segunda-feira, 30 de novembro de 2015

CONSTRUINDO A CONCEPÇÃO E PRÁTICA SINDICAL


CONSTRUÍNDO A CONCEPÇÃO E PRÁTICA SINDICAL
Helder Molina


• Os (as) servidores(as) questionam a necessidade e o papel do sindicato, que explicar a história e o papel do sindicato na luta por seus direitos, um rico debate sobre o corporativismo, a individualismo presente em grande parcela dos novos servidores que foram aprovados nos concursos recentes, demonstrando um desprezo e desconhecimento pela história e memória dos que lutaram, noutros contextos, noutras gerações, para a conquista de um Estado democrático, com direito de organização sindical, e garantia de todos os direitos que os servidores possuem hoje.

• Um debate entre a luta coletiva e a acomodação individual e alienada, a questão da alienação e do analfabetismo político está evidente no discurso dos servidores que não se propõem a participar de uma assembléia, levando o sindicato a mobilizar e enfrentar o individualismo e a evidente recusa de participação. Neste debate, se coloca a importância da comunicação e presença permanente do sindicato no local de trabalho, através da formação e da organização na base, papel das delegacias sindicais.

• Os diferentes papéis, com os antigos dirigentes transmitindo suas experiências aos mais novos. Essa troca de conhecimentos entre gerações é fundamental para a continuidade do sindicato, e a construção de novos quadros dirigentes. O sindicato e a consciência de classe é um processo de construção coletiva, cada um tendo um papel e uma importância nesse processo. O pertencimento, e o processo coletivo que produz a consciência de classe.

• Quem é o sindicato? Onde ele esta? Quem é ele? Depois uma longa procura, de um silencio ensurdecedor, descobre-se que o “sindicato somos todos nós”, isto é, uma relação coletiva, não é um lugar, é uma identidade, um pertencimento, todos são o sindicato, quando vestem sua camisa, e agem coletivamente.

• Fundamental relacionar o sindicato, o cotidiano do trabalhador de hoje ao tema da história do capitalismo e da opressão sobre os trabalhadores, da luta dos anarquistas e dos comunistas pelos direitos dos trabalhdores, e da luta contra a escravidão de ontem, relacionando com os militantes de hoje, e as lutas contra a escravidão do salário, da crescente e perversa terceirização das relações de trabalho, e das precarizações generalizadas no serviço público, a escravidão da mais valia sob a forma de recusa dos direitos, de desrespeito à representação dos trabalhadores, do autoritarismo das empresas e dos governos, os novos “capatazes” e “senhores” que são certos gestores e os representantes governamentais que agem como senhores de escravos, e o serviço público como uma senzala.

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