Doutor em Políticas Públicas e Formação Humana (UERJ); Mestre em Educação (UFF); Licenciado e Bacharel em História (UFF). Trabalho com Assessoria Sindical; Formação Política; Produção de Conteúdos; Planejamento; Gestão; Elaboração e Produção de Cadernos de Formação, Apostilas, Conteúdos Didáticos; Produção e Execução de Cursos, Seminários, Palestras, Aulas, Oficinas; Produção de Projetos Sindicais, professorheldermolina@gmail.com - 21 997694933,Facebook: Helder Molina Molina
segunda-feira, 28 de maio de 2012
Contra os ataques à CUT. Contra a mercantilização dos registros sindicais
A UNIDADE POLÍTICA DOS TRABALHADORES
É A CHAVE DAS VITÓRIAS
CONTRA A FRAGMENTAÇÃO DO MOVIMENTO SINDICAL
EM DEFESA DA CUT
(*) Helder Molina
Aumentam os ataques à CUT, e tudo o que ela representa no cenário político e sindical, nacional e internacional.Os adversários se unem, sem escrúpulos, sem princípios, com o objetivo de derrotar a CUT.
Essa política oportunista unifica o mais estéreis e histéricos setores do esquerdismo, aos setores mais pragmáticos do sindicalismo pelego, de conciliação de classes, patronal, de negócios.
Tem sido assim nas eleições sindicais, nos debates, nos congressos de categorias, nas negociações, nos atos (como o 1o de Maio de 2012) Por que será.
Numa conjuntura de proliferação de cartas e registros de sindicatos fantasmas, sem representatividade, criados nas caladas das noites, em reuniões forjadas, atas maquiadas, perpetradas pelas máfias sindicais, aumentando a crescente pulverização e fragmentação sindical, numa ação do sindicalismo gangster, movidos pelo único objetivo de colocar as mãos no Imposto Sindical.
A fundação da Central Única dos Trabalhadores - CUT Brasil - foi produto histórico da luta organizada de um múltiplo e diversificado leque de forças sociais e políticas que resultou num amplo movimento de contestação e combate ao regime militar, suas doutrinas e práticas violentas e autoritárias e pelo resgate do Estado democrático de direito.
Sua criação significou, no campo sindical, um rompimento concreto com os limites da estrutura sindical oficial corporativa, que proibia a existência de organizações interprofissionais.
Embora legítima perante os trabalhadores mais conscientes em seus processo luta e organização, sua legalização, assim como a das outras centrais sindicais, se deu em 2006, no governo Lula, fundamentalmente devido à mobilização de amplos e diversos setores da sociedade civil e dos movimentos sociais organizados, significou relativo avanço institucional aos movimentos sociais, na conquista de direitos humanos, civis, políticos e sociais.
A participação dos trabalhadores nas lutas pelos seus direitos e na resistência contra o neoliberalismo que tantos sofrimentos trouxe à nossa classe do Brasil e a América Latina na década de 1990 teve, e tem, na CUT um instrumento fundamental. Não é possível analisar a história recente de nosso pais sem citar a sempre presente atuação da CUT no processo social e político.
A CUT, maior central sindical da América Latina, terceira maior do mundo, com cerca de 3400 sindicatos filiados, atuação orgânica em 18 ramos da produção no Brasil, se define, nos seus Estatutos, se define como uma organização sindical de massas em nível máximo, de caráter classista, autônomo e democrático, cujos fundamentos são o compromisso com a defesa dos interesses imediatos e históricos da classe trabalhadora, a luta por melhores condições de vida e trabalho e o engajamento no processo de transformação da sociedade brasileira em direção à democracia e ao socialismo.
E é assim que o trabalhadores devem exigi-la. Seu objetivo fundamental é o de organizar, representar sindicalmente e dirigir, numa perspectiva classista, a luta dos trabalhadores brasileiros da cidade e do campo, do setor público e privado, ativos e inativos, na defesa dos seus interesses imediatos e históricos.
Para cumprir esse objetivo, a CUT se rege pelos seguintes princípios: defende que os trabalhadores se organizem com total independência frente ao Estado e autonomia em relação aos partidos políticos, e que devem decidir livremente suas formas de organização, filiação e sustentação material.
