domingo, 22 de maio de 2011

Lutar: luto porque é o sentido da vida, a busca, a conquista, a utopia de não parar, nunca

Entrevista
Helder Molina

Começou sua militância política no movimento estudantil, na década de 1980. Desde o início dos anos 90, trabalha na formação política e sindical, com planejamento de gestão e assessoria para sindicatos através da CUT/RJ. É licenciado e bacharel em História, fez pós graduação em História do Brasil, analisando a transição do trabalho escravo para o trabalho assalariado, as origens das lutas e organizações operárias e o surgimento do movimento sindical no Brasil. Fez mestrado em Educação e, atualmente, faz doutorado em Políticas Públicas e Formação Humana, na UERJ. Molina é professor da faculdade de Educação da UERJ.

Qual é o objetivo do seu curso de formação sindical?

Molina: Um dos objetivos principais da formação é construir novas lideranças, renovar a militância sindical, para dar continuidade à organização e luta dos trabalhadores em defesa de seus direitos. Penso que a formação é uma ferramenta muito importante para fortalecer a ação sindical, resgatar a história de lutas de nossa classe e de nosso movimento, discutir e atualizar o debate sobre as concepções e estruturas sindicais, de ontem e as atuais, mas fundamentalmente, para mim, o papel da formação é dar conhecimento político, argumento e conteúdos para compreender o mundo, a realidade social, a luta de classes e busca de uma sociedade democrática e justa.

O que prioriza para a formação do sindicalista de hoje?

Molina:
Estudar e conhecer a história da nossa classe e dos sindicatos. Conhecer e analisar o que é o capitalismo, a sociedade capitalista, as classes sociais, o Estado, o papel dos sindicatos, a organização e luta na defesa dos direitos dos trabalhadores.Conhecer as concepções e a estrutura sindical, os desafios atuais, as dificuldades enfrentadas hoje, pelos trabalhadores, na conquista e garantia de seus direitos. A formação também deve ensinar o dirigente sindical a planejar a gestão, definir metas e objetivos, quais ações devem desenvolver. Como se comunicar, falar em público, convencer, argumentar, como negociar, como participar nas mesas, como fazer uma pauta, como conduzir uma assembléia, uma plenária, etc.

Na sua opinião, qual é o papel do sindicato nos dias atuais?

Molina:
O sindicato deve lutar pela defesa dos direitos dos trabalhadores. O papel fundamental dos sindicatos é a luta e a negociação, na busca e garantia dos direitos sindicais, políticos, sociais e trabalhistas. O sindicato deve priorizar a organização nos locais de trabalho, estar sempre junto dos trabalhadores, ouvindo suas reivindicações, escutando suas propostas, buscando politizá-lo, trazer para a luta coletiva. Sozinho ninguém conquista nada. O dirigente sindical deve ser paciente, tolerante, ter argumentos, precisa estudar, conhecer a realidade, discutir conjuntura, entender de economia e de política, pois ele é um formador de opinião, um exemplo para os trabalhadores. A luta prática educa os trabalhadores, no cotidiano dos enfrentamentos com os patrões e os governos, mas precisa estudar, conhecer teoria, aprofundar os conhecimentos, enfim.

Este papel mudou com o passar dos anos ou ainda é o mesmo?

Molina:
Desde o surgimento do capitalismo os trabalhadores lutam para garantir seus direitos. O capitalismo, e o capitalista, vive da exploração dos trabalhadores, a produção dos lucros vem do trabalho não pago aos trabalhadores. O trabalho do trabalhador é que produz as mercadorias, as riquezas, transforma a natureza, mas o nosso trabalho é apropriado, expropriado pelos capitalistas, pelos patrões, e nisso se assenta a exploração, a exclusão social, a miséria. A concetração de renda, a acumulação dos lucros advem dessa exploração e exclusão. Lutamos contra o capitalismo, e buscamos uma economia, Estado e sociedade em que o trabalho humano, e suas riquezas, sejam distribuidos de forma justa e equilibrada, entre os trabalhadores. Uma luta coletiva, processual, que se afirma em cada greve, cada mobilização, cada combate, nas vitórias e nas derrotas.

Como você percebe a participação dos trabalhadores das instituições federais de ensino no movimento sindical brasileiro, a partir da sua experiência e da sua formação?

Molina:
Desde meados da década de 1980 os trabalhadores das universidades, e os trabalhadores do serviço público em geral, estão na linha de frente da organização sindical, da busca dos direitos, e na construção de um serviço público que atenda aos reais interesses da maioria da sociedade, que são os trabalhadores. Foram fundamentais na luta contra a ditadura e pela reconquista da democracia e do Estado democrático de direito no Brasil, na pressão e mobilização sobre a assembléia nacional constituinte, nas lutas contra o neoliberalismo e o desmonte do Estado, implementado por Collor e FHC, na luta contra as privatizações e a ideologia do Estado mínimo e mercado máximo. Tenho grande respeito, consideração e admiração pela luta dos servidores federais, e eles são fundamentais para um Estado democrático, voltado aos interesses maiores dos trabalhadores brasileiros. Tenho realizado muitos cursos para os sindicatos filiados à FASUBRA e à CONDSEF, e à CUT.

Como as grandes bandeiras de luta dessa categoria - um Estado forte e universidades cidadãs para seu público final e seus trabalhadores – podem se inserir no contexto nacional do movimento?

Molina:
Nas lutas permanentes, nos debates nas assembleias, na importância da formação política, nos cursos de formação, para alargar nossa visão de sociedade, superando o corporativismo e o burocratismo, que nos faz olhar para os próprios umbigos. As mesas nacionais e setoriais de negociação com o governo, os grupos de trabalhos, os avanços nas negociações com o governo, agora que temos um governo que negocia, ouve os trabalhadores, e reconstrói o Estado, que foi destruido nos tempos neoliberais, tudo isso é importante, mas não pode substituir a autonomia, a independência e a luta dos trabalhadores. Sindicato deve ser independente de partidos e do Estado, ter autonomia e se basear nos reais interesses dos trabalhores, elevando sua consciência e reafirmando sempre que só a luta conquista direito, e que tudo que conquistamos até hoje é fruto de nossa luta e organização.

