segunda-feira, 31 de outubro de 2016

BRASIL: CONJUNTURA DE ESTADO DE EXCEÇÃO, FASCISMO, REGRESSÃO DE DIREITOS SOCIAIS, CRIMINALIZAÇÃO DA ESQUERDA E DOS MOVIMENTOS SOCIAIS, E DE NOVA HEGEMONIA CONSERVADORA

BRASIL: CONJUNTURA DE ESTADO DE EXCEÇÃO, FASCISMO, REGRESSÃO DE DIREITOS SOCIAIS, CRIMINALIZAÇÃO DA ESQUERDA E DOS MOVIMENTOS SOCIAIS, E DE NOVA HEGEMONIA CONSERVADORA
Helder Molina
Outubro de 2016

conjuntura de golpe de Estado, contra a democracia, contra a soberania popular, contra as conquistas sociais e os direitos da classe trabalhadora. As forças populares e democráticas, os movimentos sociais e os sindicatos estão diante ao cerco político conservador e fascista, que produziu o golpe contra a presidenta Dilma, e em seu lugar foi colocado um governo usurpador, ilegítimo, sendo Temer produto de um golpe jurídico parlamentar midiático. O novo-velho Bloco Histórico com hegemonia ideológica e política do grande capital nacional e internacional, da mídia, do judiciário, do legislativo.
2) Os desdobramentos disso é a redução da esfera pública, o crescimento do privado, os direitos como privado, competência, mérito, “sorte”, esforço individual, redução de direitos conquistados. As classes dominantes promovem um desmonte dos direitos sociais conquistados na constituição de 1988. Chegamos ao esgotamento das politicas neo-desenvolvimentistas e aos limites da democracia capitalista e do “Estado democrático de direito”.
3) O atual contexto sócio econômico e político nacional e internacional é de aprofundamento da crise capitalista, redução do Estado e seu papel, fascismo societal, conservadorismo e nacionalismo, redução dos direitos sociais e trabalhistas, das políticas públicas sociais, da soberania nacional, da democracia, criminalização dos movimentos sociais. Crise fiscal, privatizações das políticas públicas, precarizações e terceirizações, flexibilizações, negociações sobre o legislado, criminalização dos sindicatos e dos movimentos sociais, os PLs 247 e 241. Estado mínimo para o social, e máximo para o capital. Falência no custeio, crise no processo de terceirização, precarização das condições de trabalho. E agora a absurda decisão do STF de cortar ponto e descontar dias de greve dos servidores, configurando um ataque ao direito de greve, e uma desconstitucionalização deste direito por parte da mais alta corte do judiciário brasileiro.
4) Mais do que nunca a unidade da classe trabalhadora, seus sindicatos, e dos movimentos sociais é elemento fundamental unidade e poderosa arma de um contra o golpe, não podemos dispersar nossas energias e precisamos potencializar nossas lutas potencializamos nossa força.
5) O ciclo progressista, construído nos últimos 13 anos pelos governos democráticos populares, vitorioso em quatro eleições e que agora é vítima de um golpe está integrado a um processo regional de sucessivas vitórias de projetos progressistas nos países da nossa região eleitos, assim como no Brasil, em contraposição às políticas neoliberais de redução de direitos sociais e trabalhistas e ampliação das desigualdades.
6) O golpe em curso no Brasil é o sintoma de um impasse do projeto e de uma ofensiva conversadora que pode ser identificada nos reveses de vários países da região (Golpe no Paraguai, Vitória da direita no governo da Argentina e no parlamento da Venezuela com a consequente ofensiva do golpe naquele pais, e a recusa em plebiscito a um novo mandato de Evo na Bolívia, etc.)

7) Os impasses desses projetos estão ligados aos limites de vitórias e programas de superação do neoliberalismo que convivem com elementos chave desse modelo. Esses elementos mantêm válidas as crônicas vulnerabilidades externas destes países e estão manifestos, por um lado na livre circulação de capitais e na irrefreada adesão à globalização do consumo e da produção e por outro, na tímida integração regional capaz de fazer frente às cadeias de valor global e ao poder crescente do capital financeiro internacional.
8) A ofensiva conservadora, presente em toda a região, tem seu ponto de unidade na retomada do programa neoliberal e no alinhamento e submissão aos Estados Unidos que voltam novamente seus olhos para América Latina e atua explicita ou veladamente no patrocínio financeiro e ideológico desses grupos, materializados em partidos de direita e instituições de promoção do neoliberalismo, na mídia oligopolizada e até no aparelho de Estado, especialmente no judiciário
9) O caminho para superar os impasses - acelerados pela crise internacional de 2008, do projeto de esquerda no Brasil foram os das políticas de crédito à produção, investimento público e desonerações de impostos que produziram efeitos positivos durante o primeiro mandato da Presidente Dilma, no cenário de um mercado interno aquecido por políticas sociais e elevados níveis de emprego, afastando por um período os efeitos da crise. Contudo a falta de medidas regulatórias do mercado financeiro, a tímida atuação no campo monetário e a crescente redução das taxas de investimento, característica da submissa burguesia nacional, criaram as condições para uma crise econômica.
10) A perspectiva da crise econômica, associada à pirotecnia midiática em torno da Operação Lava-Jato, alimentou por um lado a ofensiva liberal-conservadora, manifesta numa eleição extremamente polarizada, e tragicamente desorientou por outro a política econômica do governo, eleito para a continuidade das mudanças, mas que adotou, na prática, a agenda econômica derrotada nas urnas. Desses e de outros ingredientes produz-se uma crise política e abrem-se às portas para a tentativa de golpe.
11) O golpe, que chega agora a seu momento mais dramático, consolida uma enorme recomposição da direita, patrocinada por um conluio jurídico-midiático com estreitos laços com o imperialismo norte americano e coesão programática em torno a uma agenda ultraliberal. É justamente a falta de legitimidade social desta agenda, assim como do governo que tentará se erguer em torno dela que desafia a conclusão dos planos golpistas e organiza a resistência democrática e popular
12) Todo nosso empenho deve estar na luta por bloquear o golpe e que o governo golpista não possa governar para aplicar seu programa. Esse é a tarefa central da conjuntura. Aprofundar o caráter popular e classista dessa luta é o desafio dos movimentos sociais e da CUT, aumentando o engajamento das suas bases explicitando a que a luta contra o golpe é a luta pelos direitos da classe trabalhadora.
13) Essa linha de enfrentamento implica em construir uma bandeira democrática radical que unifique as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, os movimentos sociais, sindicatos, juventude, estudantes, mulheres e tenha como objetivo colocar o povo como sujeito da decisão política sobre quem o governa. Negar o golpe congressual implica em negar o governo que saia daí. Negar o governo implica em lutar por um novo governo. Lutar por um novo governo, dentro da experiência histórica que vivemos, leva a novas eleições.
14) O golpe jurídico parlamentar midiático joga mais luz sobre o caráter do parlamento brasileiro e do judiciário brasileiro, reforça o questionamento sobre o modelo de democracia representativa permeada pelo financiamento empresarial e pela exclusão da participação popular, e a ilusão e conciliação de classes levada a cabo por setores majoritários da esquerda brasileira, o PT à frente.
15) Elegemos Dilma em 2014 com 54 milhões de votos, mas não elegemos uma câmara dos deputados e um senado federal na mesmo proporção.Isto é, os sindicatos, movimentos sociais, e partidos progressistas e de esquerda não compreenderam, ou não conseguiram, dada à correlação de forças, eleger um parlamento mais comprometido com os direitos sociais e as conquistas dos últimos 12 anos.
16) Não temos nem 100 deputados progressistas. Mais de 400 são desse congresso é BBBB (Boi, Bíblia, Banqueiro e Bala) de direita, de latifundiários, de banqueiros e seus representantes, de empresários e seus lacaios, de fundamentalistas religiosos, é o grande responsável pelos retrocessos que agora estamos sofrendo, como ontem, com a derrubada do monopólio estatal do Pré Sal, e os projetos de ajuste fiscal, congelamento de investimos no setor público por 20 anos, fim dos concursos e dos reajustes salariais, planos de demissões (in) voluntárias nas estatais, redução do Estado e das políticas públicas, terceirizações, aposentadoria aos 70 anos, desmonte da educação e da saúde, enfim, das contrarreformas neoliberais.
17) A institucionalização e burocratização dos partidos de esquerda e dos sindicatos levou a um profundo afastamento das massas, das organizações de base, e da formação política como elementos fundamentais para a mudança e a construção de uma hegemonia de democracia popular. Luta de classes é assim, a gente não joga sozinho. Nossa derrota foi resultado da brutal e violenta ação dos inimigos de classes, no novo bloco histórico hegemônico de forças econômicas e sociais que se formou contra nós, mas também foi fruto da ilusão de classes, da conciliação de classes, da acomodação de classes.
18) Sem um profundo balanço político de tudo isso, sem mudança radical de rumos, sem colocar os dedos nas feridas, sem fazer o enfrentamento à burocratização e ao pragmatismo, sem estancar o oportunismo e aburguesamento das direções e dos militantes, sem núcleos de base, sem hegemonia das ruas e nas ruas, sem armas, sem organização popular de base, sem educação política das massas, sem formação política, sem trabalho de base, sem pedagogia da luta, não vamos nos reconstruir. Não matam a luta de classes, não matam a contradição, porque o capitalismo é a própria contradição, vamos resistir, lutando, e vamos dar a volta por cima, pode demorar, mas mãos à obra agora!
19) O fascismo, a mídia, o golpismo do judiciário, e o grande capital venceram. Com amplo apoio da mídia, das classes médias urbanas, e das elites conservadores. Temer não tem legitimidade, mas tentam fabricar um consenso em torno dele, a mídia, no capitalismo, existe para isso, produzir hegemonia.
20) O grande objetivo do golpe é consumar a retirada dos direitos dos trabalhadores, com a PEC 241, a decisão do STF de acabar com o direito de greve dos servidores públicos, com a institucionalização do corte de pontos e descontos dos dias parados, e logo adiante com a reforma da legislação trabalhista, onde o negociado se sobreporá ao legislativo.
21) Na economia há uma crise se aprofunda, com aumento do desemprego, a continuidade da queda na arrecadação tributária, o corte dos recursos das políticas sociais, Tudo isso provoca uma ampliação geométrica das manifestações de rua, com amplos setores dos movimentos sociais, periferias, estudantes, camponeses, sem tetos, juventude, intelectualidade progressista, Ainda mais que Temer teria que arrochar ainda mais e retirar direitos, para resolver a crise ao modo neoliberal.
22) Para responder à resistência popular o governo golpista e a mídia aprofundam a as medidas de exceção e restrição das liberdades democráticas, como no das ocupações de escolas, e vão aumentar a repressão e criminalização dos movimentos sociais e partidos à esquerda, e isso seria feito com escudo da ultra direita e dos aparelhos repressivos estaduais e federal. Isso num processo que envolve o Ministério Público hegemonizado pela direita, de judicialização das lutas sociais, e de ataque direto às organizações dos trabalhadores, da ação policial, como na prisão e transporte com algemas de dois jovens estudantes que ocupavam escolas recentemente em Tocantins.

segunda-feira, 10 de outubro de 2016

AULA 3 – MÓDULO 3 FORMAÇÃO SÓCIO HISTÓRICA E POLÍTICA DO BRASIL E ATUAL CONTEXTO: CENÁRIOS E DESAFIOS AO MOVIMENTO SINDICAL

CURSO DE FORMAÇÃO SINDICAL DO SISEJUFE RJ

AULA 3 – MÓDULO 3
FORMAÇÃO SÓCIO HISTÓRICA E POLÍTICA DO BRASIL
E ATUAL CONTEXTO: CENÁRIOS E DESAFIOS AO MOVIMENTO SINDICAL

Helder Molina
Professor da Faculdade de Educação da UERJ, Licenciado e Bacharel em História, Mestre em Educação, Doutor em Políticas Públicas e Formação Humana-UERJ
21 9769 4933 - 21 2509 6333
professorheldermolina@gmail.com - Blog: heldermolina@blogspot.com
Facebook: Helder Molina Molina


SÁBADO - 15/10/2016 – 09:00 ÀS 16:00

 Heranças escravocratas:
 Colônia – Exploração – Produção de Matérias Primas – Capitalismo Tardio
 Direitos Sociais e Políticos Tardios – Cidadania Tardia
 Centralização Política – Autoritarismo das Elites – Violência de Classe –
 Burguesia brasileira se recusou ( e recusa) a fazer revolução burguesa:
 Caudatária, subordinada, dependente, colonizada (Florestan Fernandez, Sergio Buarque de Holanda, Raimundo Faoro, Celso Furtado).
 Elite colonizada,
 Capitalismo sem riscos,
 Dependente do Estado
 Campeões mundiais:
 Violência contra a mulher
 Violência contra homossexuais
 Violência contra indígenas
 Violência contra os direitos trabalhistas, negação e recusa
 Violência policial
 Negação do direito à educação
 Analfabetismo funcional – Analfabetismo político – Analfabetismo formal