Neste sentido, a CUT
luta pelos pressupostos consagrados nas convenções 87 e 151 da OIT no sentido de assegurar a definitiva liberdade sindical para os trabalhadores brasileiros;
b) de acordo com sua condição de central sindical unitária e classista, garantirá o exercício da mais ampla democracia em todos os seus organismos e instâncias, assegurando completa liberdade de expressão aos seus filiados, desde que não firam as decisões majoritárias e soberanas tomadas pelas instâncias superiores e seja garantida a plena unidade de ação;
c) desenvolve sua atuação e organização de forma independente do Estado, do governo e do patronato, e de forma autônoma em relação aos partidos e agrupamentos políticos, aos credos e às instituições religiosas e a quaisquer organismos de caráter programático ou institucional;
d) considera que a classe trabalhadora tem na unidade um dos pilares básicos que sustentarão suas lutas e suas conquistas.
Defende que esta unidade seja fruto da vontade e da consciência política dos trabalhadores e combate qualquer forma de unicidade imposta por parte do Estado, do governo ou de agrupamento de caráter programático ou institucional
) solidariza-.se com todos os movimentos da classe trabalhadora, em qualquer parte do mundo, desde que os objetivos e os princípios desses movimentos não firam os princípios estabelecidos neste Estatuto.
A CUT defende a unidade de ação e manterá relações com o movimento sindical internacional, desde que seja assegurada a liberdade e autonomia de cada organização."A CUT, principal conquista dos trabalhadores brasileiros no terreno da organização sindical e que completou 25 anos em 2008, e está sendo violentamente atacada por políticas divisionistas.
Às propostas de desfiliação da CUT, implementadas pela Conlutas, CTB e as outras centrais pelegas e patronais. A divisão da classe trabalhadora são interessa aos patrões e ao Estado, uma política de frente única, de unidade no combate de classe, são fundamentais para vencermos.
Somos fortes porque temos história, enraizamento social, presença nacional, organização em todos os setores da vida dos trabalhadores, sejam rurais ou urbanos, sejam da indústria, dos serviços, do comércio, sejam homens ou mulheres, negros, brancos, mestiços, índios, jovens, adultos idosos.
Contribuímos para organizar e produzimos política para a juventude, mulheres, pessoas com orientação sexuais diferenciadas, meio ambiente, moradia, educação saúde, segurança, transportes, cultura, trabalhadores públicos ou privados, etc.
Várias greves nacionais, atos e paralisações em estados e municípios mostraram a vitalidade da CUT.
As categorias que mais mobilizaram, fizeram greves e tiveram conquistadas foram organizadas e dirigidas pelos sindicatos e federações filiadas à CUT, Contraf, CNM, Condsef, FUP, por exemplo. Em o sindicalismo CUTista sempre esteve na frente, organizando e dirigindo os trabalhadores. È só buscar os dados e estatísticas do Dieese. Dois pontos comuns estavam presentes em todas elas: a luta pela ampliação ou defesa de direitos da classe trabalhadora e a presença da bandeira vermelha da Central Única dos Trabalhadores.
No setor público, a difícil luta pela mesa nacional de negociação, as conquistas salariais dos últimos anos, os novos e crescentes concursos públicos e a consequente reconstrução do papel Estado, dos serviços públicos e das políticas, a ampliação das vagas e da estrutura física das universidades, a multiplicação das escolas técnicas.
O salário mínimo acima de 300 dólares, enfim, são lutas e vitórias que tiveram combativa participação dos trabalhadores do setor público, sob direção da CUT. Nem todas as lutas nos levam a vitórias, mas não há vitórias sem lutas
Agora a luta contra o imposto sindical, em defesa das convenções 87, 151 e 158 da OIT, que significarão garantias de liberdade de organização, construção de sindicatos fortes, fortalecimento de nossas lutas em torno de estruturas nacionais ou setoriais fortes, e contra as demissões.
A luta pela redução da jornada de trabalho sem redução de salários, e principalmente a luta contra a redução dos direitos trabalhistas e pela manutenção de nossas conquistas.Os argumentos dos divisionistas são desmentidos pela realidade.
O momento exige o combate de todas e todos cutistas. Temos razões de sobra para defender a CUT, para defender a sua concepção sindical, expressa em seus Estatutos, de defesa da Liberdade e Autonomia Sindical, de luta contra a "unicidade" imposta pelo Estado e o imposto sindical, de um sindicalismo comprometido com a luta por uma sociedade sem explorados e exploradores e baseado no respeito à diversidade de idéias, na democracia sindical e em uma profunda aliança estratégica com os movimentos sociais do Brasil e da América Latina.
A tarefa de defender a CUT contra a divisão, é de todos os cutistas, independentemente de corrente de opinião, pois é a defesa de uma conquista e patrimônio de toda a classe trabalhadora. Não deve haver uma só assembléia que não tenha a presença da nossa combativa militância em defesa de nossa central.