OS QUE LUTAM TODA A VIDA - OS IMPRESCINDÍVEIS - BRECHT

OS QUE LUTAM

Há aqueles que lutam um dia; e por isso são muito bons;
Há aqueles que lutam muitos dias; e por isso são muito bons;
Há aqueles que lutam anos; e são melhores ainda;
Porém há aqueles que lutam toda a vida; esses são os imprescindíveis.

SEMINÁRIO RELAÇÕES DE TRABALHO E ORGANIZAÇÃO SINDICAL CUTRJ-SINTRASEF-SISEJUFE - VEJA PROGRAMA E SE INSCREVA - GRATUITO

Módulo 1
05/07 – Resgate Histórico das Relações de Trabalho e da Organização Sindical no Brasil
Palestrante: Helder Molina (historiador e assessor de formação – CUT/RJ)

06/07 – Marcos Jurídicos da Jornada de Trabalho no Brasil
Palestrante: Rudi Casse (assessor jurídico da Fenajufe)

07/07 – Aspectos Políticos da luta pela Jornada de Trabalho no Brasil
Palestrante: Roberto Ponciano (diretor de Formação da CUT/RJ)

Módulo 2:
12/07 – Divisão Social do Trabalho no Brasil

Palestrante: Paulo Jardel (Assessor do DIEESE)
13/07 – Precarização das Relações de trabalho no Brasil

Palestrante: Dary Beck (dirigente da executiva da CUT Nacional)
14/07 – Assédio Moral nas relações de trabalho

Palestrante: Étila (presidente do Sindicato dos Psicólogos/RJ)

CURSO ORSB CUTRJ - REGIÃO SERRANA

CURSO DE FORMAÇÃO EM ORGANIZAÇÃO E REPRESENTAÇÃO SINDICAL DE BASE - ORSB
TURMA REGIÃO SERRANA

Local: Petrópolis/RJ
MÓD.1 - 03 e 04 de Junho de 2011 -
Sexta e Sábado - 09:00 - 17:00

MÓD.2 - 01 e 02 de Julho de 2011 -
Sexta e Sábado - 09:00 - 17:00

MÓD.3 - 05 e 06 de Agosto de 2011-
Sexta e Sábado - 09:00 - 17:00

Neste ano a CUT-RJ desenvolvera 06 turmas/cursos de ORSBs (Organização e Representação Sindical de Base) em todas as regiões do Estado do Rio de Janeiro.



Um curso é destinado a dirigentes de sindicatos e federações filiados(as) À CUT, e oposições sindicais reconhecidas pela CUTRJ. Vedada a inscrição/participação de entidades não filiadas à nossa Central.



Cada turma terá em média 40 participantes, entre dirigentes liberados e da base, representantes de CIPA’s, Organizações por Locais de Trabalho (OLTs), delegacias/seções sindicais, comissões de fábrica, comitês de empresa/núcleos de orgãos e integrantes de oposições sindicais CUTistas.



O curso terá cinco módulos de dois dias, conforme carga horária, metodologia e cronograma definidos pela PNFD/SNF/CUT 2010/2011.



Nos ORSBs do RJ, realizaremos os três (03) módulos em três (03) meses seqüenciais, e os outros dois (02) definiremos as datas após o terceiro módulo. Totalizando 05, conforme PNFD/SNF/CUT, com carga horária de 16 horas cada módulo.



Veja abaixo os eixos temáticos e conteúdos dos módulos.



Módulo 1 >

História das lutas dos(as) trabalhadores(as) e e organização da sociedade brasileira.



Módulo 2 >

História da CUT, sua concepção, princípios, estrutura e estratégia.



Módulo 3 >

Organização e Representação Sindical no Local de Trabalho/Produção



O curso de ORSB, uma das prioridades estratégicas do Plano Nacional de Formação de Dirigentes da CUT e um dos instrumentos para fortalecer o Projeto Sindical, bem como ampliar a representação sindical da Central nos locais de trabalho.



Despesas

Alimentação no curso serão custeadas pelos sindicatos e CUT-RJ. Material didático será de responsabilidade da CUTRJ, logística e equipamentos serão partilhados entre as entidades e a CUTRJ.

As despesas com lanche na viagem e transporte (combustível, passagens e taxi) devem ser pagos pelas entidades que indicarem participantes.



Inscrições:

Devem ser feitas pelos sindicatos e federações filiados(as) e oposições sindicais reconhecidas pela CUT-RJ, e enviadas à Secretaria de Formação da CUTRJ, pelo email formação@cutrj.org.br, ou fone 21 2196 6700.

Até o dia 18 de maio de 2011.



Programa do Módulo 1 -



I - Desigualdade e Exclusão Social: Marca da Formação da Sociedade Brasileira
O Colonialismo, eis o início de tudo
A exploração do trabalho e da vida do índio e do negro: A exclusão como prática
A persistência da exclusão
As raízes do passado na cultura política da sociedade brasileira

II - Momentos de Ruptura Política e Participação Popular
Indepêndencia do Brasil
Abolição da Escravidão
Proclamação da República
Estratégias de Participação Popular
Trabalho e Relações Sociais

III - História da Classe Trabalhadora no Brasil
Revolução Industrial e a Classe Trabalhadora
A formação da classe trabalhadora no Brasil e as primeiras lutas: Escravos, libertos e imigrantes
A primeira fase da industrialização brasileira, a classe operária e suas organizações
As lutas e as organizações operárias
A revolução de 1930, o “Estado Novo” e o sindicalismo diante da estrutura sindical corporativista
Expansão Industrial, urbanização, sindicatos e a luta dos trabalhadores no campo e na cidade
O significado do Golpe Civil-Militar de 64



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Rio de Janeiro,

26 de Abril de 2011-11-26



Saudações Sindicais CUTistas

Secretaria de Formação da CUT-RJ

SINPRO - RIO -Os sindicatos e os movimentos sociais na cena sócio-política brasileira: da resistência à ditadura militar e ao neoliberalismo, impasses e desafios atuais

Curso de Formação Sindical

Os sindicatos e os movimentos sociais na cena sócio-política brasileira:
da resistência à ditadura militar e ao neoliberalismo,
impasses e desafios atuais