EXCLUSÃO POLÍTICA DO CAPITALISMO TARDIO
 Povo sempre excluído do processo político –
 Estado como aparelho de negócios e implementação de interesses das classes dominantes
 Escravidão: Colônia e Império
 República Elitista e acordos por cima, entre os de cima

TRADIÇÃO AUTORITÁRIA
 Colônia (1500 – 1822)
 Império (1822 – 1900)
 Primeira República (1900-1930),
 Primeiro governo Vargas (1930 – 1937),
 Ditadura Militar (1964 – 1985) ,
 Neoliberalismo (1989-2002)
DEMOCRACIA PERENE, INSTITUIÇÕES NÃO CONSOLIDADAS
 Partidos, política, gestão do Estado, apenas os das classes proprietárias
 Experiências democráticas no Brasil –
 Vargas (segundo governo),
 Lula e Dilma (2002 – 2014)


TRANSIÇÃO NÃO APROFUNDADA
 Governos do PT:
 Presidencialismo de Coalização,
 Arranjos poli classistas,
 Recusa de disputar hegemonia,
 Ilusão Parlamentarista e Institucional
 Lógica eleitoral, máquinas, aparelhos
 Adaptação, Burocratização, Conciliação, Concessão,

REFORMISMO SEM REFORMAS
 Reformas não realizadas
 - Reforma Política (adaptação interessada)
 - Regulamentação do Sistema Financeiro, agiotagem institucionalizada, relação PIB dívida, superávit,
 Banco Central dos Banqueiros Privados
 Reforma Fiscal (Imposto de Renda retira dos pobres e isenta os ricos,, sonegação, tabela do IRRF)
 Reforma Tributária
 - Regulamentação da Mídia (Modelo dos EUA e da EUROPA)
 Monopólio familiar, 7 famílias controlam e definem 85% da mídia, comunicação, Ideologia, Formação de Valores, Produção de Opinião.
 Reforma Agraria – Priorização do Grande Produção – Latifúndio – Exportação (Divisão Internacional do Trabalho e do Comércio)

NEO DESENVOLVIMENTISMO ESGOTADO – COMO PROJETO
 Cenário Internacional restritivo
 Inclusão pelo consumo e crédito se inviabiliza por causa da crise econômica internacinal, estrutural que se aprofunda.
 Consumo de massas se esgotou, neo desenvolvimentismo teve fôlego até 2010

ADAPTAÇÃO À LÓGICA CAPITALISTA
 Radicalização do direito à educação pública
 Refém do sistema político,
 Partidos Fisiológicos,
 Financiamento Privado.
 Simbiose entre empresas e mandatos políticos,
 Privatização da Política

PT E O JOGO JOGADO, QUE TODO MUNDO JOGAVA
 PT entrou no jogo e se adaptou ao processo e ao sistema político, enquanto ganhava o jogo,
 Mensalão é o caixa 2 institucionalizado na nossa lógica privada e privatista de politica,
Doações, captações de recursos, apoio financeiro em troca de obras e financiamentos públicos do Estado e seus bancos

REORGANIZAÇÃO DO CONSERVADORISMO – HEGEMONIA NEOCONSERVADORA
 Bancada BBB (Bíblia, Boi e Bala); 70% do atual congresso.
 Redução das bancadas de opinião, organizadas, movimentos sociais, sindicatos (menos de 20%)
 Eduardo Cunha e a república do “achaque” e do lobby Fundamentalismo religioso – Conservadorismo moral – Elitismo cultural – Reacionarismo político
 Negação ou Retirada de Direitos Históricos

DIVÓRCIO ENTRE DIVERSIDADE E REPRESENTAÇÃO PARLAMENTAR
 Congresso não representa a nação brasileira:
 Mulheres,
 Negros,
 Índios,
 Trabalhadores Rurais,
 Sindicalistas,
 Movimentos Populares

A CLASSE DOMINANTE E A DISPUTA DE HEGEMONIA
 Partido dominante: Mídia (Gramsci faz falta...), Judiciário (MPF), Polícia Federal
 PT e o “Republicanismo” numa sociedade de classes
 Governo refém da agenda do mercado, das políticas de ajustes liberais ortodoxos (neoliberais)
 Lava Jato: Projeto de retomar o Estado, criminalizar e banir o PT, reduzir e/ou afastar a possibilidade de vitória de Lula. Lula condena e/ou preso.


A DISPUTA PRÁ ALÉM DE 2016 – NOVA HEGEMONIA RESTAURADORA CAPITALISTA -
 Lula e o PT: Mesmo com toda moderação e conciliação, uma ameaça à elite e aos interesses do capital – agir abertamente por dentro do Estado.
 A batalha do Pré Sal, Petrobrás, Disputas estratégicas por energia e infra estrutura
 Lava Jato como cortina de fumaça numa lógica privatista:
 Papel do Sergio Moro, Janot, STF, MPF e PF
 Divórcio entre o PT (que precisa se reinventar)
 PT vai se reinventar? Que alternativas no campo democrático popular? Ciro Gomes? Roberto Requião?
 PSOL como alternativa? Sem base social, sem lastro e envergadura histórica para a disputa atual

ULTRA NEOLIBERALISMO: ESSA AGENDA JÁ CONHECEMOS
 Estado de Exceção
 Monopólio midiático e restrição das liberdades democráticas
 Privatizações dos direitos básicos. Só é cidadão quem é consumidor.
 Ataque aos sindicatos e flexibilizações dos direitos dos trabalhadores.

O QUE FAZER?
 Aqui é decisivo o papel dos movimentos sociais,
 da sociedade civil organizada, dos sindicatos, dos intelectuais de esquerda
 Organização> Autonomia > Independência > Mobilização > Formação > Comunicação

sexta-feira, 7 de outubro de 2016

PORQUE LULA DEVE PEDIR ASILO POLÍTICO?



Por Luis Nassif, no jornal GGN – 06/10/2016

Peça 1 - a instituição da prisão perpétua 

Sinal 1 - a prisão temporária de Guido Mantega e Antônio Palocci, depois convertida em prisão preventiva. Na prática, o juiz Sérgio Moro instituiu a prisão perpétua no país, com penas que começam a ser cumpridas mesmo antes da condenação.
José Dirceu, com mais de 70 anos, Palocci, com mais de 60, passaram pela prisão provisória, entraram na prisão preventiva e emendarão com a condenação final, com penas de 100 anos em um país em que parricídio e matricídio condenam a 15 anos de prisão.
Sinal 2 - O TRF4 (Tribunal Regional Federal da 4a região) legitimando o Estado de Exceção na operação Lava Jato. 

Sinal 3 - o desmembramento da Lava Jato, com a aceitação da denúncia de Lula por corrupção e organização criminosa.

Sinal 4 - A aceitação do início do cumprimento da pena após sentença em 2a instância.
Tudo isso leva à Peça 2 do nosso xadrez.

Peça 2 - a prisão de Lula
Por todos esses indícios, paira sobre Lula a ameaça de prisão imediata.
Até algum tempo atrás julgava-se que o clamor popular seria tão intenso que ninguém ousaria testar.
No momento, o que mais a aliança midia-Lava Jato-Temer pretende são agitações populares, que possam justificar o aprofundamento do regime de exceção, desviando o foco dos fracassos políticos da junta golpista.

Haverá dois caminhos para Lula.

Um deles será buscar o asilo político em alguma embaixada e, fora do país, ter liberdade de ação para denunciar o regime de exceção instaurado.

O segundo caminho seria aceitar a prisão e transformar-se na reedição de Mandela. Pesa contra essa possibilidade a própria idade de Lula. Até que a democracia seja restabelecida, provavelmente não voltaria a ver a luz do dia.
Com as reações internas débeis à escalada do estado policial, o único obstáculo às arbitrariedades serão as reações internacionais.

Peça 3 - os trânsfugas do lulismo

Uma das questões mais intrigantes desse jogo politico tem sido a ira que Lula passou a despertar em personagens que são criaturas óbvias do lulismo, mesmo jamais tendo militância partidária.

É o caso do Procurador Geral da República Rodrigo Janot.
Antes da chegada de Lula, pertencia ao grupo dos Tuiuiús, de procuradores escanteados no Ministério Público Federal na era Geraldo Brindeiro. Reuniam-se toda sexta-feira em torno de uma mesa, com bons vinhos, tendo uma estátua de tuiuiú no meio, para lamentar a sorte.
Faziam parte Cláudio Fontelles, Antonio Fernando de Souza e Roberto Gurgel, futuros PGRs, mais Wagner Gonçalves, Eugenio Aragão, Joaquim Barbosa e o próprio Janot.
Nenhum deles jamais teria ascendido ao poder se não fosse o lulismo.

O mesmo ocorreu com os Ministros Ayres Brito e Carmen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal. Suas indicações geraram críticas no meio jurídico, de quem não os julgava preparados para o cargo.

Ascendendo na hierarquia do MPF e do STF, pelas mãos do PT, aparentemente essas pessoas julgavam-se como autoridades de segunda classe, posto que da cota de um partido visto pelo establishment como de segunda classe.
Daí a enorme gana de abjurarem essa ligação incômoda, para passar da cozinha para a sala de estar da casa grande.
É sintomático que, quando o grampo sobre Lula captou uma frase dele, lamentando a ingratidão de Janot, ele tenha se apressado em declarar que devia seu cargo a ele próprio, ao concurso, não ao Lula. Conversa! Sem Lula, não teria chegado a PGR.

O mesmo aconteceu com Ayres Brito. De juiz humilde do Sergipe tornou-se uma estrela, após presidir a AP 470 com a gana de um inquisidor. Em um encontro de uma seccional da OAB, sua esposa recusou o carro enviado para transporta-los, alegando não estar a altura de um Ministro do STF.

Peça 4 - o subdesenvolvimento institucional 

São mais que episódios reveladores de carácteres individuais. Não é norma prudencial tratar as pessoas como se a maioria fosse dotada de firmeza de caráter. Egoísmos, ambições pessoais, desejo de prosperidade são motores muito mais influenciadores de decisões pessoais do que apelos de ordem moral. E salve Fontelles, Aragão, Wagner Gonçalves e outros que não abjuraram mesmo quando o galo cantou pela terceira vez.
Mas quando ocorre a generalização das pequenas e grandes deslealdades, é porque o ambiente externo não mais atua como agente coordenador de decisões. E, decididamente, há um caráter nacional impregnando a política, através da mídia, no qual valores civilizatórios, como a democracia, o voto, os direitos individuais, não são considerados. Somos decididamente um país atrasado.
Os erros do PT e a despolitização da disputa política ajudaram nessa dissolução das lealdades. Forneceu a muitos beneficiados o álibi para se afastar indignados dessa malta que manchou minha imagem. E toca a pular para o outro barco.
Mas só os erros não justificam. Dia desses conversava com um bravo cientista político que discorda do poder absoluto creditado à mídia. Esse poder decorre dos erros do governo, dizia ele, com toda razão. Mídia, Ministério Público, Judiciário ganham protagonismo quando a política falha. E exercem um papel claramente desestabilizador.
Analise-se o papel do TCU (Tribunal de Contas da União). Ganhou um protagonismo absurdo graças à reação de Dilma Rousseff no caso de Pasadena. O Ministro José Jorge forçava de todas as maneiras os técnicos do TCU a encontrar irregularidades na operação, em vão. De repente, cai no seu colo uma vendeta de Dilma contra o ex-presidente da Petrobras Sérgio Gabrieli, tratando como suspeitos intens convencionais de um acordo de acionistas. Não apenas criminalizou uma operação legítima, como conferiu ao TCU um poder absurdo que acabou se voltando contra ela.
Mesmo assim, há algo de profundamente errado no modelo, quando exige, para seu funcionamento, governantes com dimensão de estadista. Um modelo que não é à prova de governantes frágeis, tem algo de errado. Tão errado que periodicamente corporações, mídia, grupos de influência testam crises políticas agudas, ao menor sinal de fraqueza do Executivo.
Depois da Constituição de 1988 ter sido estuprada, não se conseguirá sair dessas armadilhas institucionais sem uma nova constituição em um ponto qualquer do futuro. E não haverá como fugir de temas como o do enquadramento do MPF e das corporações públicas e formas de controles da mídia.