Reafirmando os princípios e compromissos de nossa Central, participando ativamente das lutas sindicais e populares, preservando a independência e autonomia da Central diante de patrões, governos e partidos, para que ela continue a ser esta fundamental ferramenta de luta da classe trabalhadora brasileira.
Unidos somos fortes, a divisão enfraquece e fragmenta os trabalhadores na luta contra o capitalismo.
(*) Helder Molina
Historiador, mestre em Educação, doutorando em Políticas Públicas e Formação Humana, professor da faculdade de Educação da UERJ, educador sindical,
assessor de formação da CUT-RJ
Blog: heldermolina.blogspot.com
Facebook: Helder Molina Molina
Professorheldermolina@gmail.com
sexta-feira, 25 de maio de 2012
História da Organização dos Bancários
A seguir,um pouco da história de lutas e conquistas da classe trabalhadora e da categoria bancária:
Sindicato pra quê? (*)
1 - Hoje temos emprego, salário, previdência, plano de saúde, e tantos outros direitos garantidos. Milhões de trabalhadores não têm. Amanhã, quem garante que não estaremos sem emprego, vivendo na informalidade, sem salário, sem renda, sem direitos, sem futuro? É pensando nisso que nos organizamos em sindicatos.
2 - Os direitos que os trabalhadores têm, hoje, são fruto de muitas lutas, vindas desde o século XIX. Duros combates e mobilizações para melhorar a vida dos trabalhadores se deram não só no Brasil (desde a escravidão), mas no mundo inteiro.
3 - A luta pela definição, e depois pela redução da jornada de trabalho, vem de 150 anos. Quando não havia sindicatos, nem direitos trabalhistas. Era o patrão quem decidia o preço da força de trabalho e a duração da jornada. Eram de 14 ou 16 horas diárias, e o trabalho das crianças e mulheres era não-remunerado.
4 - Só na década de 1920 os trabalhadores conquistaram a jornada de 8 horas diárias. E no Brasil foi garantida na lei só em 1932. A vida “produtiva” de um trabalhador não passava de 25 anos de trabalho. Os trabalhadores viravam bagaços humanos nas engrenagens das fábricas.
Na categoria bancária, a conquista da jornada de 6 horas veio somente em 1933.
5 - Só a partir de 1910 foram garantidos o descanso aos domingos e o direito a férias. E essas conquistas foram a custa de muitas greves, mobilizações de massas, sofrendo repressões violentas, torturas, prisões, desaparecimentos, mortes. Operárias queimadas vivas numa fábrica de Chicago são prova disso.
Na categoria bancária, em 1934 aconteceu a primeira greve geral da categoria e conquista da estabilidade a partir dos dois anos de trabalho e criação do Instituto de Aposentadorias e Pensões dos Bancários (IAPB), extintos em 1967, durante a ditadura militar.
6 - Os grandes banqueiros e empresários só acumulam lucros porque exploram os trabalhadores. Dinheiro não nasce em árvore, nem cai do céu. O lucro privado ou estatal é produto da exploração do trabalho e do trabalhar e da ausência de políticas sociais de distribuição da riqueza e dos benefícios gerados pelo trabalho humano, ou quando o Estado vira um comitê de negócios e interesses das classes que dominam a sociedade e monopolizam a economia.
Itaú, Bradesco, Santander, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal. os cinco maiores bancos do país ganharam R$ 33,6 bilhões do Banco Central em 2011 como remuneração pelo depósito compulsório. Resultado das mudanças no compulsório adotadas no fim de 2010, o valor é equivalente a mais de 60% do lucro líquido destas instituições no período, que foi de R$ 50,7 bilhões. É dinheiro público sendo destinado diretamente para os bancos. Completo absurdo, mais uma enorme transferência de renda da sociedade brasileira para o setor financeiro, um dos que mais lucra no país.
Enquanto mais lucram, os bancos também lideram o ranking de reclamações do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) pela primeira vez desde que a listagem começou a ser divulgada, há doze anos. O setor conseguiu a proeza de desbancar os planos de saúde, que dominavam desde a primeira listagem. O setor financeiro também é campeão de reclamações no Banco Central.
7 - O 13º salário foi conquistado após grandes greves, confrontos sangrentos, desde 1953, em São Paulo. E só foi reconhecido em lei em 1962, no governo Goulart, após uma década de lutas.