Carga horária: 18 horas aulas
Dias e horário - Terças-feiras
5, 12, 19, 26 de abril, 10 e 17 de maio das 18 às 21:00

Parceria CUT- RJ e Sinpro-Rio

Professor: Helder Molina
(bacharel e licenciado em História/UFF, especialista em História do Brasil/UCAM, Mestre em Educação/UFF e doutorando em Políticas Públicas e formação Humana/UERJ, pesquisador e educador sindical)

Público Alvo:

Professores, estudantes, sindicalistas, militantes de movimentos sociais, lideranças comunitários, educadores populares, trabalhadores em geral

Objetivos:

Estudar as lutas de resistência - dos(as) trabalhadores(as), sindicatos, movimentos sociais urbanos e rurais, organizações e partidos de esquerda - à ditadura militar. Anos 1960 a 1980. Resgatar e analisar o contexto sócio-histórico e político da transição da ditadura ao Estado burguês democrático, os papéis dos movimentos sociais. Anos 1980 – 1990.
Conhecer e discutir as políticas e a ideologia neoliberal, a reestruturação econômico-produtiva do capital, o projeto de mercado máximo e Estado mínimo, a vingança do capital contra o trabalho, e a resistência dos movimentos sociais Anos 1990-2000.

Conteúdos

Aula 1.

Capitalismo e trabalho: Modo de produção capitalista: as origens históricas e sociais do Capitalismo, as lógicas da propriedade privada, da acumulação, exploração e lucro. A mercadoria. O preço. A mais-valia. As classes sociais: burgueses X proletários. As idéias de Marx. Sindicatos, movimentos sociais e organizações políticas na resistência à ditadura militar e na transição democrático burguesa. Os anos de chumbo. Clandestinidade, repressão e sindicalismo tutelado. A luta armada: Resistência possível ? Brasil grande: "Ame-o ou deixe-o".

Aula 2.

A resistência e as lutas democráticas, o papel da intelectualidade e da classe média, do movimento estudantil, o renascimento do movimento operário. Novo sindicalismo: O ABC entra em cena. A crise da ditadura e o ascenso dos novos movimentos sociais urbanos e rurais.

Aula 3. A transição da ditadura ao Estado burguês democrático, os papeis e o protagonismo dos movimentos sociais: (Sindical, estudantil, gênero, raça/etnia, sem terras/rurais, direitos humanos e civis, saúde, moradia, educação, etc) na construção e consolidação dos direitos sociais, da cidadania e democracia. Anos 1980 - 1990.

Aula 4.
A década neoliberal: As políticas e a ideologia neoliberal, a reestruturação econômico-produtiva do capital, o projeto de mercado máximo e Estado mínimo, as privatizações, a vingança do capital contra o trabalho, e a resistência dos sindicatos e movimentos sociais a implementação da nova sociabilidade do capital. Anos 1990-2000

Aula 5.
A atual estrutura e organização sindical no Brasil, as atuais centrais sindicais, as atuas concepções e organizações políticas que atuam nos movimentos sociais. Da Era Vargas à Era Lula. Desafios atuais ao sindicalismo e aos trabalhadores. As centrais sindicais: genealogia histórica e organizativa das centrais sindicais. A CUT hoje, a estrutura, as concepções. Legalização e reconhecimento das centrais. Fragmentação do campo combativo. A CTB, Conlutas/Intersindical.

Aula 6.
A travessia do neoliberalismo à reconstrução do Estado e das políticas públicas e dos direitos sociais. Os movimentos sociais e suas relações com o Estado. O papel dos sindicatos na atual conjuntura (Governo Lula/Dilma). Brasil e América Latina, Hoje. O pós neoliberalismo e a crise de hegemonia do capitalismo. O que será o futuro? Alternativas ?!

SINPRO-DF - CURSO DE FORMAÇÃO DE DIRIGENTES - TURMA 13 MOD 1

MÓD. II - ORGANIZAÇÃO DA SOCIEDADE NO MUNDO E NA REGIÃO CENTRO-OESTE, FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO DEMOCRACIA SINDICAL

Objetivo: Qualificar novos dirigentes e representantes sindicais do SINPRO/DF para a atuação no dia-a-dia sindical, objetivando potencializar ação sindical no local de trabalho.

Conteúdos:
• Organização da sociedade (desde as sociedades primitivas até os dias atuais) e o papel dos movimentos sociais

Data: 29/04/11

Helder Molina – Professor da UERJ – Doutorando em História do Movimento Sindical pela UERJ e Assessor de Formação da CUT/RJ.

09:30 III Momento: Organização da sociedade (desde as sociedades primitivas até os dias atuais) e o papel dos movimentos sociais, especialmente, o movimento sindical.

Fazer um retrospecto sobre as formas de organização da sociedade através dos tempos, passando pela organização social, política e econômica e quais as formas de organização que os/as trabalhadores/as usavam nestes períodos para enfrentar a exploração.



Não é a consciência do homem que lhe determina o ser, mas, ao contrário, o seu ser social que lhe determina a consciência.
Karl Marx

SINTTEL BAHIA - CURSO PARA DIRETORIA - 10 DE JUNHO 2011

SINTTEL BAHIA

Seminário de Formação Sindical:


Elementos Básicos de Concepção, Planejamento, Gestão e Prática Sindical, Hoje
Helder Molina

Historiador, mestre em Educação, professor universitário, educador sindical,
assessor de formação e planejamento sindical

Dia 10/06/2011
Carga Horária: 09:00 às 17:30

Manha - das 09:00 às 12:00


Metodologia: Apresentação em Power Point, exposição dialogada e debate coletivo,

* Quem somos e a sociedade em que vivemos,
* Consciência e identidade de classe
* O que é sindicato e seu papel na sociedade capitalista,
* O que é luta de classes, como ela se manifesta hoje,
* A relação sindicato-local de trabalho,
* A organização e estrutura sindical de base,
* As diversas centrais e concepções sindicais, hoje.

