreja católica, o surgimento de lideranças, a importância da resistência à intervenção no sindicato, a repressão militar, e muito mais. Linha de Montagem foi realizado entre 1978 e 1980 pela produtora Tapiri Cinematográfica. Filmado em 16 mm, o filme foi lançado nos cinemas em 1983 e passou por restauração digital (resultou num DVD que foi distribuído nacionalmente em 2008).
· A Greve
Direção: Sergei Eisenstein, Ficção, 82 min. 1924 (clássico do cinema soviético revolucionário sobre greve de trabalhadores).
· A classe operária vai ao paraíso
Direção: Elio Petri, Ficção, 126 min., 1971 (filme sobre processo de consciência de classe de operário símbolo da classe média italiana).
· A revolução não será televisionada
Direção: Kim Bartley e Donnacha O’Briain, Documentário, 74 min., 2003 (o filme mostra o golpe que tirou o presidente Hugo Chávez do poder por 48 horas, a manipulação dos meios de comunicação na articulação da quebra da legalidade e a forte reação popular que reconduziu o presidente da Venezuela à liderança do país).
· ABC da Greve
Direção: Leon Hirszman, Documentário, 75 min., 1979/90 (se passa na região do ABC e acompanha a trajetória de 150.000 metalúrgicos).
· Acorda, Raimundo, Acorda!
Direção: Alfredo Alves, Ficção, 1990, 16 minutos (curta que mostra “troca de papéis” entre homem e mulher).
· Beijo 2347/78
Direção: Walter Rogério, Ficção (filme sobre trabalhador que é acusado judicialmente por ter beijado uma trabalhadora durante o expediente de trabalho em fábrica).
· Candelária aquela que conduz a luz.
Direção: Jade Moraes, 55 min., Documentário, 2005 (a luta de profissionais do sexo em Sergipe).
· Eles não usam black tié
Direção: Leon Hirszman, Ficção, 120 min.m 1981 (filme sobre movimento sindical e conflitos políticos entre pai militante e filho operário).
· Ilha das Flores
Direção Jorge Furtado. Documentário, 13 min., 1989 (um tomate é plantado, colhido, vendido e termina no lixo da Ilha das Flores, entre porcos, mulheres e crianças. Documentário que denuncia as desigualdades sociais na região do Rio Grande do Sul.
· Invasão ou Cidadania?
Direção: Rede Rua de Comunicação - Alderon Pereira da Costa e Arlindo Pereira Dias. Documentário-reportagem, 32 min., 2000 (sobre luta pela terra e MST).
· La terra trema
Direção: Luchino Visconti, Ficção, 180 min., 1947 (aspectos de proletariado de trabalhadores do mar em região pobre da Itália, exploração do trabalho e organização dos trabalhadores).
· Ladrões de bicicleta
Direção: Vittorio de Sica, Ficção, 93 min., 1948 (filme clássico do neorrealismo italiano que se passa no período pós II Guerra Mundial, marcado por cidades destruídas e desemprego. Conta o drama de um homem que tem sua bicicleta roubada, veículo requisitado pelo recém conseguido emprego).
· Muito além do cidadão Kane
Simon Hartog, BBC, Documentário, 90 min., 1983 (filme sobre a criação da Rede Globo, seus acordos espúrios e casos de manipulação).
· O homem que virou suco
Direção: João Batista de Andrade, Ficção, 90 min., 1980 (filme sobre homem nordestino que vai para o sudeste em busca de emprego e se depara com o preconceito e as dificuldades da cidade grande).
· Os carvoeiros
Direção: Nigel Noble, Documentário, 65 min., 1999 (filme sobre trabalho infantil e trabalho semi-escravo em carvoarias localizadas em Minas Gerais, Mato Grosso e Pará).
· Tempos Modernos
Direção Charles Chaplin. Ficção, 87 min., 1936 (clássico do cinema mudo sobre o trabalho repetitivo, estafante e alienante de um trabalhador na fábrica)
· Terra para Rose
Direção: Tetê Moraes, Documentário, 84 min., 1987 (sobre luta pela terra - Rose é uma agricultora sem-terra que, com outras 1.500 famílias, participou da primeira grande ocupação de uma terra improdutiva, a fazenda Annoni, no Rio Grande do Sul. Fala do início do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra). Rose deu à luz ao primeiro bebê que nasceu no acampamento e foi morta num estranho acidente).
. Levante tua Voz
Produzido Coletivo Intervozes, sobre o monopólio das comunicações em 6 famílias, o papel da mídia, a alienação, a falta de democracia e o pensamento único na comunicação
Doutor em Políticas Públicas e Formação Humana (UERJ); Mestre em Educação (UFF); Licenciado e Bacharel em História (UFF). Trabalho com Assessoria Sindical; Formação Política; Produção de Conteúdos; Planejamento; Gestão; Elaboração e Produção de Cadernos de Formação, Apostilas, Conteúdos Didáticos; Produção e Execução de Cursos, Seminários, Palestras, Aulas, Oficinas; Produção de Projetos Sindicais, professorheldermolina@gmail.com - 21 997694933,Facebook: Helder Molina Molina
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