As leis de aposentadoria, contra acidentes de trabalho, da licença-maternidade, da periculosidade e insalubridades, fundo de garantia por tempo de serviço, todas, foram resultados de muitas lutas, sem nenhuma dádiva do Estado e dos patrões.
Na categoria bancária, somente em 1957 vem a conquista da garantia de recebimento de horas extras e da aposentadoria por tempo de serviço.
E somente com a “Greve da Dignidade”, em 1961, a categoria bancária conquista o Adicional por Tempo de Serviço (ATS). Em campanha junto com outras categorias, os bancários e os trabalhadores brasileiros conquistam nesse ano o 13º salário.
8 - Foram presos mais de cinco mil trabalhadores metalúrgicos, em greve, na frente do sindicato, em São Paulo. Para conquistar um direito que os trabalhadores já tinham na Europa, Japão e nos EUA, menos no Brasil. Questão social no Brasil sempre foi “caso de polícia”.
Nada veio por bondade dos patrões, dádiva do Estado, vontade de Deus, ou por “sorte” de alguns trabalhadores. Ao contrário, só a resistência, a organização, a luta, a mobilização coletiva, traz conquista e direitos.
Na categoria bancária, após greve de 69 dias, é instituído o Dia do Bancário, em 28 de agosto, em 1951. E em 1962 é conquistado o fim do trabalho aos sábados.
9 - Todo trabalhador tem direito de se sindicalizar, exercer sua cidadania sindical, opinar, discordar, propor, eleger e ser eleito, desde que participe ativamente da vida de seu sindicato. Quando sindicalizado, não precisa descontar a Contribuição Assistencial, que é decidida em Assembleia.
10 - Nunca é demais registrar: Do céu só cai chuva, sol e as benções da fé. Todos os direitos trabalhistas, direitos sociais, políticos, que temos hoje, foram conquistados através de muitas lutas da organização sindical, dos movimentos sociais. Tudo é fruto de lutas. Se lutando já é difícil, sem luta é muito mais!
Na categoria bancária, em 1982 é conquistada a unificação da data-base de toda a categoria em 1º de setembro.
11 - O sindicato, ao cobrar Contribuição Assistencial dos trabalhadores não sindicalizados, faz um ato de justiça, pois as despesas de uma campanha salarial são grandes, e os direitos e benefícios, quando conquistados e garantidos, são distribuídos a todos e todas, os que lutaram e os que não lutaram. Não é justo que só os sindicalizados se responsabilizem pelos custos. Os sindicalizados sustentam a entidade, sempre, antes e após as campanhas salariais.
12 - Por conseqüência desse ato, a Contribuição Assistencial visa garantir recursos para as despesas da campanha salarial, como cálculos e acompanhamentos estatísticos e sócio-econômicos, assessoria jurídica, produção de boletins, viagens para negociações, materiais, jornais, publicações de editais.
13 - O trabalhador sindicalizado tem direito garantido de assistência jurídica, seja individual ou coletivo, com advogados de direitos trabalhista, criminal e cível (atendendo demandas administrativas e judiciais de condomínio, taxas, contratos, direitos lesados, defesa do consumidor). (isto varia de sindicato para sindicato)
14 - O trabalhador sindicalizado tem direito a descontos em diversas instituições de ensino, lazer, esporte, saúde e outras, com as quais o sindicato tem convênio. Ter convênio não torna o sindicato "pelego", se ele priorizar a luta coletiva, a mobilização, a independência de classe, a formação política e a comunicação de classe.
15 - Uma negociação salarial é longa, difícil, cansativa, com avanços e recuos, ainda mais em tempos de crise. O sindicato negocia duramente para que você tenha reajustes sobre o salário, sobre o tíquete e todas as outras cláusulas que envolvem valores monetários. (Leia ao final o que foi conquistado pela categoria bancária).
16 - Tenha certeza que, se dependesse da empresa você receberia 0% de reajuste salarial e seus direitos seriam reduzidos e benefícios retirados. Só não nos atacam mais, porque lutamos coletivamente, e porque o sindicato luta com você.
17 - O sindicato pode negociar Acordos de Participação nos Lucros e Resultados (PLR) com várias empresas e você pode se mobilizar e incluir sua empresa nessa relação. Só o sindicato pode negociar e assinar a PLR, pela CLT o sindicato tem o monopólio da negociação coletiva.
• Em 1995: Bancários são a primeira categoria a conquistar a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) em acordo coletivo.
Na categoria bancária, conheça as principais conquistas obtidas com muita luta por gerações de trabalhadoras e trabalhadores (e que os bancos “informam” como sendo benefícios dados por eles):
• Em 1933: conquista da jornada de 6 horas de trabalho.