Tarde - 13:30 às 17:30
Metodologia: Apresentação em Power Point, exposição dialogada e leitura e debate coletivo

* O que é ser dirigente sindical, hoje.
* Ética, relações interpessoais, trabalho coletivo, respeito à diferença,
* A importância do estudo e da formação para construção de uma ética solidária e participativa,
* As armadilhas da burocratização, corporativismo e pragmatismo sindical, hoje
* Como diagnosticar os problemas do local de trabalho.
* Como atuar no sentido de resolve-los, tarefas imediatas
* Aspectos básicos da gestão sindical
* A importância do planejamento
* O trabalho das diferentes secretarias e a ação sindical de conjunto

Quem luta, por ideologia e com generosidade, não cansa...

"A emancipação dos trabalhadore será obra dos próprios trabalhadores" (
Manifesto Comunista, de K. Marx e F. Engels, 1848).

"Ningúem se liberta sózinho, ninguém liberta ningúem, os homens (e mulheres)
se libertqm em comunhão". (Pedagogia do Oprimido, Paulo Freire, 1981)

" A luta, por mais justa que seja, sem a presença do estudo crítico da
realidade, da reflexão teórica, perde substância, esvazia-se de conteúdo.
Sem a formação continuada e permanente, sem a disciplina de nos tornamos
intectuais de nossa classe, caimos num praticismo, num administrativismo,
num burocratismo perigoso, acrítico, apolitizado, e nos tornamos escravos do
cotidiano. O sindicato se reduz ao um conjunto de tarefas imediatas, sem
sentido estratégico, transformador e sem ruptura com o status quo."
(Florestan Fernadez, Escola Sindical 7 de Outubro, 1993)

" A formação é uma ferramenta, uma alavanca onde se apoia a ação política. A
ação política, o combate, a luta direta é quem transforma e melhora a vida
dos trabahadores, mas sem a formação política continuada e permanente, a
luta perde força, sepulta a ideologia, fragmenta a ação." (Helder Molina, um
texto de curso, 1995)

Estive em Maceió - Seminário 25 anos do SASEAL -

Vera, Débora, Gracielle

Foi um grande prazer estar com vocês.
No Seminário sobre os 25 anos do SASEAL.

Pena que foi um dia só...

Adorei o grupo, o carinho, a receptividade, o afeto, a animação, a festa, a confraternização...
Fui muito bem tratado, me senti em casa, rodeado de amigas(os) e companheiras(as).

A atividade dos 25 anos foi linda, com grande presença de antigas(os) e novo(as) lutadoras(as), convidados, autoridades, enfim, marcada pela memória das lutas, história coletiva e pessoal se entrelaçando na construção deste combativo sindicato, referência para os movimentos sociais de Alagoas, como pude perceber.

A palestra foi uma tentativa de injeção de ânimo, de mobilizar sentimentos, de catalizar emoções, de acordar sonhos, de nos fazer indignar contra as injustiças, as desigualdades, enfim..

Se tivéssemos mais tempo teríamos aprofundado mais, aberto para debate, perguntas, intervenções, enfim, participação coletiva, interação.

Mas...
Espero voltar à linda Maceió.
Naquele dia, tirei a parte da tarde e noite para passear, conhecer a cidade, conhecer as pessoas, os lugares.

Meu amigo Jorge, professor de Histoira da UFAL, e sua esposa Daniela, me levaram para tantos lugares!!!
Exemplo: Ponta Verde, Pajuçara, Jaraguá, Centro, Igrejas, alguns museus, Feira de Artesanato, Estádio Rei Pelé....e tomamos um gostoso chopp com camarão, na Praia do Francês....

...quer coisa melhor? Trabalhar fazendo o que gosta, e conhecendo lugares e pessoas maravilhosas???

De carro ou a pé, navegamos por mais de 5 horas (das 14:00 às 20:00), por Maceió. Não deixem morrer essa animação, essa vontade.

A Formação é um combustível, é um oxigênio, um instrumento de consciência e coesão, de fortalecimento ideológico.
Podem marcar outra atividade de formação, de um dia, para julho ou agosto, que vou, com certeza!!

Do amigo, irmão e companheiro

Helder Molina,
cidadão do mundo, aqui do Rio...

Como endireitar um esquerdista

Como endireitar um esquerdista

Escrito por Frei Betto

Ser de esquerda é, desde que essa classificação surgiu na Revolução Francesa, optar pelos pobres, indignar-se frente à exclusão social, inconformar-se com toda forma de injustiça ou, como dizia Bobbio, considerar aberração a desigualdade social.

Ser de direita é tolerar injustiças, considerar os imperativos do mercado acima dos direitos humanos, encarar a pobreza como nódoa incurável, julgar que existem pessoas e povos intrinsecamente superiores a outros.

Ser esquerdista – patologia diagnosticada por Lênin como “doença infantil do comunismo” – é ficar contra o poder burguês até fazer parte dele. O esquerdista é um fundamentalista em causa própria. Encarna todos os esquemas religiosos próprios dos fundamentalistas da fé. Enche a boca de dogmas e venera um líder. Se o líder espirra, ele aplaude; se chora, ele entristece; se muda de opinião, ele rapidinho analisa a conjuntura para tentar demonstrar que na atual correlação de forças...

O esquerdista adora as categorias acadêmicas da esquerda, mas iguala-se ao general Figueiredo num ponto: não suporta cheiro de povo. Para ele, povo é aquele substantivo abstrato que só lhe parece concreto na hora de cabalar votos. Então o esquerdista se acerca dos pobres, não preocupado com a situação deles, e sim com um único intuito: angariar votos para si e/ou sua corriola. Passadas as eleições, adeus trouxas, e até o próximo pleito!

Como o esquerdista não tem princípios, apenas interesses, nada mais fácil do que endireitá-lo. Dê-lhe um bom emprego. Não pode ser trabalho, isso que obriga o comum dos mortais a ganhar o pão com sangue, suor e lágrimas. Tem que ser um desses empregos que pagam bom salário e concedem mais direitos que exige deveres. Sobretudo se for no poder público. Pode ser também na iniciativa privada. O importante é que o esquerdista se sinta aquinhoado com um significativo aumento de sua renda pessoal.

Isso acontece quando ele é eleito ou nomeado para uma função pública ou assume cargo de chefia numa empresa particular. Imediatamente abaixa a guarda. Nem faz autocrítica. Simplesmente o cheiro do dinheiro, combinado com a função de poder, produz a imbatível alquimia capaz de virar a cabeça do mais retórico dos revolucionários.

