Doutor em Políticas Públicas e Formação Humana (UERJ); Mestre em Educação (UFF); Licenciado e Bacharel em História (UFF). Trabalho com Assessoria Sindical; Formação Política; Produção de Conteúdos; Planejamento; Gestão; Elaboração e Produção de Cadernos de Formação, Apostilas, Conteúdos Didáticos; Produção e Execução de Cursos, Seminários, Palestras, Aulas, Oficinas; Produção de Projetos Sindicais, professorheldermolina@gmail.com - 21 997694933,Facebook: Helder Molina Molina
segunda-feira, 9 de junho de 2014
NÃO HÁ SOLUÇÕES MÁGICAS PARA PROBLEMAS ESTRUTURAIS
Não há solução rápida para problemas estruturais. Não tem mágica que dê conta de resolver problemas crônicos, de décadas de concentração de renda, expropriação do trabalho, exploração social, opressão de classe. Problemas que se originam na nossa origem colonial e escravocrata, de violência e exclusão, de ausência de cidadania, de degradação de direitos, de privatização do Estado e da política. Oportunismo é dizer que tudo é culpa deste governo, desta presidenta, deste partido. Ainda mais em um ano eleitoral, como o de 2014. Lógico que não se exime quem governa dos problemas atuais, mas eles não surgiram agora, são históricos, estruturais, enfim, tem que ter cuidado com isso, com esse discurso catastrofista, derrotista, de quanto pior melhor. Há muito interesses difusos em torno das manifestações e posicionamentos em relação à copa. Os tais "legados" sociais, principalmente nas obras de mobilidade urbana, aeroportos, em construção como demandas da Copa, na verdade são direitos sociais fundamentais para a população que vivem nas cidades. Elas ficarão disponíveis após a copa. A agenda da copa pressionou ou governos, mas após o evento essas obras, mesmo as que ainda não foram concluídas, ficam para a população. As reivindicações trabalhistas, de salários, empregos e direitos, são de carater permanente, isto, fazem parte da relação capital X trabalho, no setor privado, e servidores X Estado, no setor público, e o advento da copa, como disse anteriormente, dão mais visibilidade a essas reivindicações, mas não depende apenas do governo federal, dependem dos legislativos e do judiciário. Fundamental colocar na pauta a reforma política, com financiamento público de campanha, e uma assembléia com poder constituinte para reformar o sistema política, hoje deteriorado, sem representatividade, divorciado dos interesses das maiorias, para acabar com a privatização da política, e extirpar o lobby privado que se faz em torno das eleições. Acabar como o monopólio midiático nas mãos de poucas famílias, democratizar a mídia, que hoje é o pensamento único de uma classe apenas, a dos empresários. Essa mídia privada tem o monopólio da fala, homogeiniza a alienação, fabrica um consenso conservador, contra os sindicatos, partidos, política, e tudo que é público. Uma mídia a serviço do mercado, do privado. Outra reforma fundamental é a agrária, e a urbana, para enfrentar o déficit habitacional e o caos urbano que assolou as grandes e médias cidades brasileiras. A questão dos transportes públicos, como disse, as obras de mobilidade só não resolvem, há que ser fazer grandes investimentos, estatizar os transportes a longo prazo, e a médio prazo intervir nas empresas, fiscalizar, ampliar a oferta. Enfim. Os governos terão que enfrentar essas demandas mais estruturantes.
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