quinta-feira, 6 de outubro de 2016

O CONGRESSO NACIONAL DE DIREITA E A RETIRADA DOS DIREITOS E CONQUISTAS SOCIAIS

Elegemos Dilma em 2014 com 54 milhões de votos, mas não elegemos uma câmara dos deputados e um senado federal na mesmo proporção.Isto é, os sindicatos, movimentos sociais, e partidos progressistas e de esquerda não compreenderam, ou não conseguiram, dada à correlação de forças, eleger um parlamento mais comprometido com os direitos sociais e as conquistas dos últimos 12 anos. Não temos nem 100 deputados progressistas. Mais de 400 são desse congresso é BBBB (Boi, Bíblia, Banqueiro e Bala) de direita, de latifundiários, de banqueiros e seus representantes, de empresários e seus lacaios, de fundamentalistas religiosos, é o grande responsável pelos retrocessos que agora estamos sofrendo, como ontem, com a derrubada do monopólio estatal do Pré Sal, e os projetos de ajuste fiscal, congelamento de investimos no setor público por 20 anos, fim dos concursos e dos reajustes salariais, planos de demissões (in) voluntárias nas estatais, redução do Estado e das políticas públicas, terceirizações, aposentadoria aos 70 anos, desmonte da educação e da saúde, enfim, das contrarreformas neoliberais

domingo, 2 de outubro de 2016

LEVANTAR, SACUDIR A POEIRA, E DAR A VOLTA POR CIMA

Olhando o mapa político das eleições municipais, deparamos com uma dura configuração: PERDEMOS! Somos militantes, nossa vida está imbricada nisso, não há como separar vida pessoal da vida de militante. Paulo Vanzolini, no seu clássico "Volta Por Cima", escreve: " Reconhece a queda e não desanima. Levanta, sacode a poeira. E dá a volta por cima. O PT vai ter que se reconstruir. Não há outro caminho. Defrontar com a realidade dura dos fatos. Voltar ao cotidiano trabalho de organização de base, analisar auto criticamente os erros cometidos. Difícil falar isso num momento de profunda tristeza, como agora. Voltar-se aos movimentos populares, favelas, periferias, escolas, locais de trabalho e de moradia, disputar corações e mentes, fazer formação politica, núcleos de base, produzir novas lideranças, tentar entender a cabeça, os valores e os desejos da juventude, das mulheres, se desintoxicar do pragmatismo eleitoreiro que o atolou no oportunismo e na conciliação, Difícil? Nem sei se suas direções desejam isso. A derrota que sofremos agora é retumbante do ponto de vista político. A institucionalização do PT aprisionou e domesticou toda sua força subversiva, insurgente w anti capitalista, que o legitimou como projeto alternativo aos jovens, mulheres, negros e negras, trabalhadores e trabalhadoras do campo e da cidade, povo pobre, explorado e oprimido que viram no PT uma ferramenta de emancipação política e social. A dialética da vida é assim. A história é processo, e o capitalismo é a contradição, Recolher as velas, amanhã votamos ao mar, novamente.

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

A VENDA DA ALMA AO CAPITAL, NA SOCIEDADE DAS MERCADORIAS

Na sociedade das mercadorias, como diria Marx, princípios são artigos escassos. Ética virou um valor relativo e flexível. Na mercantilização moral tudo tem um preço no balcão das almas. Muitos se venderam, se tornaram mercadoria, ou tornaram mercadoria a ética, a coerência, a ideologia, a posição política. Alguns viraram, no governo, ou fora dele, se tornaram lobistas, "consultores". No capitalismo nós trabalhadores somos vendedores de força de trabalho, uma coisa é vender força de trabalho, e apenas a força de trabalho, em troca de salário, sem outra coisa é vender a alma. A derrocada de parte da esquerda, se é que foram esquerda algum dia, é produto de uma degenerescência ideológica e uma servidão moral ao capital. Mas, cada um faz o que quer com seus princípios e reputação. Por questão de ética e coerência ideológica não trabalho para empresas ou empresários, não "consultor" de projetos e intermediações de negócios para empresas, nem sou lobista. enho lado, tenho classe, tenho posição definida. Trabalho apenas para o serviço público (concursado, reafirmo!), e para sindicatos de trabalhadores(as) e movimentos sociais de trabalhadores(as).

TENHO LADO, NÃO TRABALHO PARA EMPRESAS NEM EMPRESÁRIOS, TRABALHO PARA TRABALHADORES

Agora pela manhã, fazendo uma palestra num evento sindical, fui apresentado como "assessor de formação da CUT RJ" entre outras coisas. Logo me apressei em dizer que não sou mais, desde novembro de 2015, embora permaneça CUTista. Minha saída da assessoria de formação da CUT RJ foi excelente para o rearranjo político levado a cabo pelo novo núcleo hegemônico, chefiado pelo sr José Antonio Garcia Lima, figura abjeta e nefasta. E foi excelente pra mim. Me dedico à minha carreira acadêmica e profissional como docente e pesquisador concursado da UERJ, e mantenho minha interlocução e trabalho profissional e político com centenas de sindicatos pelo Brasil afora, com demandas crescentes e sólidas de assessorias de formação política (planejamentos, projetos, cursos, palestras, debates, seminários, congressos, produção de material didático, cadernos, apostilas, artigos para blogs e sites...) e consultorias sindicais, e a grande maioria destes sindicatos são CUTistas. Por questão de ética e coerência ideológica não trabalho para empresas ou empresários, não "consultor" de projetos e intermediações de negócios para empresas, nem sou lobista. enho lado, tenho classe, tenho posição definida. Trabalho apenas para o serviço público (concursado, reafirmo!), e para sindicatos de trabalhadores(as) e movimentos sociais de trabalhadores(as). Uma coisa é vender a força de trabalho, outra coisa é vender a alma. Somos vítimas de uma degenerescência ideológica e servidão moral ao capital. Tenho princípios, essas coisas que alguns consideram flexíveis, relativos, e negociáveis na bacia das almas. E exerço meu livre pensar e meu fazer autônomo de intelectual orgânico de classe.

sábado, 17 de setembro de 2016

A RAÇA QUE SOBREVIVEU, O DEFUNTO QUE RESSUSCITOU, E NOVO CARRASCO:

A RAÇA QUE SOBREVIVEU, O DEFUNTO QUE RESSUSCITOU, E NOVO CARRASCO: Helder Molina.
Jorge Bornhausen era senador pelo PFL de Santa Catarina, ele disse em 2005 que o chamado "mensalão" era o oportunidade de "acabar com essa raça", referindo-se ao PT. Fernando Gabeira era deputado federal pelo PV do Rio de Janeiro, disse diante das câmeras da Globo, que Lula era um "defunto morto que precisava ser tirado da sala". Passaram-se mais de 10 anos, a "raça" não acabou, e o "defunto" sobreviveu e venceu seus algozes. Agora o juiz de primeira instância Sergio Moro, que tentou prender Lula em março de 2016, e teve fortíssima resistência contra e naquele contexto recuou, agora tem a oportunidade de reviver Bornhausen e Gabeira. Tem novamente em suas mãos a decisão sobre Lula. Se aceitar e abrir a ação contra Lula, inicia um processo que não é jurídico, mas sim político, em que ele vai julgar, com apenas um voto. Um completo absurdo destes tempos de exceção: Um juiz decide o futuro do maior líder político que o Brasil já teve depois de Getúlio Vargas. Vale lembrar que Dilma foi cassada por um colegiado de 81 senadores, uma ilegítima decisão, um golpe, mas não foi uma decisão monocrática. Agora, é a cassação ou prisão de Lula , num processo que visa também colocar na clandestinidade o PT. A arquitetura do discurso policial jurídico e midiático é a de que Lula é o chefe de uma organização criminosa, e essa organização criminosa é o PT. Mas não vai ser como eles desejam e querem. PT tem história, mesmo com seus erros e limites, e Lula tem raízes nas lutas do povo trabalhador brasileiro. Querem guerra? Terão!!

quarta-feira, 7 de setembro de 2016

O SINDICATO: INSTRUMENTO LEGAL, POLÍTICO, E ORGANIZATIVO

O SINDICATO: INSTRUMENTO LEGAL, POLÍTICO, E ORGANIZATIVO
A partir de 1988, tornou-se imprescindível a implantação de um novo modelo de sindicalismo, que se encontra ainda em fase de adequação à nova realidade. A Constituição de 1988 propiciou a abertura e o início de uma nova era para a organização sindical brasileira. O art. 8º e incisos trazem em seu bojo a liberdade sindical, com os seguintes dizeres:

Art. 8º - É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte:
I - a lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação de sindicato, ressalvado o registro no órgão competente, vedadas ao Poder Público a interferência e a intervenção na organização sindical.
II - é vedada a criação de mais de uma organização sindical, em qualquer grau, representativa de categoria profissional ou econômica, na mesma base territorial, que será definida pelos trabalhadores ou empregadores interessados, não podendo ser inferior à área de um Município.
III - ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria, inclusive em questões judiciais ou administrativas.
IV - a assembleia geral fixará a contribuição que, em se tratando de categoria profissional, será descontada em folha, para o custeio do sistema confederativo da representação sindical respectiva, independentemente da contribuição prevista em Lei.
V - ninguém será obrigado a filiar-se ou manter-se filiado a sindicato.
VI - é obrigatória a participação dos sindicatos nas negociações coletivas de trabalho.
VII - o aposentado filiado tem direito de votar e ser votado nas organizações sindicais.
VIII - é vedada a dispensa do empregado sindicalizado a partir do registro da candidatura a cargo de direção ou representação e, se eleito, ainda que suplente, até um ano após o final do mandato, salvo se cometer falta grave nos termos da lei.
Parágrafo Único - as disposições deste artigo aplicam-se à organização de sindicatos rurais e de colônias de pescadores, atendidas as condições que a lei estabelecer.

SAIBA O SIGNIFICADO DAS EXPRESSÕES UTILIZADAS NAS ASSEMBLEIAS E CONGRESSOS SINDICAIS


- Helder Molina Assessoria de Formação –

a) Questão de ordem:
A questão de ordem precede todo tipo de questão feita à mesa. Tanto em assembléia quanto em reunião, a questão de ordem é acatada ou não por vontade da mesa (que conduz ou coordena os trabalhos). Não sendo acatada pela última, a questão de ordem pode ser colocada em votação pelo plenário, isto é, o plenário decide pela questão de ordem (aqui sugerimos, pela experiência, encaminhar a questão de ordem polêmica para a plenária). A predominância da questão de ordem sobre outros tipos de questões deve-se a sua natureza. Ela objetiva sempre a correção de algum desvio, distorção ou equívoco na discussão em curso relativo ao estatuto, precedentes, decisões anteriores já tomadas em caráter deliberativo etc. Por exemplo: suponhamos que em uma assembleia alguém encaminhe à mesa uma proposta que fere o Estatuto da entidade.

b) Questão de esclarecimento:

A questão de esclarecimento pode ser solicitada em relação a: proposta, questões de ordem, pauta, etc. Só não pode ser feita sobre a intervenção de alguém ou durante processo de votação.

c) Questão de encaminhamento:
Esse tipo de questão pode ser feito no final dos pontos em discussão que constem na pauta. A questão de encaminhamento é sempre uma proposta sobre determinado ponto discutido.

d) Adendo:
É uma complementação a uma proposta, sugestão de emenda

e) Declaração de voto:
É quando se justifica o voto, verbalmente ou por escrito, perante o processo de votação.

f) Delegado:
São os elementos escolhidos pela entidade para representá-la. A escolhida é feita através de assembleia ou voto direto. O delegado possui direito a voto nas plenárias.

g) Deliberações:
As propostas, que submetidas à votação em plenária, foram aprovadas pela maioria, e devem ser viabilizadas.


h) Encaminhamento:
É a forma de condução de um ponto de discussão, reunião ou plenária.

i) Indicativo:
São propostas aprovadas em plenária, que não possuem caráter deliberativo

J) Informes:
Informações gerais apresentadas no início da reunião, plenária ou assembleia. Há entidades que preferem deixar para o final.

K) Moção:
É a manifestação (de repúdio, solidariedade, apoio, etc) lida em plenária, reunião ou assembleia e submetida à votação da mesma.

l) Pauta:
É a relação de pontos que devem ser levantados no início da reunião para posterior discussão. Darão o norte à mesma.

m) Plenária:

Período destinado à discussão da organização e apreciação de propostas.

Questão de encaminhamento:
É solicitada para a proposição de metodologia e de condução da discussão, reunião ou plenária.

Questão de ordem:
É exigida quando a discussão está fora de controle, no intuito de organizá-la.

Questão de esclarecimento:
Deve ser solicitada quando alguém tiver dúvidas sobre o que está em discussão.

Regime de votação:
O período de votação de uma proposta. Durante este, não são aceitas intervenções.