Bom salário, função de chefia, mordomias, eis os ingredientes para inebriar o esquerdista em seu itinerário rumo à direita envergonhada – a que age como tal , mas não se assume. Logo, o esquerdista muda de amizades e caprichos. Troca a cachaça pelo vinho importado, a cerveja pelo uísque escocês, o apartamento pelo condomínio fechado, as rodas de bar pelas recepções e festas suntuosas.

Se um companheiro dos velhos tempos o procura, ele despista, desconversa, delega o caso à secretária, e à boca pequena se queixa do “chato”. Agora todos os seus passos são movidos, com precisão cirúrgica, rumo à escalada do poder. Adora conviver com gente importante, empresários, ricaços, latifundiários. Delicia-se com seus agrados e presentes. Sua maior desgraça seria voltar ao que era, desprovido de afagos e salamaleques, cidadão comum em luta pela sobrevivência.

Adeus ideais, utopias, sonhos! Viva o pragmatismo, a política de resultados, a cooptação, as maracutaias operadas com esperteza (embora ocorram acidentes de percurso. Neste caso, o esquerdista conta com o pronto socorro de seus pares: o silêncio obsequioso, o faz de conta de que nada houve, hoje foi você, amanhã pode ser eu...).

Lembrei-me dessa caracterização porque, dias atrás, encontrei num evento um antigo companheiro de movimentos populares, cúmplice na luta contra a ditadura. Perguntou se eu ainda mexia com essa “gente da periferia”. E pontificou: “Que burrice a sua largar o governo. Lá você poderia fazer muito mais por esse povo”.

Tive vontade de rir diante daquele companheiro que, outrora, faria um Che Guevara sentir-se um pequeno-burguês, tamanho o seu aguerrido fervor revolucionário. Contive-me, para não ser indelicado com aquela figura ridícula, cabelos engomados, trajes finos, sapatos de calçar anjos. Apenas respondi: “Tornei-me reacionário, fiel aos meus antigos princípios. E prefiro correr o risco de errar com os pobres do que ter a pretensão de acertar sem eles”.

Frei Betto é escritor, autor de “Calendário do Poder” (Rocco), entre outros livros.

Marx e Marxismo - Curso - Continuação - veja programa de aula

Marx e Marxismo - Curso 2011 - Marxismo de Marx e Engels -


Abaixo o programa completo do curso.

Curso de Formação
Marx e Marxismo(s) - Teoria, História e Atualidade
Módulo I - Marxismos de Marx e Engels

Aula 01: - 25/04/2011 –
As três fontes do pensamento de Marx
• Filosofia alemã (Hegel, Feuerbach) - Roberto Ponciano
Bacharel em Direito e Letras, Mestre em Filosofia (UGF), dirigente da CUT-RJ e SISEJUFE-RJ
Aula 02: - 02/05/2011 -
As três fontes do pensamento de Marx:
• Economia política inglesa (Adam Smith, David Ricardo)
Ernesto Germano
Jornalista, radialista, pesquisador e consultor sindical, assessor do SINTERGIA
Aula 03 - 09/05/2011 –
As três fontes do pensamento de Marx:
• Pensamento social francês: Iluminismo Socialismo utópico e anarquismo (Rousseau, Fourier, Saint-Simon, Proudhon)
Helder Molina
Historiador, mestre em Educação (UFF) e doutorando em Políticas Públicas (UERJ), educador sindical, assessor de formação da CUT-RJ

Aula 04 - 16/05/2011 -
Trajetória e amadurecimento do pensamento de Marx:
• Sintese de "Anais franco-alemães”, “Crítica da filosofia do direito de Hegel”, “Miséria da Filosofia”, “Manuscritos Econômico-Filosóficos”, “A Ideologia Alemã”, “Manifesto Comunista”, “Para uma crítica da economia política” -
Maria Onete Lopes
Pedagoga, mestre em Educação, doutora em Filosofia da Educação (UFSCAR)
Aula 05 - 23/05/2011 -
Elementos fundamentais de “O Capital” e da “Crítica ao Programa de Gotha”
Ernesto Germano Pares
Aula 06 - 30/05/2011
Método e teoria em Marx: O materialismo histórico dialético
Helder Molina
Aula 07 – 06/06/2011
História, divisão social do trabalho, propriedade privada e luta de classes
Ernesto Germano Pares
Aula 07 – 13/06/2011
O capitalismo para Marx:
• Especificidade histórica da sociedade no modo de produção capitalista e as características fundamentais do sócio-metabolismo capitalista
Helder Molina
Aula 08 – 20/06/2011
Salário, preço, lucro e mais-valia
Roberto Ponciano

Aula 09 – 27/06/2011
O fetichismo da mercadoria, ideologia e alienação e estranhamento
Roberto Ponciano
Aula 10 – 04/07/2011
Teoria do Estado em Marx
Helder Molina
Aula 11 – 11/07/2011
Teoria da revolução em Marx
Ernesto Germano Pares
Aula 12 - 18/07/2011
F. Engels: Principais obras :
• A situação das classes trabalhadoras na Inglaterra; A origem da família, da propriedade privada e do Estado; Anti-Düring; Do socialismo utópico ao socialismo científico. – Dialética da Natureza
Robert Ponciano
Aula 13 – 25/07/2011
Encerramento do Módulo I – Palestra/debate: Poder, Socialismo e Democracia, hoje.
A definir

SINTRASEF - CURSO NOÇÕES SOCIEDADE CAPITALISTA, GESTÃO E PRÁTICA SINDICAL

SINTRASEF
Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Federal no Estado do Rio de Janeiro
Imprensa e Divulgação
Sintrasef promove
curso de formação política e sindical para diretoria

NOÇÕES FUNDAMENTAIS SOBRE A SOCIEDADE CAPITALISTA

• Quem somos e a sociedade em que vivemos

• O que é o capitalismo, como surgiu, como funciona,

• Estado capitalista, as classes sociais

• Consciência e identidade de classe

• O que é luta de classes, como ela se manifesta hoje,

• Salário, preço, lucro e mais valia

• Os processos de exploração e dominação de classes.

