segunda-feira, 23 de abril de 2012

COMBATER A INDIFERENÇA POLÍTICA E A NATURALIZAÇÃO DA DESIGUALDADE

Nossas palavras, nossas práticas, nossos exemplos devem servir para animar os que estão ao nosso redor, e convidá-los a se inquietar diante da indiferença, e a criar coragem diante do desconhecido, de desvendar o que nos parece complexo. Ser professor, hoje, na sala de aula, na relação com os alunos, significa ver neles novos sujeitos históricos, agentes da construção de um mundo sem segregação, sem excludência, sem fronteiras sociais. Nós que são educadores por formação, temos algo a dizer aos governos e aos donos de escolas particulares: Não somos “tios” ou “tias”, nem somos “ sacerdotes do ensino”. Somos profissionais, somos trabalhadores, temos direitos, temos dignidade, exigimos respeito, queremos ser ouvidos. Nossa opinião deve ter algum valor nas mesas de decisões das grandes políticas sobre a educação e a sociedade, e nas políticas do cotidiano escolar, enfim. Nossa prática é marcada por avanços e recuos, coragens e medos, ânimos e cansaços, fluxos e refluxos, mas a própria história das sociedades humanas é assim.