LINGUAGEM E MÉTODO PARA CONDUÇÃO DE ASSEMBLÉIAS, PLENÁRIAS E CONGRESSOS SINDICAIS

Formação: Saiba o significado das expressões utilizadas nas assembleias e congressos sindicais, e o momento certo para intervenções.
- Helder Molina Assessoria de Formação -
a) Questão de ordem:
A questão de ordem precede todo tipo de questão feita à mesa. Tanto em assembléia quanto em reunião, a questão de ordem é acatada ou não por vontade da mesa (que conduz ou coordena os trabalhos). Não sendo acatada pela última, a questão de ordem pode ser colocada em votação pelo plenário, isto é, o plenário decide pela questão de ordem (aqui sugerimos, pela experiência, encaminhar a questão de ordem polêmica para a plenária). A predominância da questão de ordem sobre outros tipos de questões deve-se a sua natureza. Ela objetiva sempre a correção de algum desvio, distorção ou equívoco na discussão em curso relativo ao estatuto, precedentes, decisões anteriores já tomadas em caráter deliberativo etc. Por exemplo: suponhamos que em uma assembleia alguém encaminhe à mesa uma proposta que fere o Estatuto da entidade.
b) Questão de esclarecimento:
A questão de esclarecimento pode ser solicitada em relação a: proposta, questões de ordem, pauta, etc. Só não pode ser feita sobre a intervenção de alguém ou durante processo de votação.
c) Questão de encaminhamento:
Esse tipo de questão pode ser feito no final dos pontos em discussão que constem na pauta. A questão de encaminhamento é sempre uma proposta sobre determinado ponto discutido.
d) Adendo:
É uma complementação a uma proposta, sugestão de emenda
e) Declaração de voto:
É quando se justifica o voto, verbalmente ou por escrito, perante o processo de votação.
f) Delegado:
São os elementos escolhidos pela entidade para representá-la. A escolhida é feita através de assembleia ou voto direto. O delegado possui direito a voto nas plenárias.
g) Deliberações:
As propostas, que submetidas à votação em plenária, foram aprovadas pela maioria, e devem ser viabilizadas.
h) Encaminhamento:
É a forma de condução de um ponto de discussão, reunião ou plenária.
i) Indicativo:
São propostas aprovadas em plenária, que não possuem caráter deliberativo
J) Informes:
Informações gerais apresentadas no início da reunião, plenária ou assembleia. Há entidades que preferem deixar para o final.
K) Moção:
É a manifestação (de repúdio, solidariedade, apoio, etc) lida em plenária, reunião ou assembleia e submetida à votação da mesma.
l) Pauta:
É a relação de pontos que devem ser levantados no início da reunião para posterior discussão. Darão o norte à mesma.
m) Plenária:
Período destinado à discussão da organização e apreciação de propostas.
Questão de encaminhamento: É solicitada para a proposição de metodologia e de condução da discussão, reunião ou plenária.

COMO ORGANIZAR ASSEMBLEIAS, PLENÁRIAS E CONGRESSOS SINDICAIS


a) Questão de ordem:
A questão de ordem precede todo tipo de questão feita à mesa. Tanto em assembléia quanto em reunião, a questão de ordem é acatada ou não por vontade da mesa (que conduz ou coordena os trabalhos). Não sendo acatada pela última, a questão de ordem pode ser colocada em votação pelo plenário, isto é, o plenário decide pela questão de ordem (aqui sugerimos, pela experiência, encaminhar a questão de ordem polêmica para a plenária). A predominância da questão de ordem sobre outros tipos de questões deve-se a sua natureza. Ela objetiva sempre a correção de algum desvio, distorção ou equívoco na discussão em curso relativo ao estatuto, precedentes, decisões anteriores já tomadas em caráter deliberativo etc. Por exemplo: suponhamos que em uma assembleia alguém encaminhe à mesa uma proposta que fere o Estatuto da entidade.
b) Questão de esclarecimento:
A questão de esclarecimento pode ser solicitada em relação a: proposta, questões de ordem, pauta, etc. Só não pode ser feita sobre a intervenção de alguém ou durante processo de votação.
c) Questão de encaminhamento:
Esse tipo de questão pode ser feito no final dos pontos em discussão que constem na pauta. A questão de encaminhamento é sempre uma proposta sobre determinado ponto discutido.
d) Adendo:
É uma complementação a uma proposta, sugestão de emenda
e) Declaração de voto:
É quando se justifica o voto, verbalmente ou por escrito, perante o processo de votação.
f) Delegado:
São os elementos escolhidos pela entidade para representá-la. A escolhida é feita através de assembleia ou voto direto. O delegado possui direito a voto nas plenárias.
g) Deliberações:
As propostas, que submetidas à votação em plenária, foram aprovadas pela maioria, e devem ser viabilizadas.
h) Encaminhamento:
É a forma de condução de um ponto de discussão, reunião ou plenária.
i) Indicativo:
São propostas aprovadas em plenária, que não possuem caráter deliberativo
J) Informes:
Informações gerais apresentadas no início da reunião, plenária ou assembleia. Há entidades que preferem deixar para o final.
K) Moção:
É a manifestação (de repúdio, solidariedade, apoio, etc) lida em plenária, reunião ou assembleia e submetida à votação da mesma.
l) Pauta:
É a relação de pontos que devem ser levantados no início da reunião para posterior discussão. Darão o norte à mesma.
m) Plenária:
Período destinado à discussão da organização e apreciação de propostas.
Questão de encaminhamento: É solicitada para a proposição de metodologia e de condução da discussão, reunião ou plenária.

COMO CONDUZIR ASSEMBLÉIA, PLENÁRIAS E CONGRESSOS SINDICAIS


a) Questão de ordem:
A questão de ordem precede todo tipo de questão feita à mesa. Tanto em assembléia quanto em reunião, a questão de ordem é acatada ou não por vontade da mesa (que conduz ou coordena os trabalhos). Não sendo acatada pela última, a questão de ordem pode ser colocada em votação pelo plenário, isto é, o plenário decide pela questão de ordem (aqui sugerimos, pela experiência, encaminhar a questão de ordem polêmica para a plenária). A predominância da questão de ordem sobre outros tipos de questões deve-se a sua natureza. Ela objetiva sempre a correção de algum desvio, distorção ou equívoco na discussão em curso relativo ao estatuto, precedentes, decisões anteriores já tomadas em caráter deliberativo etc. Por exemplo: suponhamos que em uma assembleia alguém encaminhe à mesa uma proposta que fere o Estatuto da entidade.
b) Questão de esclarecimento:
A questão de esclarecimento pode ser solicitada em relação a: proposta, questões de ordem, pauta, etc. Só não pode ser feita sobre a intervenção de alguém ou durante processo de votação.
c) Questão de encaminhamento:
Esse tipo de questão pode ser feito no final dos pontos em discussão que constem na pauta. A questão de encaminhamento é sempre uma proposta sobre determinado ponto discutido.
d) Adendo:
É uma complementação a uma proposta, sugestão de emenda
e) Declaração de voto:
É quando se justifica o voto, verbalmente ou por escrito, perante o processo de votação.
f) Delegado:
São os elementos escolhidos pela entidade para representá-la. A escolhida é feita através de assembleia ou voto direto. O delegado possui direito a voto nas plenárias.
g) Deliberações:
As propostas, que submetidas à votação em plenária, foram aprovadas pela maioria, e devem ser viabilizadas.
h) Encaminhamento:
É a forma de condução de um ponto de discussão, reunião ou plenária.
i) Indicativo:
São propostas aprovadas em plenária, que não possuem caráter deliberativo
J) Informes:
Informações gerais apresentadas no início da reunião, plenária ou assembleia. Há entidades que preferem deixar para o final.
K) Moção:
É a manifestação (de repúdio, solidariedade, apoio, etc) lida em plenária, reunião ou assembleia e submetida à votação da mesma.
l) Pauta:
É a relação de pontos que devem ser levantados no início da reunião para posterior discussão. Darão o norte à mesma.
m) Plenária:
Período destinado à discussão da organização e apreciação de propostas.
Questão de encaminhamento: É solicitada para a proposição de metodologia e de condução da discussão, reunião ou plenária.

Formação: Saiba o significado das expressões utilizadas nas assembleias e congressos sindicais, e o momento certo para intervenções.

Formação: Saiba o significado das expressões utilizadas nas assembleias e congressos sindicais, e o momento certo para intervenções.
- Helder Molina Assessoria de Formação -
a) Questão de ordem:
A questão de ordem precede todo tipo de questão feita à mesa. Tanto em assembléia quanto em reunião, a questão de ordem é acatada ou não por vontade da mesa (que conduz ou coordena os trabalhos). Não sendo acatada pela última, a questão de ordem pode ser colocada em votação pelo plenário, isto é, o plenário decide pela questão de ordem (aqui sugerimos, pela experiência, encaminhar a questão de ordem polêmica para a plenária). A predominância da questão de ordem sobre outros tipos de questões deve-se a sua natureza. Ela objetiva sempre a correção de algum desvio, distorção ou equívoco na discussão em curso relativo ao estatuto, precedentes, decisões anteriores já tomadas em caráter deliberativo etc. Por exemplo: suponhamos que em uma assembleia alguém encaminhe à mesa uma proposta que fere o Estatuto da entidade.
b) Questão de esclarecimento:
A questão de esclarecimento pode ser solicitada em relação a: proposta, questões de ordem, pauta, etc. Só não pode ser feita sobre a intervenção de alguém ou durante processo de votação.
c) Questão de encaminhamento:
Esse tipo de questão pode ser feito no final dos pontos em discussão que constem na pauta. A questão de encaminhamento é sempre uma proposta sobre determinado ponto discutido.
d) Adendo:
É uma complementação a uma proposta, sugestão de emenda
e) Declaração de voto:
É quando se justifica o voto, verbalmente ou por escrito, perante o processo de votação.
f) Delegado:
São os elementos escolhidos pela entidade para representá-la. A escolhida é feita através de assembleia ou voto direto. O delegado possui direito a voto nas plenárias.
g) Deliberações:
As propostas, que submetidas à votação em plenária, foram aprovadas pela maioria, e devem ser viabilizadas.
h) Encaminhamento:
É a forma de condução de um ponto de discussão, reunião ou plenária.
i) Indicativo:
São propostas aprovadas em plenária, que não possuem caráter deliberativo
J) Informes:
Informações gerais apresentadas no início da reunião, plenária ou assembleia. Há entidades que preferem deixar para o final.
K) Moção:
É a manifestação (de repúdio, solidariedade, apoio, etc) lida em plenária, reunião ou assembleia e submetida à votação da mesma.
l) Pauta:
É a relação de pontos que devem ser levantados no início da reunião para posterior discussão. Darão o norte à mesma.
m) Plenária:
Período destinado à discussão da organização e apreciação de propostas.
Questão de encaminhamento: É solicitada para a proposição de metodologia e de condução da discussão, reunião ou plenária.

quarta-feira, 10 de agosto de 2016

Conheça 55 ameaças aos direitos humanos, sociais, políticos, e trabalhistas, em tramitação no Congresso Nacional


O GOLPE É CONTRA OS DIREITOS CONQUISTADOS,
A DEMOCRACIA, E A SOBERANIA NACIONAL

Conheça 55 ameaças aos direitos humanos, sociais, políticos, e trabalhistas, em tramitação no Congresso Nacional

Helder Molina

O Brasil passa por um período sombrio, um golpe parlamentar, jurídico, midiático, financiando pelo grande capital nacional e estrangeiro.
Na presidência está um impostor, sem voto, sem legitimidade, impopular, fechado numa redoma, sem poder sair às ruas. Quem governo o Brasil atualmente é o mercado financeiro, o latifúndio, as corporações industriais e o grande capital internacional, sustentado e blindado pela mídia privada golpista, pelo judiciário e pelo congresso nacional de 400 picaretas da bancada BBBB (Bíblia, Boi, Bala, Banco).

Temos o congresso nacional mais regressista desde o início da República. Neste momento de espetáculo olímpico, o parlamento está aprovando leis que retiram, à luz do dia, direitos de trabalhadores, mulheres, populações tradicionais, minorias.
Tenho dito que se a Câmara dos Deputados, que tem à frente Eduardo Cunha, se esforçar, pode nos levar de volta ao Brasil Colônia em quatro anos. Quiçá revogando, por fim, o voto feminino, a República e a Lei Áurea.