• Em 1934: Primeira greve geral da categoria e conquista da estabilidade a partir dos dois anos de trabalho e criação do Instituto de Aposentadorias e Pensões dos Bancários (IAPB), extintos em 1967, durante a ditadura militar.
• Em 1951: Após greve de 69 dias, é instituído o Dia do Bancário, em 28 de agosto.
• Em 1957: Garantia de recebimento de horas extras e da aposentadoria por tempo de serviço.
• Em 1961: A “Greve da Dignidade” conquista o Adicional por Tempo de Serviço (ATS). Em campanha junto com outras categorias, os bancários e os trabalhadores brasileiros conquistam o 13º salário.
• Em 1962: Fim do trabalho aos sábados.
•Em 1986: conquista do auxílio-creche.
• Em 1990: conquista do tíquete-refeição.
• Em 1991: unificação nacional dos pisos salariais.
• Em 1992: Assinatura da primeira Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), válida para todo o país.
• Em 1994: Conquista do vale-alimentação.
• Em 1995: Bancários são a primeira categoria a conquistar a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) em acordo coletivo.
•Em 1997: Complementação salarial para bancários afastados por doença ou acidentes e conquista da verba de requalificação profissional na demissão. Criada a comissão permanente de saúde, que concluiu, em 1998, o Programa de Prevenção, Tratamento e Readaptação de LER/Dort.
•Em 2000: Inclusão na CCT – Convenção Coletiva de Trabalho da cláusula sobre Igualdade de Oportunidades.
•Em 2003: Primeira campanha salarial unificada da categoria bancária. Com greve, bancários dos bancos públicos conquistam a mesma PLR dos bancos privados.
•Em 2004: Conquista, com greve de 30 dias, de aumento real acima da inflação, o que vem se repetindo nos sete anos seguintes.
•Em 2006: Conquista do valor adicional de PLR. Pela primeira vez, BB e Caixa assinam a Convenção Coletiva de Trabalho junto aos demais bancos. Implantação de grupo de trabalho para debater assédio moral.
•Em 2007: Conquista da 13ª cesta-alimentação.
•Em 2009: Ampliação da licença-maternidade para 180 dias. Mudança no modelo de cálculo e melhorias da PLR adicional. Extensão de direitos aos casais homoafetivos de incluir parceiros como dependentes no Plano de Saúde.
•Em 2010: Instrumento de combate ao assédio moral e valorização do piso salarial.
• Em 2011: Valorização do piso salarial e da PLR. Proibição da publicação do ranking de performance no cumprimento de metas usado para pressionar e assediar os trabalhadores.
(*) – Agradecimentos especiais ao historiador, educador e pesquisador sindical Helder Molina. Também agradecemos às equipes de comunicação da Contraf-CUT e do Seeb-SP.
Edição: Arte Bancária
Postado por William Mendes às 20:04 0 comentários
Enviar por e-mail
BlogThis!
Compartilhar no Twitter
Compartilhar no Facebook
Compartilhar no Orkut
Links para esta postagem
Marcadores: Articulação Sindical, Contraf-CUT, CUT, Direitos, Formação, História
26.1.12
Contraf-CUT completa 6 anos construindo unidade e mobilização nesta quinta
Momento histórico: 1ª Congresso da Contraf-CUT, em Nazaré Paulista
A Contraf-CUT completa nesta quinta-feira, dia 26, seis anos de história com muitas lutas e conquistas para os trabalhadores do ramo financeiro. Uma história marcada pela construção da unidade nacional e da mobilização da categoria.
A entidade, com sede no centro de São Paulo, foi fundada em 26 de janeiro de 2006, durante uma assembleia histórica realizada em Curitiba. Mas a história da Contraf-CUT começou muito antes disso.
Uma história que vem de longe
As origens da confederação, que representa mais de 90% dos cerca de 480 mil bancários de todo país, se encontram na organização do Departamento Nacional de Bancários (DNB-CUT), a partir de 1985, quando aconteceu uma das maiores greves dos bancários no Brasil. Naquele ano, três sindicatos filiados à CUT (São Paulo, Porto Alegre e Londrina) formaram uma comissão que deu os primeiros passos.
O 1º Congresso do DNB-CUT ocorreu em 3, 4 e 5 de junho de 1989. A primeira diretoria eleita foi encabeçada por Ricardo Berzoini, atual deputado federal do PT de São Paulo e ex-presidente do Sindicato de São Paulo. O 2º Congresso foi realizado de 24 a 26 de agosto de 1990, onde foi aberto o debate de transformar o DNB em Federação Nacional ou Confederação.