• O que é sindicato e seu papel na sociedade capitalista,

GESTÃO, PLANEJAMENTO E PRÁTICA SINDICAL

• O que é ser dirigente sindical, hoje

• Ética, relações interpessoais, trabalho coletivo, respeito à diferença,

• A importância do estudo e da formação para construção de uma ética solidária e participativa,

• As armadilhas da burocratização, corporativismo e pragmatismo sindical, hoje

• Como diagnosticar os problemas do local de trabalho.

• Como atuar no sentido de resolve-los, tarefas imediata

• Aspectos básicos da gestão sindical

A diretoria colegiada do Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Federal no Estado do Rio de Janeiro (Sintrasef) iniciou na manhã de sexta-feira, 6 de maio, o curso de formação política com professor universitário, pesquisador, educador sindical e assessor de formação da CUT-RJ, Helder Molina.

Esse curso faz parte de um programa de formação, promovido pelo Sintrasef, que terá continuidade nos próximos mêses, para os núcleos de base, e no segundo semestre de 2011, com outros temas, para os demais filiados, com o professor Helder Molina.

Hoje, dia 06, os diretores participarão do evento até o final da tarde e terá continuidade no sábado, dia 07.

* Professor Helder Molina

Professor Helder Molina

IMPRENSA E DIVULGACAO

O Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Federal no Estado do Rio de Janeiro (Sintrasef) promove nos próximos dias 6 e 7 (sexta e sábado) o curso de Formação Política, para seus dirigentes, a partir das 9h.

As aulas serão com o professor universitário Helder Molina, historiador, mestre em Educação e doutorando em Políticas Públicas.

Helder, que é assessor de formação e educador sindical pela CUT, trará para as aulas temas importantes para reflexão pessoal e debates, que tratam da realidade do capitalismo, a formação da sociedade e o fortalecimento da luta dos trabalhadores.

Para o diretor do Sintrasef e coordenador do curso, Sinval do Carmo Santos, é imprescindível que se promovam esses eventos porque o conhecimento é um processo contínuo e, independente da experiência, há sempre algo a mais para se aprender.

“A educação é importante em todos os momentos de nossas vidas, para nos dar sustentação e segurança nas lutas que acreditamos. Não basta lutar, temos que saber o porquê de nossos atos e estarmos prontos para ter as respostas certas para quando quiserem afrontar nossos direitos. O conhecimento nos fortalece na luta e não permite que sejamos enganados”, disse Sinval.

Poemas para Cursos e Seminários de Formação

Poemas: Classe, consciência, organização, luta
Subsídios para cursos de formação sindical
Helder Molina


O elogio da dialética
(Bertold Brecht)


A injustiça passeia pelas ruas com passos seguros.
Os dominadores se estabelecem por dez mil anos.
Só a força os garante.
Tudo ficará como está.
Nenhuma voz se levanta além da voz dos dominadores.
No mercado da exploração se diz em voz alta:
Agora acaba de começar:
E entre os oprimidos muitos dizem:
Não se realizará jamais o que queremos!
O que ainda vive não diga: jamais!
O seguro não é seguro. Como está não ficará.
Quando os dominadores falarem
falarão também os dominados.
Quem se atreve a dizer: jamais?
De quem depende a continuação desse domínio?
De quem depende a sua destruição?
Igualmente de nós.
Os caídos que se levantem!
Os que estão perdidos que lutem!
Quem reconhece a situação como pode calar-se?
Os vencidos de agora serão os vencedores de amanhã.
E o "hoje" nascerá do "jamais".


O Sindicato
(de Bertold Brecht)


Mas quem é o sindicato?
Ele fica sentado em sua casa com telefone?
Seus pensamentos são secretos,
Suas decisões desconhecidas?
Quem é ele? Nós somos ele você, eu, vocês, nós todos.
Ele veste a sua roupa, companheiro,
E pensa como a sua cabeça
Onde moro é a casa dele,
E quando você é atacado ele luta
Mostre-nos o caminho que devemos seguir
E nós seguiremos com você.
Mas não siga sem nós o caminho correto
Ele é sem nós, o mais errado
Não se afaste de nós!
Podemos errar e você ter razão.
Portanto, não se afaste de nós!
Que o caminho curto é melhor que o longo,
Ninguém nega. Mas quando alguém o conhece
E não é capaz de mostrá-lo a nós,
De que nos serve sua sabedoria?
Seja sábio conosco! Não se afaste de nós!


AOS QUE LUTAM COM O POVO
(Eça de Queiroz)

Há no mundo uma raça de homens, com instintos sagrados e luminosos, com divinas bondades no coração, com uma inteligência serena e lúcida, com dedicações profundas, cheias de amor pelo trabalho e de adoração pelo bem.
Estes homens são o povo...
Estes homens estão sob o peso de calor e de sol, pelas chuvas, roídos de frio, descalços, mal nutridos. Lavram a terra, revolvem-na, gastam a sua vida, sua força,para plantar o trigo, fazer o pão, tornar a mesa farta.
Estes homens são o povo...
E são os que nos vestem...
Estes homens vivem nas fábricas, pálidos, doentes, sem família, sem doces noites, sem um olhar amigo que os console, sem ter o repouso do corpo e a expansão da alma.
Fabricam o linho, o pano, a seda, os estofos.
Estes homens são o povo...
E são os que nos vestem...
Estes homens vivem debaixo das minas, sem o sol e as doçuras da natureza, respiram mal, comem pouco, sempre as vésperas da morte, rotos, curvados, extraem o metal, o minério, o cobre, o ouro, o ferro, e toda matéria prima das indústrias.
Estes homens são o povo...
E são os que nos enriquecem...
Nas lutas e crises tomam as velhas armas da pátria e vão, dormindo mal, com marchas terríveis, as intempéries, à neve, ao frio, nos calores pesados, combatem e morrem longe dos filhos e das mães, sem ventura, sem ternura, esquecidos, para que nós conservemos nosso descanso opulento.
Estes homens são o povo...
E são os que nos defendem...
Estes homens são os que formam as equipagens dos navios, são lenhadores, guardadores de gado, servos mal nutridos, restam-lhes Os quintais, as senzalas, as sobras, as migalhas.
E são os que nos servem...
E o mundo oficial, opulento, soberano, o que faz por estes homens
Que o veste? Que o alimenta? Que o enriquece? Que o defende?
E que o serve?
Primeiro despreza-os, não pensa neles, não vela por eles. Não os educa, não os instrui, trata-os como se tratam os bois, os porcos.
Deixa-lhes uma pequena sobra da porção de seus trabalhos dolorosos, não lhes melhora a sorte, cerca-os de dificuldades,
cria-lhes a desesperança, agonia-os, formam-lhes em redor uma servidão que os prende.
Não lhes dá proteção, amparo, e, terrível coisa! Não os retira da ignorância, deixa-lhes morrer a alma.
É por isso que os que têm coração e alma, e amam a justiça, devem lutar e combater pelo povo. E ainda que não sejam escutados... terão na amizade dele... uma consolação suprema.