A assessoria do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) realizou um levantamento das principais matérias tramitando no Congresso Nacional que, segundo a instituição, são uma ameaça à democracia e aos direitos conquistados ao longo de nossa história. Muitas delas têm sido vendidas aos cidadãos como instrumentos para o desenvolvimento, como pontes para o futuro. Quando, na verdade, não são nada além de um túnel direto ao passado.
Segue a lista, com os números das proposições para você acompanhar no site da Câmara dos Deputados e do Senado Federal.

a) Você, trabalhador e trabalhadora
1. Regulamentação da terceirização sem limite permitindo a precarização das relações de trabalho
(PL 4302/1998 – Câmara, PLC 30/2015 – Senado, PLS 87/2010 – Senado)
2. Redução da idade para início da atividade laboral de 16 para 14 anos
(PEC 18/2011 – Câmara);
3. Instituição do Acordo extrajudicial de trabalho permitindo a negociação direta entre empregado e empregador
(PL 427/2015 – Câmara);
4. Impedimento do empregado demitido de reclamar na Justiça do Trabalho
(PL 948/2011 – Câmara e PL 7549/2014 – Câmara);
5. Suspensão de contrato de trabalho
(PL 1875/2015 – Câmara);
6. Prevalência do negociado sobre o legislado nas relações trabalhistas
(PL 4193/2012 – Câmara);
7. Prevalência das Convenções Coletivas do Trabalho sobre as Instruções Normativas do Ministério do Trabalho
(PL 7341/2014 – Câmara);
8. Livre estimulação das relações trabalhistas entre trabalhador e empregador sem a participação do sindicato
(PL 8294/2014 – Câmara);
9. Regulamentação do trabalho intermitente por dia ou hora
(PL 3785/2012 – Câmara);
10. Estabelecimento do Código de Trabalho
(PL 1463/2011 – Câmara);
11. Redução da jornada com redução de salários
(PL 5019/2009 – Câmara);
12. Vedação da ultratividade das convenções ou acordos coletivos
(PL 6411/2013 – Câmara);
13. Criação de consórcio de empregadores urbanos para contratação de trabalhadores
(PL 6906/2013 – Câmara);
14. Regulamentação da emenda constitucional 81/2014, do trabalho escravo, com supressão da jornada exaustiva e trabalho degradante das penalidades previstas no Código Penal
(PL 3842/2012 – Câmara, PL 5016/2005 – Câmara e PLS 432/2013 – Senado);
15. Estabelecimento do Simples Trabalhista criando outra categoria de trabalhador com menos direitos
(PL 450/2015 – Câmara);
16. Extinção da multa de 10% por demissão sem justa causa
(PLP 51/2007 – Câmara e PLS 550/2015 – Senado);
17. Susta a Norma Regulamenta 12 sobre Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos
(PDC 1408/2013 – Câmara e PDS 43/2015 – Senado);
18. Execução trabalhista e aplicação do princípio da desconsideração da personalidade jurídica
(PL 5140/2005 – Câmara);
19. Deslocamento do empregado até o local de trabalho e o seu retorno não integra a jornada de trabalho
(PL 2409/2011 – Câmara);
20. Susta Norma Regulamentadora 15, do Ministério do Trabalho, que regula as atividades de trabalhadores sob céu aberto
(PDC 1358/2013 – Câmara);
21. Susta as Instruções Normativas 114/2014 e 18/2014, do Ministério do Trabalho, que disciplinam a fiscalização do trabalho temporário
(PDC 1615/2014 – Câmara);
22. Estabelecimento da jornada flexível de trabalho
(PL 2820/2015 – Câmara e PL 726/2015 – Câmara);
23. Estabelecimento do trabalho de curta duração
(PL 3342/2015 – Câmara);
24. Transferência da competência para julgar acidente de trabalho nas autarquias e empresas públicas para a Justiça Federal
(PEC 127/2015 – Senado);
25. Aplicação do Processo do Trabalho, de forma subsidiária, as regras do Código de Processo Civil
(PL 3871/2015 – Câmara);
26. Reforma da execução trabalhista
(PL 3146/2015 – Câmara).
b) O petróleo é nosso?
27. Fim da exclusividade da Petrobras na exploração do pré-sal
(PL 6726/2013 – Câmara);
28. Estabelecimento de que a exploração do pré-sal seja feita sob o regime de concessão
(PL 6726/2013);
c) Gestão da coisa pública
29. Estabelecimento de independência do Banco Central
(PEC 43/2015 – Senado);
30. Privatização de todas as empresas públicas
(PLS 555/2015 – Senado);
31.Proibição de indicar dirigente sindical para conselheiros dos fundos de pensão públicos
(PLS 388/2015 – Senado);
d) Garantia do mínimo de dignidade
32. Estabelecimento do Código de Mineração
(PL 37/2011 – Câmara);
33. Demarcação de terras indígenas
(PEC 215/2000);
34. Cancelamento da política de Participação Social
(PDS 147/2014 – Senado);
35. Alteração do Código Penal sobre a questão do aborto, criminalizando ainda mais as mulheres e profissionais de saúde
(PL 5069/2013 – Câmara);
36. Retirada do texto das políticas públicas do termo “gênero'' e instituição do Tratado de San José como balizador das políticas públicas para as mulheres. É um total retrocesso para todo ciclo das políticas
(MPV 696/2015 – Senado);
37.Instituição do Estatuto do Nascituro – provavelmente maior ameaça aos direitos sexuais e reprodutivos das mulheres. Seria concretizada a criminalização generalizada das mulheres, inviabilizando, inclusive, o aborto previsto no Código Penal
(PL 478/2007 – Câmara);
38. Instituição do Estatuto da Família – retrocesso para grupos LGTBs e mulheres: não reconhecimento como família – ficam fora do alcance de políticas do Estado
(PL 6583/2013 – Câmara);
39. Redução da maioridade penal
(PEC 115/2015 – Senado);
40. Flexibilização do Estatuto do Desarmamento
(PL 3722/2012 – Câmara);
41. Estabelecimento de normas gerais para a contratação de parceria público-privada para a construção e administração de estabelecimentos penais
(PLS 513/2011 –Senado);
42. Aumento do tempo de internação de adolescentes no sistema socioeducativo
(PLS 2517/2015 – Senado);
43. Atribuição à Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania do exame do mérito das Propostas de Emenda à Constituição (PEC), acabando com as comissões especiais
(PRC 191/2009 – Câmara);
44. Alteração da Constituição para que entidades de cunho religioso possam propor Ações de Constitucionalidade perante o STF
(PEC 99/2001 – Câmara).
e) Concentração de terra e questões agrárias
45. Substitutivo apresentado na CAPADR estabelece a inexigibilidade do cumprimento simultâneo dos requisitos de “utilização da terra” e de “eficiência na exploração” para comprovação da produtividade da propriedade rural
(PL 5288/2009 – Câmara);
46. Alteração da Lei 5.889/1973, que estatui normas reguladoras do trabalho rural, e a Lei 10.101/2000, que dispõe sobre a participação dos trabalhadores no lucro ou resultados da empresa, visando a sua adequação e modernização
(PLS 208/2012 – Senado);
47. Alteração da Lei no 1.079/1950, para definir como crime de responsabilidade de governador de Estado a recusa ao cumprimento de decisão judicial de reintegração de posse
(PLS 251/2010 – Senado);
48. Alteração da Lei 8.629/1993, para dispor sobre a fixação e o ajuste dos parâmetros, índices e indicadores de produtividade
(PLS 107/2011 – Senado);
49. Regulamentação da compra de terra por estrangeiros
(PL 4059/2012 – Câmara e PL 2269/2007 – Câmara);
50. Alteração da Lei de Biossegurança para liberar os produtores de alimentos de informar ao consumidor sobre a presença de componentes transgênicos quando esta se der em porcentagem inferior a 1% da composição total do produto alimentício
(PLC 34/2015 – Senado).
f) Direitos do serviço público
51. Dispensa do servidor público por insuficiência de desempenho
(PLP 248/1998 – Câmara);
52. Instituição de limite de despesa com pessoal
(PLP 1/2007 – Câmara);
53. Criação do Estatuto das Fundações Estatais
(PLP 92/2007 – Câmara);
54. Regulamentação e retirada do direito de greve dos servidores
(PLS 710/2011 – Senado; PLS 327/2014 – Senado; e PL 4497/2001 – Câmara); e
55. Extinção do abono de permanência para o servidor público
(PEC 139/2015 – Câmara).

quinta-feira, 14 de julho de 2016

CONCEPÇÃO, METODOLOGIA E PROCESSO DE PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DE GESTÃO SINDICAL E POPULAR

CONCEPÇÃO, METODOLOGIA E PROCESSO DE
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DE GESTÃO
Helder Molina – 2008

Entendemos que só PLANEJA QUEM EXECUTA, e que só EXECUTA QUEM PLANEJA. Isto não são meras palavras. Os sujeitos do planejamento são os sujeitos da execução. Cada ação planejada e executada possibilita testa a viabilidade da execução completa do que foi planejado estratégicamente. A não execução geram descontinuidade, desorganização, frustração e o consequente retorno ao improviso e à “política de bombeiro”(apagar incêndios), ou da “ tática da maré” (vai para onde o vento leva).
• Os atores do planejamento devem ter governabilidade e vontade política, isto é, vontade e engajamento para desenvolvimento das ações.
• Legitimidade política dos atores e governabilidade sobre as metas, ações, tarefas e prazos planejados.
• Gerenciamento dos recursos necessários (financeiros, humanos e políticos).
• Vontade política e perseverança em executar o que se planejou.
• Ter um plano de contingenciamento, para enfrentar as emergências, os acontecimentos inesperados e as mudanças de prioridades.
• Quem planeja é quem executa, isto é, os atores deverão participar de todo o planejamento e se envolver na sua execução.
a) Quem é o ator ou grupo que planeja ?
Quando um grupo de pessoas se reúne para planejar, o primeiro passo pe definir quem é o ator que está planejando, que não se confunde com outros atores ,mesmo que entre seus membros algumas pessoas participem de outros grupos também. Para saber quem é o ator que planeja, três coisas são importantes.

• Quem está planejando? É um movimento, entidade, associação, sindicato, gabinete, secretaria ou apenas a coordenação de um desses grupos?
• Onde ele atua? No bairro, na paróquia, na cidade, no estado, na secretaria, na sede ou subsede? Pode ser que o grupo tenha uma atuação nacional.
• O que este ator faz? Sua atuação se dá em que tipo de luta ou intervenção social?
Quem é o ator?
Ator é o sujeito coletivo que está comprometido com a ação e participando do processo de planejamento. “Planeja quem executa e executa quem planeja”.
b) Quais são os problemas que precisam ser enfrentados e resolvidos
O ator, querendo modificar sua realidade na prática, encontra problemas que dificultam atingir seus propósitos. Nesse passo, é necessário listar todos os problemas que atrapalham a ação do ator que planeja.
O que são os problemas?
Problemas são as dificuldades que nos impedem atingir o que queremos. Só tem problemas quem vai realizar algo. É na hora de agir que eles aparecem. Quem não faz nada não tem problemas nem insatisfações. O problema é um desafio, incomoda, está sempre no estado negativo.
Listados os problemas, deve-se decidir quais deles iremos enfrentar primeiro. Para isto, vamos medir em que condições nos encontramos diante dos problemas. Devemos levar em conta nossa governabilidade, nossa capacidade, nossa vontade, o impacto que o problema tem sobre nossa atuação e como o problema nos afeta.
Depois de escolhido o problema que iremos enfrentar, devemos explicá-lo, ou seja, buscar suas causas, que muitas vezes não aparecem. È preciso descobrir o que origina o problema. Se nós tivermos uma compreensão correta do que causa nosso problema, será mais fácil achar o caminho para superá-lo. A tarefa, agora, portanto é listar as causas principais do problema que selecionamos. Na realidade não se trata de buscar uma única causa, mas várias, em momentos distintos, que podem mudar.
Ter governabilidade
Governabilidade são os recursos que o ator tem para decidir e realizar o que foi decidido. O ator pode ter governabilidade alta, média ou baixa, em relação a problemas diferentes. A governabilidade pode ser alta, quando a solução de um problema depende apenas de nós. Quando a solução depende de outros, a governabilidade pode ser média ou baixa.
Ter capacidade e vontade
Capacidade é o conjunto de recursos de todos os tipos que o ator possui para superar seus problemas. Cada problema requer um tipo de capacidade diferente. As capacidades podem ser adquiridas com um treinamento. Em geral, são ligadas a habilidades como conhecimento, recursos materiais e financeiros.
Vontade é o desejo do ator para resolver um problema específico. Ás vezes, um problema está fora de nossa governabilidade, mas como ele causa grande mal-estar, ou por algum outro motivo, o ator tem alta vontade de resolvê-lo.
A vontade está alta para resolver todos os problemas, em geral os atores têm vontade de resolver tudo. Nesse momento, o ator deve pensar qual problema quer enfrentar primeiro. A pergunta aqui é: olhando para esse quadro, qual problema escolheremos por considerá-lo estratégico?