O 3º Congresso do DNB-CUT aconteceu de 27 a 29 de março de 1992, onde foi aprovada a transformação do DNB em Confederação Nacional dos Bancários (CNB-CUT). Berzoini é eleito o primeiro presidente. Naquele ano, a entidade recém-criada assinou, junto com 120 sindicatos e sete federações, a primeira convenção coletiva nacional de trabalho, que completa 20 anos em 2012.
Seis anos de protagonismo
O primeiro presidente da Contraf-CUT, eleito no ato de fundação, foi Luiz Cláudio Marcolino, que na época presidia o Sindicato de São Paulo e hoje é deputado estadual do PT de São Paulo.
O 1º Congresso da Contraf-CUT foi realizado em 25 de abril de 2006, em Nazaré Paulista. Vagner Freitas, atual secretário de finanças da CUT, foi eleito presidente, com mandato de três anos.
A atual direção foi eleita no 2º Congresso da Contraf-CUT, ocorrido em 14 e 15 de abril de 2009, em São Paulo. Carlos Cordeiro foi eleito presidente para a gestão 2009-2012.
Muitas lutas e conquistas
Ao longo desses seis anos, a Contraf-CUT fortaleceu a unidade nacional dos bancários e esteve à frente de todas as campanhas salariais, coordenando o Comando Nacional dos Bancários e consolidando a convenção coletiva nacional de trabalho, que completa 20 anos em 2012, válida para funcionários de bancos públicos e privados de todo país.
Com a força da mobilização, os bancários concretizaram sonhos e ampliaram conquistas. Em 2011, os trabalhadores arrancaram aumento real pelo oitavo ano consecutivo, elevação dos pisos e melhoria na participação dos lucros, além de importantes avanços sociais.
"Apesar das vitórias, os desafios ainda são imensos, como o emprego decente, condições dignas de saúde, segurança e trabalho, igualdade de oportunidades, regulamentação do sistema financeiro e inclusão bancária sem precarização e sem exclusão", destaca Carlos Cordeiro.
Referência mundial
A Contraf-CUT é também referência internacional para os trabalhadores de todo mundo. É filiada à UNI Global Union, o sindicato mundial que representa cerca de dois milhões de trabalhadores da área de serviços. Carlos Cordeiro é o atual presidente da UNI Américas Finanças, que organiza os bancários do continente americano.
A entidade participa da organização de redes sindicais dos bancos internacionais, buscando a construção de acordos marcos globais para garantir direitos básicos para os trabalhadores de todo mundo. Com a atuação decisiva da Contraf-CUT, foi assinado, em 2011, o primeiro acordo marco entre a UNI e o Banco do Brasil.
Fonte: Contraf-CUT
quarta-feira, 23 de maio de 2012
O bom da vida é ter amigos, amar o que faz, e lutar pela justiça, direitos e liberda
Estas, e outras mais de 100...com/para os quais já trabalhei e estou trabalhando atualmente; - SINTRASEF-RJ - Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Federal do Rio de Janeiro - SINDSEP-MT - Sindicato dos Servidores Públicos Federais do Mato Grosso - SISEJUFE-RJ - Sindicato dos Servidores das Justiças Federais do Rio de Janeiro - SINDSEP-MG - Sindicato dos Servidores Federais de Minas Gerais - SINTUFRJ - Sindicato dos Servidores da Universidade Federal do Rio de Janeiro - SINDSER-PE - Sindicato dos Servidores Estaduais do Pernambuco - SINDSER-DF - Sindicato dos Servidores Públicos do Distribuo Federal - SINDSEP-DF - Sindicato dos Servidores Federais do Distrito Federal - SINTSEF-CE - Sindicato dos Servidores Federais do Ceará - SINDPREVS-SC - Sindicato dos Servidores da Previdência e Saúde de Santa Catarina - SINPAF - Sindicato Nacional dos Servidores das Empresas de Desenvolvimento e Pesquisa Agropecuária - SINPRO-DF - Sindicato dos Professores Públicos do Distrito Federal - CNTE - Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação - FETAMCE - Federação dos Sindicatos dos Servidores Municipais do Ceará - FENASEPE - Federação Nacional dos Sindicatos de Servidores Estaduais da CUT - FASUBRA - Federação de Sindicato de Servidores das Universidades Brasileiras - SEEB-AL - Sindicato dos Bancários de Alagoas - SEEB-CE - Sindicato dos Bancários de Alagoas - SEEB-RJ - Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro - SEEB-MS - Sindicato dos Bancários de Mato Grosso do Sul - SEEB-RO - Sindicato dos Bancários de Rondônia - SINPRO-RIO - Sindicato dos Professores do Rio de Janeiro - STIUPA - Sindicato dos Urbanitários do Pará - SINTESAM - Sindicato dos Servidores da Universidade Federal do Amazonas - SINTUFCE - Sindicato dos Servidores da Universidade Federal do Amazonas - CUT-GO - CUT-MS - CUT-MT - CUT-CE - CUT-AL - CUT-MG - CUT-ES - CUT-RS - CUT-RO - SNF/CUT-Nacional - Escola Sindical Centro Oeste da CUT - Escola Sindical 7 de Outubro da CUT -
18 anos na estrada...mas de 100 parcerias: Formação Política, Assessoria, Planejamento, Produção de Conteúdos
Mais do que nunca a formação é uma ferramenta estratégica, um elemento fundamental para construção de novas lideranças, renovação de militantes, atualização e aperfeiçoamento político de novos e antigos dirigentes.