O Analfabeto Político
O pior analfabeto é o analfabeto político.
Ele não ouve, não fala,
nem participa dos
acontecimentos políticos.
Ele não sabe que o custo
de vida, o preço do feijão,
do peixe, da farinha, do aluguel,
do sapato e do remédio
dependem das decisões políticas.
O analfabeto político é tão burro,
que se orgulha e estufa o peito,
dizendo que odeia a política.
Não sabe o imbecil que,
da sua ignorância política, nasce a
prostituta, o menor abandonado, o assaltante e o
pior de todos os bandidos, que é o
político vigarista, pilantra, o corrupto e
lacaio das multinacionais.

ORSBs - CUTRJ - Conteúdo Programático dos 3 módulos ORSBs CUT

Galera Formadora

Socializando

Enviei, também, o conteúdo programático, para OFICINA DE CONSTRUÇÃO DIDÁTICO-METODOLÓGICA dos 3 Módulos dos ORSBs.

Bom trabalho para todos nós.

Helder Molina



Secretaria de Formação CUT-RJ

Plano Nacional de Formação de Dirigentes – PNFD


Conteúdos Programáticos do Curso sobre

Organização e Representação Sindical de Base

ORSB – CUT


Trabalho em Grupo – Módulo II - FF

Elaborar um roteiro didático-metodológico


1 - Carga Horária:16 horas presencias, 08 não presencias

(atividade inter módulo – pesquisa de campo: Como o sindicato se organiza no local de trabalho).

2 – Horário detalhado das atividades.

3 – Atividades a serem desenvolvidas (incluindo instrumentos didáticos metodológicos).

4 – Educador(es) responsável(eis) pela atividades.

5 – Subsídios teóricos: Textos de apoio, crônicas/poemas, vídeos, músicas, jogos, dinâmicas...

6 – Instrumentos de avaliação dos módulos


(O conteúdo programático é nacional (orgânico do PNFD), elencados abaixo



Conteúdo Módulo 1


I - Desigualdade e Exclusão Social: Marca da Formação da Sociedade Brasileira
O Colonialismo, eis o início de tudo
A exploração do trabalho e da vida do índio e do negro: A exclusão como prática
A persistência da exclusão
As raízes do passado na cultura política da sociedade brasileira

II - Momentos de Ruptura Política e Participação Popular
Indepêndencia do Brasil
Abolição da Escravidão
Proclamação da República
Estratégias de Participação Popular
Trabalho e Relações Sociais

III - História da Classe Trabalhadora no Brasil
Revolução Industrial e a Classe Trabalhadora
A formação da classe trabalhadora no Brasil e as primeiras lutas: Escravos, libertos e imigrantes
A primeira fase da industrialização brasileira, a classe operária e suas organizações
As lutas e as organizações operárias
A revolução de 1930, o “Estado Novo” e o sindicalismo diante da estrutura sindical corporativista
Expansão Industrial, urbanização, sindicatos e a luta dos trabalhadores no campo e na cidade
O significado do Golpe Civil-Militar de 64.


Conteúdo Módulo II



I. Os novos movimentos sociais: Anos 70 e 80 no Brasil
Novos sujeitos e novas práticas político-culturais na sociedade brasileira


II. As origens do novo sindicalismo
Resistência silenciosa dos militantes sindicais no periodo da ditadura militar
Esquerda revolucionária e Igreja Católica
Grupos de oposição e Vida Sindical


III. O novo sindicalismo e a greves que mudaram a cara do país
1979: inúmeras categorias profissionais fizeram valer, na prática, o direito de greve
De Sul a Norte, o direito de greve é conquistado na luta
A reação dos militares e a resposta do novo sindicalismo
O 1º de maio de 1980, dia de luta e solidariedade

IV. As articulações sindicais e a fundação da CUT


V. A fundação da CUT
Entre o apogeu e a crise: os desafios do projeto sindical da CUT


Conteúdo Módulo III


I - Da liberdade do capital aos direitos dos trabalhadores
Tecnicismo neoliberal e gestão democrática do Estado

II - A necessidade de um olhar pensante sobre o trabalho
Exercitando o olhar pensante
Conceitos valores e atitudes na disputa pela hegemonia

III - O papel da organização e representação sindical de base
A dimensão ética e política do trabalho sindical cut
Basismo e vanguardismo, uma falsa polêmica?

IV - A vinculação entre projeto político e projeto educativo

V - Planejamento sindical e trabalho de base
A solidariedade como instrumento de luta

CUT/RJ Realiza Mód II - Formação de Formadores - FF/Rio

Neste final de semana a CUT-RJ realizou o
Módulo II do Curso de Formação de Formadores - FF, que faz parte do PNFD-Plano Nacional de Formação de Dirigentes-CUT

16 militantes/dirigentes estão se formando para desenvolver 06 cursos de ORSBs em 06 regiões do Estado


A secretaria de Formação da CUT-RJ e a Escola Sindical 7 de Outubro realizaram, nos dias 13 e 14 de Maio de 2011, o Módulo II do Curso de Formação de Formadores - FF, do Rio de Janeiro.

O curso de FF tem 60 horas/aulas, em 3 módulos, e faz parte do Plano Nacional de Formação de Dirigentes - PNFD - da CUT, que visa a qualificação política e didático-metodológica de dirigentes e assessores, para desenvolvimento dos cursos de ORSBs - Organização e Representação Sindical de Base - no ano de 2011.