c) Explicitar quais objetivos do ator.
O que são objetivos?
Objetivo é sempre o desejo maior de um ator, porque une um determinado grupo de pessoas. Ele é o fruto do desejo de mudança em relação a uma situação indesejada. Nesse sentido, por um lado, o plano não esgota o objetivo. Por outro lado, os objetivos devem ser explícitos e delimitados
d) Elaborar um plano de ação?
Construir um caminho para chegar a esses resultados esperados, orientados pelo projeto do ator. È a hora de construir o fruto do planejamento, ou seja, o plano de ação. Vários planejamentos fazem apenas essa última parte e, depois, as pessoas se cobram do porquê não conseguirem chegar aos resultados. Quem não explicou a realidade, não avaliou possibilidades, que chances de êxito terá na hora da ação? Planejar requer visão ampla, criatividade e propostas viáveis.
O que é Plano de Ação?
Plano de ação é o conjunto de ações, com os respectivos prazos, as pessoas responsáveis e os recursos necessários, para chegar a um resultado proposto.
O plano é composto por
• Problemas explicitados.
• Objetivos delimitados
• Ação: tudo de que necessitamos fazer para atingir o resultado proposto;
• Prazo: data precisa em que o gerenciamento será feito;
Responsável: pessoa que nem sempre terá de realizar uma ação, mas será fundamental para que essa ação seja cumprida. O responsável pela ação tem nome e sobrenome, não pode ser o grupo todo;
Recursos: tudo de que necessitamos para realizar a ação. Não apenas recursos financeiros, mas custo, recursos de conhecimento, tempo em horas, infra-estrutura (sala e material necessário), recursos políticos, de organização ou até uma ação realizadora anteriormente.
e) Analisar a viabilidade do plano de ação.
Trata-se de verificar se o plano de ação desenhado tem viabilidade. Não adianta um plano bem elaborado se o grupo não tem os recursos para coloca-lo em prática. Analisar a viabilidade é estabelecer a relação entre os recursos de que necessitamos e os recursos que temos efetivamente. Se uma ação é bastante estratégica, ou seja, elimina nossos principais problemas, mas não temos os recursos necessários para realiza-la, então vamos construir o plano de viabilidade
f) Definir como será o gerenciamento.
Por fim, nesse passo, o grupo já tem segurança sobre como e onde quer chegar. Só falta o grupo definir os instrumentos de gerenciamento para execução do plano. Por mais bem feito que seja o nosso plano, e por mais boa vontade que a gente tenha, ainda corremos o perigo de um grande fracasso, se não fecharmos o nosso planejamento com a chave de ouro chamada “gerenciamento”. O ator precisa indicar alguém que, com elegância, cobre de todos a execução do plano. O plano deve ficar à vista, escrito em cartazes. O (a) “gerente” deve trazer o plano para a reunião, com freqüência, para que seja lembrado e corrigido. Da noite para o dia nossa realidade pode mudar e devemos adaptar o nosso plano. Se não for feito em tempo, fracassa. Corrigido na hora certa, todo o grupo reassume com satisfação. O plano não é feito para nos oprimir. Ele é feito para a gente perceber que os frutos estão madurando e que se aproxima à hora alegre de colher o fruto dos resultados esperados.
O que é gerenciamento?
Gerenciamento é monitorar a realização das ações ou modifica-las, se necessário. Teremos, então, o dia-a-dia organizado por estratégias preestabelecidas e a incorporação dos novos desafios que a prática nos coloca. O gerenciamento é importante, porque a realidade é dinâmica e outros atores estão jogando, também, contra ou a favor do nosso projeto. São instrumentos de gerenciamento:
1. elaborar uma cópia do plano de ação para todas as pessoas envolvidas na execução;
2. formar uma comissão que tome iniciativas, quando surgem algumas surpresas;
3. agendar reuniões de gerenciamento;
4. ir executando, avaliando, mudando ações, elaborando relatórios, prestando conta.
5. afixar o plano mês a mês em um lugar visível para todo o grupo. Acrescentar uma coluna para descrever a situação atual e possíveis encaminhamentos.

O grupo deve decidir as datas de reuniões de gerenciamento e quem entregará as cópias do plano para todas as pessoas envolvidas. Nas reuniões de gerenciamento, verificar a situação atual de cada ação. O gerente, ou a gerente do plano, deve ser uma pessoa com legitimidade política suficiente para cobrar a realização das ações e ao mesmo tempo ver o que cada pessoa precisa
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Helder Molina. Historiador, mestre em Educação, doutor em Políticas Públicas e Formação Humana, pesquisador e educador sindical, professor da faculdade de Educação da UERJ), professorheldermolina@gmail.com. 21 2509 6333, 9 97694933
Blog: http//:heldermolina.blogspot.com – Facebook: Helder Molina Molina

quarta-feira, 6 de julho de 2016

4 MESES EM GREVE !! A UERJ SE NEGA A MORRER!! SOCORRO! MAS NÃO TEM ARREGO, GOVERNO LADRÃO NÃO TEM SOSSEGO!!

4 MESES EM GREVE !! A UERJ SE NEGA A MORRER!! SOCORRO! MAS NÃO TEM ARREGO, GOVERNO LADRÃO NÃO TEM SOSSEGO!!
Estamos em greve há 4 meses, desde 09 de março de 2016, na verdade o primeiro semestre acadêmico de 2016 não começou, e já estamos em julho. Continuamos com salários atrasados e parcelados. Ontem recebemos a segunda parcela de maio, O salário de junho não temos data para receber. A UERJ está sem receber recursos do Estado há seis meses. Sem verbas de custeio não tem como funcionar a universidade. 500 trabalhadores terceirizados foram demitidos de modo sumário e covarde, depois de 6 meses sem receberem salários, e seus direitos trabalhistas e verbas rescisórias sequer foram pagos. Escravidão é pouco. Quanto a nós, agora sofremos ameaças de demissões de concursados em estágio probatório, e os que fizeram concurso em 2015 e 2016 não foram empossados. O governo do Estado do RJ é a própria calamidade pública. Isenções fiscais em troca de propinas ao longo de 12 anos faliram o Estado do Rio para as políticas sociais e servições públicos. todas as políticas sociais estão paralisadas, sem recursos, e todos os serviços públicos em colapso completo. Mas as obras e os contratos com as empresas estão sendo honrados em dia. Continuam as isenções fiscais, os perdões de dívidas, os negócios com as empresas, Sergio Cabral é o chefe da quadrilha, o PMDB golpista quebrou o Rio, o roubo está em todos os jornais, as empresas laranjas contratadas por Cabral e Pezão, como Delta e Carioca, e a prisão de Fernando Cavendishi, e a delação da Odebrecht de que doou propinas milionárias a Cabral estão estampadas nos jornais e TVs, só que quem paga é a população do Estado, os mais pobres, os serviços públicos, os servidores públicos, as políticas sociais, em nome da olimpíada da exclusão. Não tem arrego, vocês tiram nossos salários e direitos, não tiramo seu sossego! Golpistas, ladroes de dinheiro público, PMDB é a máfia, é a calamidade pública.

segunda-feira, 30 de maio de 2016

48 Sugestôes de Revistas, Jornais, Sites e Blogs Progressistas, Democráticos e de Esquerda. Alternativos à Mídia Empresarial Hegemônica

48 Sugestôes de Revistas, Jornais, Sites e Blogs Progressistas, Democráticos e de Esquerda. Alternativos à Mídia Empresarial Hegemônica Golpista Anti Movimento Sindical e Anti Movimento Popular. Helder Molina

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1. - Blog do Miro – Altamiro Borges
2. - Conversa Afiada – Paulo Henrique Amorim
3. - Tijolaço – Fernando Brito
4. - Revista Carta Capital
5. - Revista Caros Amigos
6. - Revista Fórum
7. - Revista Brasil Atual
8. - Jornal Brasil de Fato
9. - Jornal Le Monde Diplomatique
10. - Site Brasil 247
11. - Site Jornal do Brasil - JB
12. - Site do MST
13. - Site do MTST
14. - Site do Levante Popular da Juventude
15. - Site Diário do Centro do Mundo
16. - NPC – Núcleo Piratininga de Comunicação
17. - Fundação Perseu Abramo
18. - Midia NINJA
19. - Jornalistas Livres
20. - Site do PT
21. - Site do PCdoB
22. - Site do PSOL
23. - Site do PDT
24. - Site da Fundação Perseu Abramo 25. - Fundação Mauricio de Grabois
26. - Portal da CUT
27. – Site da FISENGE
28. – Site da ANAMATRA
29. - Portal da CTB
30. - Site do Leonardo Sakamoto
31. - Site Pragmatismo Político
32. - Site Página 13
33. – Site Democracia Socialista
34. – Site O TRABALHO
35. - Site Carta Maior
36. - Site Opera Mundi
37. - Site Adital
38. - Site Megacidadania
39. - Site Viomundo – Luis Carlos Azenha
40. - Site GGN – Luis Nassif
41. - Site do Helder Molina – heldermolina.blogspot.com
42. - Site VERMELHO
43. - Site O Cafezinho
44. - Blog da Maria Frô
45. - Site do FNDC
46. - Site Barão de Itararé
47. - Site da Editora Expressão Popular
48. - Site da Fundação Lauro Campos

segunda-feira, 16 de maio de 2016

CADÊ AS “INSTITUIÇÕES DEMOCRÁTICAS E REPUBLICANAS SÓLIDAS”? NUNCA EXISTIRAM!!

Helder Molina

E tanta gente boa acreditou, ou fingiu que acreditou, nessa balela de "instituições democráticas sólidas", "republicanisno robusto", e outras estórias de ninar crianças. Não foram construídas políticas permanentes, portanto, de Estado, e sim políticas provisórias de Governo. Se tivéssemos realmente instituições realmente robustas e sólidas, outra crença infantil da social democracia, o golpe não seria aplicado como o nome de impeachment, o vice assumiria como interino, e aguardaria o julgamento do processo. Mas o que vimos foi uma revogação sumária, na canetada, de todas as conquistas civilizatórias e direitos sociais frutos das lutas dos movimentos sociais organizados. Não há instituições republicanas, simplesmente porque no existe república no Brasil, no sentido de "rés-publica", "coisa pública", "interesse público". Ainda falta uma Revolução Francesa no Brasil, digo, uma revolução burguesa nas nossas elites escravocratas e subalternas. Falta uma NAÇÃO para incluir os direitos do "povo nacional". O impeachment foi um instrumento para a volta à direção do poder, daqueles que perderam quatro eleições seguidas.

segunda-feira, 9 de maio de 2016

RAÍZES SÓCIO HISTÓRICAS DO BRASIL, HERANÇAS ESCRAVOCRATAS, CAPITALISMO TARDIO NO BRASIL

RAIZES SÓCIO HISTÓRICAS DO BRASIL, HERANÇAS ESCRAVOCRATAS, CAPITALISMO TARDIO NO BRASIL
Helder Molina
Educador sindical, assessor em formação política e planejamento institucional, licenciado e bacharel em História, Mestre em Educação, doutor em Políticas Públicas, professor da UERJ.

