segunda-feira, 26 de setembro de 2016

A VENDA DA ALMA AO CAPITAL, NA SOCIEDADE DAS MERCADORIAS

Na sociedade das mercadorias, como diria Marx, princípios são artigos escassos. Ética virou um valor relativo e flexível. Na mercantilização moral tudo tem um preço no balcão das almas. Muitos se venderam, se tornaram mercadoria, ou tornaram mercadoria a ética, a coerência, a ideologia, a posição política. Alguns viraram, no governo, ou fora dele, se tornaram lobistas, "consultores". No capitalismo nós trabalhadores somos vendedores de força de trabalho, uma coisa é vender força de trabalho, e apenas a força de trabalho, em troca de salário, sem outra coisa é vender a alma. A derrocada de parte da esquerda, se é que foram esquerda algum dia, é produto de uma degenerescência ideológica e uma servidão moral ao capital. Mas, cada um faz o que quer com seus princípios e reputação. Por questão de ética e coerência ideológica não trabalho para empresas ou empresários, não "consultor" de projetos e intermediações de negócios para empresas, nem sou lobista. enho lado, tenho classe, tenho posição definida. Trabalho apenas para o serviço público (concursado, reafirmo!), e para sindicatos de trabalhadores(as) e movimentos sociais de trabalhadores(as).

TENHO LADO, NÃO TRABALHO PARA EMPRESAS NEM EMPRESÁRIOS, TRABALHO PARA TRABALHADORES

Agora pela manhã, fazendo uma palestra num evento sindical, fui apresentado como "assessor de formação da CUT RJ" entre outras coisas. Logo me apressei em dizer que não sou mais, desde novembro de 2015, embora permaneça CUTista. Minha saída da assessoria de formação da CUT RJ foi excelente para o rearranjo político levado a cabo pelo novo núcleo hegemônico, chefiado pelo sr José Antonio Garcia Lima, figura abjeta e nefasta. E foi excelente pra mim. Me dedico à minha carreira acadêmica e profissional como docente e pesquisador concursado da UERJ, e mantenho minha interlocução e trabalho profissional e político com centenas de sindicatos pelo Brasil afora, com demandas crescentes e sólidas de assessorias de formação política (planejamentos, projetos, cursos, palestras, debates, seminários, congressos, produção de material didático, cadernos, apostilas, artigos para blogs e sites...) e consultorias sindicais, e a grande maioria destes sindicatos são CUTistas. Por questão de ética e coerência ideológica não trabalho para empresas ou empresários, não "consultor" de projetos e intermediações de negócios para empresas, nem sou lobista. enho lado, tenho classe, tenho posição definida. Trabalho apenas para o serviço público (concursado, reafirmo!), e para sindicatos de trabalhadores(as) e movimentos sociais de trabalhadores(as). Uma coisa é vender a força de trabalho, outra coisa é vender a alma. Somos vítimas de uma degenerescência ideológica e servidão moral ao capital. Tenho princípios, essas coisas que alguns consideram flexíveis, relativos, e negociáveis na bacia das almas. E exerço meu livre pensar e meu fazer autônomo de intelectual orgânico de classe.