Tenho trabalhado, nestes 18 anos, particularmente nos últimos 5, com centenas de sindicatos e federações
(tanto do setor público, quanto do setor privado. Sindicatos de categorias urbanas e rurais) do campo de CUT.
Assessorando na formação política/sindical, planejamento institucional, gestão sindical, produção de conteúdos,
publicações, pesquisas, estudos sindicais,etc.
Cito, a título de exemplos e referências, alguns sindicatos, com/para os quais já trabalhei
e estou trabalhando atualmente;
- SINTRASEF-RJ - Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Federal do Rio de Janeiro
- SINDSEP-MT - Sindicato dos Servidores Públicos Federais do Mato Grosso
- SISEJUFE-RJ - Sindicato dos Servidores das Justiças Federais do Rio de Janeiro
- SINDSEP-MG - Sindicato dos Servidores Federais de Minas Gerais
- SINTUFRJ - Sindicato dos Servidores da Universidade Federal do Rio de Janeiro
- SINDSER-PE - Sindicato dos Servidores Estaduais do Pernambuco
- SINDSER-DF - Sindicato dos Servidores Públicos do Distribuo Federal
- SINDSEP-DF - Sindicato dos Servidores Federais do Distrito Federal
- SINTSEF-CE - Sindicato dos Servidores Federais do Ceará
- SINDPREVS-SC - Sindicato dos Servidores da Previdência e Saúde de Santa Catarina
- SINPAF - Sindicato Nacional dos Servidores das Empresas de Desenvolvimento e Pesquisa Agropecuária
- SINPRO-DF - Sindicato dos Professores Públicos do Distrito Federal
- CNTE - Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação
- FETAMCE - Federação dos Sindicatos dos Servidores Municipais do Ceará
- FENASEPE - Federação Nacional dos Sindicatos de Servidores Estaduais da CUT
- FASUBRA - Federação de Sindicato de Servidores das Universidades Brasileiras
- SEEB-AL - Sindicato dos Bancários de Alagoas
- SEEB-CE - Sindicato dos Bancários de Alagoas
- SEEB-RJ - Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro
- SEEB-MS - Sindicato dos Bancários de Mato Grosso do Sul
- SEEB-RO - Sindicato dos Bancários de Rondônia
- SINPRO-RIO - Sindicato dos Professores do Rio de Janeiro
- STIUPA - Sindicato dos Urbanitários do Pará
- SINTESAM - Sindicato dos Servidores da Universidade Federal do Amazonas
- SINTUFCE - Sindicato dos Servidores da Universidade Federal do Amazonas
- CUT-GO
- CUT-MS
- CUT-MT
- CUT-CE
- CUT-AL
- CUT-MG
- CUT-ES
- CUT-RS
- CUT-RO
- SNF/CUT-Nacional
- Escola Sindical Centro Oeste da CUT
- Escola Sindical 7 de Outubro da CUT
- E outras 132 entidades, listadas nominalmente, em meu blog (heldermolina.blogspot.com)
Aguardo seu breve contato, para continuarmos este diálogo.