O Brasil é um país de contrastes. Com população de cerca de 200 milhões de habitantes (dos quais 30 milhões na zona rural, onde predomina o latifúndio com grandes extensões de terras improdutivas), apenas 6,6 milhões de brasileiros se encontram na universidade. E dos 92 milhões de trabalhadores, quase a metade não tem carteira assinada.
Temos a maior área fundiária da América Latina, e a reiterada recusa em se realizar uma reforma agrária. Somos o principal exportador de carne bovina, e o segundo maior exportador de grãos, laranja, café, e temos a segunda maior frota de helicópteros das Américas. No entanto, convivemos com a miséria de 16 milhões de habitantes (dos quais 40% têm até 14 anos de idade e 71% são negros e pardos).
As marcas de 350 anos de escravidão no Brasil estão presentes no fato de a maioria da população negra ser pobre e, com frequência, discriminada. O Brasil, considerado hoje a 6ª economia do mundo, ocupa a degradante posição de 84º lugar no IDH da ONU (2012).
Confirmando esse abismo social e econômico, 65% da renda nacional se concentra em mãos de apenas 10% da população.
Quatro milhões de menores de 14 anos de idade ainda se encontram fora da escola e submetidos a trabalhos indignos.
Cinco milhões de agricultores sem-terra se abrigam em precários acampamentos à beira de estradas ou habitam assentamentos com baixo índice de produtividade. Dos domicílios, 47,5% carecem de saneamento básico. Isso abrange um universo de 27 milhões de moradias nas quais vivem 105 milhões de pessoas.
Cerca de 25 mil pessoas ainda estão submetidas ao trabalho escravo, sobretudo nos estados da Amazônia, cujo desmatamento, provocado pelo agronegócio e a exploração predatória feita por empresas mineradoras, não cessa de despir a floresta de sua exuberância natural.
Os brasileiros mais ricos gastam, em viagens no exterior, US$ 1,8 bilhão por mês! Considerado o segundo maior consumidor de drogas no mundo (atrás apenas dos EUA), o Brasil convive com expressiva violência urbana.
Os homicídios são a principal causa de mortes de jovens entre 12 e 25 anos.
Embora a situação social do Brasil tenha melhorado substancialmente na última década (a ponto de europeus afetados pela crise financeira migrarem para o nosso país em busca de emprego), falta ao governo implementar reformas estruturais, como a agrária, a tributária e a política.
O sistema de saúde pública é precário e somente neste ano os deputados federais propuseram dobrar para 10% do PIB o investimento federal em educação. Convivemos com cerca de 13% de adultos analfabetos literais e 29% de adultos analfabetos funcionais (sabem ler e assinar o nome, mas são incapazes de escrever uma carta sem erros ou interpretar um texto).
Dados do censo do IBGE 2012 revelam que o brasileiro lê apenas quatro livros por ano e seu principal meio de informação é televisivo. O orçamento 2012 do Ministério da Cultura é de apenas R$ 5 bilhões (o PIB atual do Brasil é de R$ 4,7 trilhões).
O que explica o país dispor de apenas três mil livrarias, a maioria concentrada nas grandes cidades do Sul e do Sudeste do país.
Apesar desses contrastes, o brasileiro é sempre otimista em relação ao futuro, trabalha muito, ginga criativamente diante das dificuldades, e luta por dias melhores e uma sociedade justa.
A sociedade brasileira é muito desigual e excludente, tanto nos espaços privados, como públicos. Quais as origens dessa desigualdade e exclusão? Os estudiosos das questões sociais e econômicas no Brasil têm acordo em afirmar que o fundamento disso esta na nossa formação colonial e no nosso capitalismo tardio.
Nossa escravidão foi uma das últimas a ser abolida na história contemporânea. A Europa e os EUA já eram capitalistas, e nós ainda estávamos mergulhados na escravidão. Esse capitalismo tardio, essa herança escravocrata, essa desigualdade que tem origem no nosso passado colonial, se mantém ao longo do tempo, atravessando as relações sociais, a apropriação econômica e a lógica cultural.
As raízes da construção do país, que se firmam no jeito de ser da sociedade, das quais parecemos ter grande dificuldade de superá-las, a nosso ver, explicam os laços de exclusão social e econômica no Brasil contemporâneo. São muitas nossas heranças: a persistente miséria e a fome, as formas de violência, os preconceitos de variadas matizes e expressões e as discriminações socioculturais.
Milhões de brasileiros ainda vivem na miséria, a violência urbana assola as grandes metrópoles do país e na zona rural os conflitos pela terra continuam a produzir verdadeiros massacres realizados no campo. A educação de qualidade é privilégio de poucos, o analfabetismo atinge índices constrangedores em pleno século XXI; as injustiças sociais e econômicas são enormes, o que configura um cenário de apartheid social.
Além desses problemas, podemos também lembrar a imensa distância entre o espaço público e a vida do sujeito comum, trabalhador, que pouco ou nada participa da vida política do seu bairro, da sua cidade, do seu país.
A menção aos ideais de cidadania resume-se ao cumprimento das obrigações e dos deveres cívicos, como o voto, por exemplo, desconsiderando a necessidade da participação ativa junto ao poder público.
Ao longo de nosso processo histórico, social e político, temos uma sociedade marcada pelo conflito. Um exemplo de resistência ao regime de escravidão são as revoltas negras: os quilombos, como Palmares, a revolta dos Maleses, Cabanagem, Balaiada, Canudos,Sabinada, Contestado, Dragão do Mar, Revolta da Chibata, e tantas outras lutas de oposição ao colonialismo escravista, violento e excludente.
Na versão atualizada de conflito, são os mais pobres, negros e favelados que constituem as classes perigosas. A essa concepção denominamos criminalização da pobreza, que atribui aos mais desfavorecidos a culpa por sua própria mazela. Como numa equação simplificada, seria esse o resultado: os pobres carregam vícios, e os vícios produzem malfeitores, os malfeitores são perigosos à sociedade; juntando os extremos da cadeia, temos a noção de que os pobres são, por definição, perigosos. Por conseguinte, as classes pobres são perigosas.

Desenvolve-se daí uma teoria da suspeição generalizada, como essência das classes perigosas, a pobreza, portanto, é suspeita, desde que se prove o contrário. Daí necessitarem de permanente vigilância, controle disciplinar, pacificação e ordenamento. Numa sociedade contraditória, as divergências e conflitos, sejam de natureza individual e/ou coletiva são expressões legítimas das diferentes concepções de mundo, que compreendem valores: éticos, políticos e as dimensões culturais e sócio econômicas.
Esses aspectos entram em disputa na arena pública sob a mediação e resolução do Estado, a partir das pautas e ações advindas das ruas e praças, comunidades e sindicatos, instituições e movimentos.

quarta-feira, 4 de maio de 2016

O "REPUBLICANISMO", A DEPOSIÇÃO DE DILMA, A PRISÃO DE LULA, E O ESQUARTEJAMENTO DO PT

O "REPUBLICANISMO", A DEPOSIÇÃO DE DILMA, A PRISÃO DE LULA, E O ESQUARTEJAMENTO DO PT. Helder Molina.
Janot é um cínico, quem não sabia?. O jogo de cena sobre o pedido de inquérito contra Aécio foi apenas uma cortina de fumaça para os alvos desejados: Lula e Dilma. Todos sabíamos, aliás, alguns parece que não sabiam, ou fingiam não saber. O “republicanismo” do Governo Dilma e do PT, chegou ao ponto de bifurcação.Tratando as instituições do "Estado democrático de Direito", como se fossem dignas de respeito e zelosas de seu equilíbrio, e neutras, e acima da luta de classes, viveu-se e produziu-se uma deletéria ilusão de classes, de erro de análise e de ação. Na melhor e mais gentil da hipóteses configurou-se uma amarga ingenuidade quase infantil. Fernando Henrique Cardoso não foi para o inferno por ter imposto o engavetador Brindeiro na PGR e por nomear seu cão de guarda Gilmar Mendes. Lula e Dilma indicaram 8 dos 11 ministros que vão leva-lo(a) à forca. E Dilma nomeou e renomeou o PGR Rodrigo Janot. Janot e o STF lançam a jogada final do xadrez político: Depois da deposição de Dilma, a prisão de Lula é o próximo lance. Prender Lula é fundamental para o processo de esquartejamento do PT, e esfarelamento da esquerda institucional, e garantir governabilidade para o golpista Temer e o PSDB, e principalmente para pacote de arrocho, de desmonte, de maldade, de saque dos direitos sociais, trabalhistas, políticos e econômicos conquistados nos últimos 30 anos de lutas sociais do povo brasileiro. E para as eleições de 2016 e 2018 Helder Molina.
Janot é um cínico, quem não sabia?. O jogo de cena sobre o pedido de inquérito contra Aécio foi apenas uma cortina de fumaça para os alvos desejados: Lula e Dilma. Todos sabíamos, aliás, alguns parece que não sabiam, ou fingiam não saber. O “republicanismo” do Governo Dilma e do PT, chegou ao ponto de bifurcação.Tratando as instituições do "Estado democrático de Direito", como se fossem dignas de respeito e zelosas de seu equilíbrio, e neutras, e acima da luta de classes, viveu-se e produziu-se uma deletéria ilusão de classes, de erro de análise e de ação. Na melhor e mais gentil da hipóteses configurou-se uma amarga ingenuidade quase infantil. Fernando Henrique Cardoso não foi para o inferno por ter imposto o engavetador Brindeiro na PGR e por nomear seu cão de guarda Gilmar Mendes. Lula e Dilma indicaram 8 dos 11 ministros que vão leva-lo(a) à forca. E Dilma nomeou e renomeou o PGR Rodrigo Janot. Janot e o STF lançam a jogada final do xadrez político: Depois da deposição de Dilma, a prisão de Lula é o próximo lance. Prender Lula é fundamental para o processo de esquartejamento do PT, e esfarelamento da esquerda institucional, e garantir governabilidade para o golpista Temer e o PSDB, e principalmente para pacote de arrocho, de desmonte, de maldade, de saque dos direitos sociais, trabalhistas, políticos e econômicos conquistados nos últimos 30 anos de lutas sociais do povo brasileiro. E para as eleições de 2016 e 2018

segunda-feira, 2 de maio de 2016

É PAU, É PEDRA, É LUTA DE CLASSES

É PAU, É PEDRA, É LUTA DE CLASSES:
Helder Molina.

A mídia, na luta de classes, carimba nos movimentos sociais e na esquerda a marca de VIOLENTOS. Ao longo da História os(as) negros(as), escravos(as), indígenas, mulheres, homens livres pobres, isto é, A SENZALA, sempre foram identificados com PERIGO, CLASSES PERIGOSAS à ordem da CASA GRANDE. Na construção do consenso e da ordem, a RUA, os ATOS COLETIVOS contra a propriedade privada, contra a exploração, e em legítima defesa de classe contra classe, são VIOLENTOS. Atos violentos são os que a ordem dominante pratica contra nós, historicamente, e mais do que nunca nesta conjuntura. Tem setores da esquerda que, fetichizado pela “DEMOCRACIA” e enquadrados pela ORDEM PAX DE CEMITÉRIO, assumiram o papel de bois que vão para o matadouro, para virar carne moída do banquete dos ricos. Na próxima semana eles afastam VIOLENTAMENTE a Dilma, isso sim é que é ATO VIOLENTO. Enfim. A acomodação política do PT, da CUT, e do movimento sindical, nos últimos anos, contribuiu para estarmos nesse atoleiro que estamos, conciliação, ilusão, governabilidade, pragmatismo, burocratização. Reitero: Chega de diplomacia de gabinetes, "republicanismo", negociações "institucionais", ilusões com o "Estado democrático de direito", com golpismo e fascismo não tem mediações. Quem é mais violento? um rolo compressor hegemônico mercantil midiático jurídico policial parlamentar, que derruba todas as fronteiras da "legalidade"? Ou os que resistem e reagem a ele? Como diz Brecht, quem é violento, um rio que tudo arrasta? Ou as margens que resistem a ele? Nos anos 70 e 80 defendemos "ações ousadas" contra a ditadura. Acho que chegou a hora. Não há diálogo possível com canalhas fascistas, torturadores confessos, criminosos do capital, mídia lacaia, parlamentares ladrões, e um judiciário golpista. Hora da porrada! Temer, Cunha, Serra, Aécio, Bolsonaro, Caiado, Feliciano, FIESP, Skaff, Globo, Veja, IstoÉ, Folha, Estadão, Band, e o grande capital, não poderão ter sossego, bosta e fogo neles. É luta de classes, é bom avisar aos desavisados da esquerda!!

quarta-feira, 20 de abril de 2016

AS NOVAS BATALHAS, AS RUAS E AS ELEIÇÕES 2016 - AMPLIAR CAMPO DA ESQUERDA E DEFESA DA DEMOCRACIA

AS NOVAS BATALHAS, AS RUAS E AS ELEIÇÕES 2016 - AMPLIAR CAMPO DA ESQUERDA E DEFESA DA DEMOCRACIA: Helder Molina

O atropelamento foi grande, a pancada quebrou muitos ossos, outros trincaram, mas estamos vivos, agora é lamber os ossos que sobraram, consertar a esqueleto, arrumar a carga, e seguir em frente. A tarefa agora compor um campo de unidade das esquerdas e setores não golpistas, que defenderam e defendam a democracia, que é muito mais amplo que as esquerdas sozinhas.. Ampliar, para as lutas sociais que vão se acirrar ainda mais, e onde podemos recuperar nossas energias e forças, e na institucionalidade. Se Dilma continuar, é o melhor cenário, mais do que nunca essa unidade e ampliação é necessária. Mas se o golpe se consumar no Senado, temos que utilizar o espaço das eleições municipais para reorganizar nossas tropas, disputar as narrativas, projetos, e alternativas, ganhar prefeituras, fazer vereadores, mas principalmente nos organizarmos nos movimentos sociais, nas ruas, tentar disputar a hegemonia perdida, para a longa batalha contra o ilegítimo usurpador que venha a assumir, com olho em 2018, Aqui no Rio, Jandira Feghali (PCdoB) no primeiro turno, isso com toda certeza. E no segundo turno, se Jandira não passar, vamos apoiar quem for da esquerda ou não golpista. Nisso entra Marcelo Freixo (PSOL), e Alessandro Molon (Rede), apesar do canalha pau de bosta da Globo - Miro Teixeira - e da oportunista golpista fadinha neoliberal Marina Silva. Molon votou contra o golpe, e de forma combativa enfrenta o rato Eduardo Cunha. Se nenhum(a) com essas características passar, o voto é NULO!

quarta-feira, 13 de abril de 2016

ESQUADRINHANDO UM CENÁRIO FUTURO, NA ECONOMIA E NA POLÍTICA:


Helder Molina.