No Rio de Janeiro serão realizadas 06 turmas de ORSBs, de até 40 dirigentes de base, cada, em todas as regiões do Estado (Rio de Janeiro, Sul Fluminense, Norte Fluminense, Baixada, Niteró/São Gonçalo, Serrana).

Os educadores Helder Molina, que é educador e assessor de formação da CUT/RJ, e Beto Crispim, educador da Escola Sindical 7 de Outubro, são os responsáveis pela elaboração,m mediação e facilitação didático-metodológica, organização e coordenação do curso,

Este módulo contou com a presença e participação do coordenador geral da Escola 7 de Outubro, professor Antonio Carlos Hilário, que ressaltou a coesão, a qualidade, o ambiente de fraternidade e solidariedade, e compromisso do grupo de educadores que está sendo formado, e a importância da realização dos ORSBs como ferramenta para organização e enraizamento da CUT em todos os níveis.


O Curso de FF conta com 16 dirigentes e assessores sindicais inscritos(as), e neste módulo abordou a relação entre Formação Política, Organização Sindical na Base, e Comunicação, na disputa de hegemonia no local de produção e nos espaços da sociedade. Os(as) educandos(as) também organização o roteiro, programação, recursos didáticoe e metodológicos para aplicação dos ORSBs

O Módulo III será realizado em junho de 2011. E no final de maio começam as turmas de ORSBs das regiões Serrana e Baixada.

Helder Molina

CUT/ES - CURSO DE FORMAÇÃO: LINGUAGEM SINDICAL, CONSTRUÇÃO DE DISCURSO E PRÁTICA DE ORATÓRIA

CUT-ES


SECRETARIA DE FORMAÇÃO SINDICAL


CURSO DE FORMAÇÃO:

LINGUAGEM SINDICAL, CONSTRUÇÃO DE DISCURSO

E PRÁTICA DE ORATÓRIA


Dias 21 e 22 de Julho - Quinta e Sexta

09:00 às 17:00


* Público: Dirigentes Sindicais
* Vagas: Mínimo 10 - Máximo 50.
* Infraestrutura necessária: Impressão de uma apostila básica, 2 microfones, 1 câmera para filmagem, TV ou telão para projeção da fala/discurso, equipamento de datashow.
* Data: 21 e 22 de Julho
* Carga Horária: 16 horas/aulas
* Conteudos a serem desenvolvidos:

* Elementos básicos de teoria e prática de comunicação oral e escrita para dirigentes sindicais.
* Exercícios e técnicas de discursos.
* O que dizer, como dizer e para quem dizer.
* Glossário básico da linguagem
* Os movimentos, persuasão, retórica, argumentação sindical.
* Técnicas e exercícios de oratória: Voz, postura corporal, gestos.
* Técnicas de construção de texto e discursos, com temas da conjuntura e do cotidiano sindical.
* Exercícios práticos individuais, com uso de microfone, filmagem do discurso e avaliação coletiva.

Helder Molina
21 9769 4933
21 2196 6700

SINDSEP-DF - Curso de Formação Política Curso para delegados sindicais

Formação Política
Curso para delegados sindicais


16/05/2011

Estão abertas as inscrições para o Curso Básico de Formação Política, destinado aos delegados eleitos para as Seções Sindicais,

com o professor Helder Molina, historiador e educador sindical.

São dois dias de curso na sede do Sindsep-DF, disponíveis nas seguintes datas:

24 e 25/05;

26 e 27/05;

Informações na Secretaria de Formação (3212-1947).

Vagas limitadas por turma.

CUTRJ, Sintrasef e Sisejufe encerram ciclo de palestras, mas realiza novos cursos em julho

CUTRJ, Sintrasef e Sisejufe encerram ciclo de palestras, mas realiza novos cursos em julho

IMPRENSA E DIVULGACAO

“Conhecimento é a principal arma para uma base ter força nas lutas do dia a dia”, dessa forma o diretor do Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Federal no Estado do Rio de Janeiro, Sinval do Carmo Santos classificou o ciclo de palestras promovido pelo Sintrasef, juntamente com Sisejufe e CUT-Rio.

O encerramento ocorreu na noite de quinta-feira, 19 de maio, com a participação de Pedro Armengol (CUT) com o tema Negociação no Setor Público: Tendências do Último Período.

Durante três semanas, o auditório do Sintrasef recebeu seus filiados para o debate em diversos temas que estão em evidência como: Convenção 151 e Negociação Coletiva.

Segundo Sinval, um dos coordenadores do curso, o sucesso deve se repetir no mês de julho, quando acontecem novos ciclos de palestras. “A nova diretoria colegiada do Sintrasef está mostrando um bom trabalho e isso representa um profundo respeito e dedicação à categoria em sua luta”, acrescentou.

A opinião de Sinval é compartilhada por Carlos Alberto de Oliveira, membro da diretoria colegiada, que acompanhou as palestras desde o primeiro dia. “Achei muito importante essa iniciativa. Conseguimos ter em aulas conceitos que vivemos também na vida prática e é fundamental para filiados e diretores, sabendo que a conjuntura política muda sempre e precisamos participar para estarmos informados. Estamos no caminho certo”.

Ainda na noite de quinta-feira, a turma que estava no ciclo de debates sobre Relações de Trabalho encerrou sua participação com um coquetel para confraternização dos trabalhadores.

Veja a programação do mês de julho (início às 18h30)

Módulo 1

05/07 – Resgate Histórico das Relações de Trabalho e da Organização Sindical no Brasil

Palestrante: Helder Molina (historiador e assessor de formação – CUT/RJ)


06/07 – Marcos Jurídicos da Jornada de Trabalho no Brasil

Palestrante: Rudi Casse (assessor jurídico da Fenajufe)


07/07 – Aspectos Políticos da luta pela Jornada de Trabalho no Brasil

Palestrante: Roberto Ponciano (diretor de Formação da CUT/RJ)


Módulo 2:

12/07 – Divisão Social do Trabalho no Brasil

Palestrante: Jardel Melo (Assessor do DIEESE)


13/07 – Precarização das Relações de trabalho no Brasil

Palestrante: Dary Beck (dirigente da executiva da CUT Nacional)


14/07 – Assédio Moral nas relações de trabalho

Palestrante: Étila (presidente do Sindicato dos Psicólogos/RJ)