Imaginemos o pior dos cenários. Estamos trabalhando firmemente para que o golpe não vença. Mas imaginemos um horizonte imediato em que o fascismo, a mídia, o golpismo do judiciário, e o grande capital vençam. Num primeiro momento, um amplo apoio da mídia, das classes médias urbanas, e das elites conservadores. Temer não teria legitimidade, mas o consenso teria que ser fabricado, a mídia, no capitalismo, existe para isso, produzir hegemonia. A Lava Jato reduziria seu ritmo. Cunha permaneceria, até consumar a retirada dos direitos dos trabalhadores, Janot tentaria criminalizar Lula. haveria um euforia no mercado de capitais, com valorização de ativos e queda do dólar. Mas duraria pouco. Na economia há uma crise de demanda que não será resolvida pelo meu crescimento dos índices ainda mais tendo em conta o custo da fatura para a montagem de alianças. Haverá uma ampliação geométrica das manifestações de rua, com amplos setores dos movimentos sociais, periferias, estudantes, camponeses, sem tetos, juventude, intelectualidade progressista, Ainda mais que Temer teria que arrochar ainda mais e retirar direitos, para resolver a crise ao modo neoliberal.
Difícil superar um quadro aprofundado de crise econômica, com falta de legitimidade política, manifestações organizadas dos movimentos populares nas ruas.
Além da ilegitimidade original, o novo governo ampliará as reações dos movimentos sociais com os cortes de políticas sociais. Para responder à reação popular o governo teria que aumentar a criminalização dos movimentos sociais e partidos à esquerda, repressão de manifestações, e isso seria feito com escudo da ultra direita e dos aparelhos repressivos estaduais e federal. Isso num processo que envolveria o MInistério Público hegemonizado pela direita, de judicialização das lutas sociais, e de ataque direto às organizações dos trabalhadores. Sem falar na necessária prisão e condenação de Lula. Já que em 2018 os golpistas não tem candidaturas e projetos para vencer as eleições. PSDB se autoesquartejará. Marina é a bolha do momento, não teria substância para sobreviver ao longo vôo, e a ultra direita, com Bolsonaro, rouba votos do PSDB e da política tradicional. Só um exercício de livre pensar. Mas, #NãoVaiTerGolpe

sexta-feira, 8 de abril de 2016

Sites e Blogs: Alternativos à mídia empresarial hegemônica

Sites e Blogs: Alternativos à mídia empresarial hegemônica
Blog: Helder Molina – Formação Política, Planejamento de Gestão, Assessoria

• Se você indicar ou compartilhar como fonte os links da mídia hegemônica (Globo, Folha, Estadão, Veja, Época, IstoÉ, Exame, Band, etc) estará fortalecendo esta mídia como fonte de informação e difusão de conteúdos
• Coloque na pagina do seu sindicato ou movimento social, ou como “preferidos” na sua página do facebook, email, etc.

- Revista Carta Capital
- Revista Caros Amigos
- Revista Fórum
- Revista Brasil Atual
- Jornal Brasil de Fato
- Jornal Le Monde Diplomatique
- Brasil 247
- Brasil 29
- Diário do Centro do Mundo
- NPC – Núcleo Piratininga de Comunicação
- Fundação Perseu Abramo
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- TV Brasil
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- CTB
- UNE
- Levante Popular da Juventude
- PT
- Pagina 13
- O Trabalho
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- Editora Expressão Popular
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- Gestão Sindical
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- GGN – Luis Nassif
- Blog do Helder Molina
- Vermelho
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- Coletivo InterVozes
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Blog do Miro – Altamiro Borges
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quarta-feira, 30 de março de 2016

PLANEJAMENTO SINTECT DF - RASCUNHOS

SINDICATO DOS TRABALHADORES
NOS CORREIOS DO DISTRITO FEDERAL


NOSSO SINDICATO É DE LUTA E SEMPRE SERÁ

Problema ?

Ações
1. Criação de uma comissão de comunicação e divulgação
2. Banco de Dados (email, celulares, para envio de mensagens

Problema 09 – Reestruturação da empresa (terceirização, sucateamento)

Ações
1. Informação sobre a reestruturação
2. Mobilizações (seminários, assembleias, paralizações


Problema 05 – Funcionamento do Jurídico
Ações
1. Definir pessoas responsáveis para acompanhar as demandas da área jurídica
Problema 06 – Dificuldade no trabalho de base e relação com a categoria
Problema 07 – Imprensa e Divulgação junto à categoria (??)

Ações
1. Organizar reuniões, distribuição de tarefas semanais, e prestações de contas das mesmas
2. Divisão de tarefas por regiões
3. Envolvimento dos delegados e dos coletivos de base
Problema 04 – Identificação do SINTEC/DF com o PT

Ações
1. Formação Política e Sindical (esclarecimento)


Contenção de despesas ??????

Problema 08 – Falta de Formação da direção e da base
Ações
1. Seminários de Formação
2. Implementação de coletivos, e atos culturais


Problemas 01, 02 e 03 – FALTA DE PLANEJAMENTO E DISTRIBUIÇÃO DE TAREFAS DE TAREFAS NA DIRETORIA


Problema 10 – Dificuldade financeira,/ Baixa Receita/Falta de Planejamento financeiro

Ações
1. Diretores e delegados devem fazer trabalho de convencimento e filiação
2. Planejamento financeiro junto às pastas
(Responsáveis: Presidência, Financeiro, Adminstrativa)

Problemas identificados:
1 – Falta de Planejamento das Ações, e Distribuição dentro da diretoria

2 – Falta de Diretores liberados


Problema: Dificuldades no funcionamento da diretoria
- Disponibilidade do diretor, e falta formação, e falta planejamento (cronograma)

Problema: Identificação do SINTECT/DF com o PT

Ações
1. Esclarecer a base que o sindicato é independente e não ligado a partido político

Problema 5 – Dificuldades no Jurídico
Ações
1. Esclarecer o trabalho da área de atuação do jurídico dentro do sindicato

Problema 6 – Dificuldade no trabalho e na relação com a base
Ações
1. Flexibilidade da empresa (gerentes) com o trabalho do sindicato
2. Buscar atualizações mais rápidas na comunicação,
Problema: Falta de Formação direção e base

Ações
1 – Cronograma de reuniões,
2- Agenda de cursos e seminários de formação

Problema 10 – Ações
1. Realizar planejamento financeiro
2. Fazer uma planilha de gastos mensais
3. Identificar e cortar gastos desnecessários
4. Realizar campanha de filiação de novos associados

Funcionamento da diretoria
1. Organizar um calendário de reuniões fixas da diretoria
2. Definir prioridades nas reuniões da diretoria
3. Distribuir tarefas de acordo com o perfil de cada diretor na reunião
4. Cobrar mais comprometido dos diretores com o sindicato


Problema? FALTA DE FORMAÇÃO
1. Organizar cursos, seminários, palestras, para diretores e base e delegados sindicais de base
2. Planejar financeiramente, com antecedência, as atividades culturais e políticas do sindicato

Problema 5 – Realizar reuniões com o corpo jurídico
1.Cobrar relatórios mensais de atendimento aos associados, do andamento das ações,

Problema 6
Ações
Estar mais presente nas atividades do sindicato, nas unidades de trabalho, distribuir tarefas, e envolver os delegados nas atividades do sindicato

Problema 7
Ações:
1. Divulgar melhor os meios de comunicação do sindicato
2. Fazer publicações mais objetivas
3. Nomear dentro da diretoria um novo diretor que se identifique com a pasta da comunicação

NOSSO SINDICATO É DE LUTA E SEMPRE SERÁ

terça-feira, 29 de março de 2016

AS DUAS FRENTES DE BATALHA - DE FORA, E POR DENTRO

A grande batalha está sendo travada nas ruas, nos atos, manifestações, manifestos, vindos dos movimentos sociais das periferias e do campo, juventude, artistas, intelectuais, universidades, sindicatos, instituições da sociedade civil. Dia 31/3 será o termômetro. Das ruas poderá surgir a força para resistir e vencer. Mas há outra batalha por dentro. PMDB saiu, e majoritariamente trabalha pelo golpe, com a mídia, que amanheceu com páginas inteiras pagas pela FIESP, em favor do golpe, o MPF (Janot), OAB e setores do STF (Gilmar Mendes, Dias Tóffoli). Agora é tentar recompor a base contra o impeachment, entre os deputados dos partidos médios, como o PSD, PR, PRB, PROS, e dos pequenos partidos, principalmente os que tem base no nordeste e norte, ( golpe é capitaneado pelo chamado "Partido Paulista" - FIESP, TEMER, SERRA, ALCKMIN, FHC, que já estão negociando o novo governo). Os golpistas precisarão de 342 votos. O campo contra o golpe tem atualmente cerca de 100 votos contrários, há que se agregar mais 50 ou 60 votos, seja votando contra, ou abstendo-se, ou ausentando-se do plenário. Esses votos terão que ser conquistados "no varejo", um a um, somando-se a cerca de 15 ou 20 votos dissidentes no PMDB. Cada dia seu combate, e sua agonia.

ESGOTAMENTO DO NEO DESENVOLVIMENTISMO COMO ALTERNATIVA CAPITALISTA

O golpe não abole a luta de classes, ao contrário, aumenta os antagonismos. O capitalismo é a crise. Dilma abandou o programa que lhe garantiu as eleições em 2014. Abandonou sua base social. Com a agenda do mercado, do grande capital. Refém da institucionalidade e do republicanismo, submetido à ordem do capital, e acossado pelo bloco de forças que se construiu e se solidificou ao longo destes 3 últimos anos, exaure-se. Chegamos ao fase neo desenvolvimentista inciada por Lula. Mas engana-se que pensa que a mudança de piloto vai devolver a locomotiva aos trilhos. A crise vai se aprofundar, seja ganhando ou perdendo a batalha do golpe. Acirramento e polarização, aquilo que precisávamos ter feito há 6, 7, 8 anos atrás, agora chega tardiamente. .

segunda-feira, 21 de março de 2016

LULA E A CASA GRANDE & SENZALA REVISITADAS.

LULA E A CASA GRANDE & SENZALA REVISITADAS.
Há alguns anos tenho dito, e escrito, que a raiz de nossas mazelas estão na relação Casa Grande X Senzala. Nossas atuais heranças remontam ao nosso passado escravocrata. O fio de continuidade, com evidentes rupturas, insiste em ter continuidade em nosso processo histórico econômico político e social. Lula, um dos nossos, nascido e criado na Senzala, tentou ser aceito pela Casa Grande, e conciliar os interesses antagônicos do senhorio com os da escravaria. Por alguns anos a Casa Grande dissimilou aceita-lo. Agora chegou a hora do simulacro ser desfeito. No banquete dos senhores não tem lugar para escravos. O que a Casa Grande está fazendo é devolve-lo, com chibatadas, chutes e socos à Senzala. Quem tenta negar, ou conciliar, com o processo histórico, sem devidamente conhecê-lo criticamente, incorre nisso. Hora de levantar a Senzala, e resistir ao golpe. Luta de Classes!

segunda-feira, 14 de março de 2016

SOBRE DO DIA SEGUINTE AO ATO GOLPISTA DE 13/3 - CENÁRIOS E PERSPECTIVAS


Esta semana aumenta a pressão pela derrubada imediata da Dilma. Dilma não reage, não engrossa a voz, continua miando. Vão pressionar o STF sobre o rito do impeachment, e o TSE sobre a cassação da chapa eleita e empossada. As duas alternativas são traumáticas, mas eles já demonstraram que escrúpulos não é problema. O dia seguinte pós golpe é o grande complicador. PSDB e PMDB precisam fechar a Lava Jato. Quem: Michel Temer, Eduardo Cunha e Renan Calheiros estão nas delações do Moro, estão na linha de tiro. Moro pode esconder, mas nunca se sabe. Janot protege Aécio, mas o Playboy do Lebon foi vaiado ontem em SP, e fugiu. Não ganhou nada com as manifestações de ontem. Quem ganhou foi Bolsonaro e Moro. E o PSDB não tem consenso interno sobre o dia seguinte. Lula ainda aguarda a decisão da juíza e uma nova investida de Sérgio Moro. O ato do dia 18/3, se for grande, equilibra o jogo, mas dificilmente será do tamanho do ato convocado e dirigindo pela Globo Golpista, que é o partido do Golpe. Lula terá que decidir se vai para o ministério de Dilma, se for ajuda a organizar a resistência e reorganizar o governo, e se torna interlocutor na busca de uma saída. Se aceitar fica com menos possibilidade de se movimentar nas ruas, e ajudar o PT e a Frente Brasil Popular a organizar e mobilizar a resistência. E sai da alçada de República de Curitiba e vai para a do STF, com foro privilegiado. As cartas estão embaralhadas, o problema maior é que a economia não reage. O empresariado, o mercado, e a mídia fecharam questão contra a continuidade da Dilma. E o governo não sinaliza para mudança da política econômica, sem mudança do rumo da economia, sem sinalizar para sua base social, os trabalhadores organizados e os pobres, não tem saída. Vejamos o que vai acontece, e vamos agir como militantes, organizando o dia 18, e participando ativamente dos debates e mobilizações destes próximos dias.