Fraternalmente,
Helder Molina
Blog: Blog do Helder Molina – (heldermolina.blogspot.com)
Facebook: Helder Molina Molina
Email: professorheldermolina@gmail.com
Fones: RJ - 21 2509 6333, 21 9769 4933
segunda-feira, 14 de maio de 2012
CRESCE O FASCISMO, EXPRESSÃO DA CRISE ESTRUTURAL DO CAPITALISMO
Sobre o Fascismo
Por Ernest Mandel
O ascenso do fascismo é a expressão da grave crise social do capitalismo na sua idade madura, duma crise estrutural que, como nos anos 1929-1933, pode coincidir com uma crise econômica clássica de sobreprodução, mas que ultrapassa amplamente uma simples flutuação de conjuntura.
É fundamentalmente uma crise de reprodução do capital, isto é, a impossibilidade de continuar uma acumulação «natural» do capital dadas as condições de concorrência no mercado mundial (nível dado de salários reais e de produtividade do trabalho, acesso às matérias-primas e aos mercados de produtos transformados).
A função histórica da tomada do poder pelo fascismo é a alteração pela força e a violência das condições de reprodução do capital, a favor dos grupos decisivos do capital monopolista.
terça-feira, 8 de maio de 2012
TRABALHO, EXPERIÊNCIA PRÁTICA E FORMAÇÃO TEÓRICA
FETEMS:- Como você percebe a participação dos trabalhadores da educação no movimento sindical brasileiro, a partir da sua experiência e da sua formação? -
- Molina: - Desde meados da década de 1980 os trabalhadores do serviço público em geral, estão na linha de frente da organização sindical, da busca dos direitos, e na construção de um serviço público que atenda aos reais interesses da maioria da sociedade, que são os trabalhadores.
- Foram fundamentais na luta contra a ditadura e pela reconquista da democracia e do Estado democrático de direito no Brasil, na ideologia do Estado mínimo e mercado máximo. - Tenho grande respeito, consideração e admiração pela luta dos trabalhadores da educação, e eles são fundamentais para um Estado democrático, voltado aos interesses maiores dos trabalhadores brasileiros.
- Acompanho por exemplo os investimentos realizados pela FETEMS na formação de seus afiliados e dirigentes, tem crescido muito, os sindicatos da educação são exemplares nisso.
- Uma das grandes ferramentas desses sindicatos é o conhecimento.
AS MUDANÇAS NO CAPITALISMO E NO MUNDO DO TRABALHO
FETEMS: - Algo mudou com o passar dos anos ? -
- Molina: - Desde o surgimento do capitalismo os trabalhadores lutam para garantir seus direitos. O capitalismo, e o capitalista, vive da exploração dos trabalhadores, a produção dos lucros vem do trabalho não pago aos trabalhadores.
- O trabalho do trabalhador é que produz as mercadorias, as riquezas, transforma a natureza, mas o nosso trabalho é apropriado, expropriado pelos capitalistas, pelos patrões, e nisso se assenta a exploração, a exclusão social, a miséria.
- A concetração de renda, a acumulação dos lucros advem dessa exploração e exclusão. Lutamos contra o capitalismo, e buscamos uma economia, Estado e sociedade em que o trabalho humano, e suas riquezas, sejam distribuidos de forma justa e equilibrada, entre os trabalhadores. Uma luta coletiva, processual, que se afirma em cada greve, cada mobilização, cada combate, nas vitórias e nas derrotas.
QUAL PAPEL DO SINDICATO NOS DIAS ATUAIS?
FETEMS: - Qual o papel do sindicato nos dias atuais? -
Molina: - O sindicato deve lutar pela defesa dos direitos dos trabalhadores. -
- O papel fundamental dos sindicatos é a luta e a negociação, na busca e garantia dos direitos sindicais, políticos, sociais e trabalhistas.
- O sindicato deve priorizar a organização nos locais de trabalho, estar sempre junto dos trabalhadores, ouvindo suas reivindicações, escutando suas propostas, buscando politizá-lo, trazer para a luta coletiva.
- Sozinho ninguém conquista nada. O dirigente sindical deve ser paciente, tolerante, ter argumentos, precisa estudar, conhecer a realidade, discutir conjuntura, entender de economia e de política, pois ele é um formador de opinião, um exemplo para os trabalhadores.-
- A luta prática educa os trabalhadores, no cotidiano dos enfrentamentos com os patrões e os governos, mas precisa estudar, conhecer teoria, aprofundar os conhecimentos, enfim.
O QUE É PRIORIDADE NA FORMAÇÃO DO SINDICALISTA, HOJE
FETEMS: - O que é prioridade na formação do sindicalista de hoje? -
- Molina: - Estudar e conhecer a história da nossa classe e dos sindicatos. Conhecer e analisar o que é o capitalismo, a sociedade capitalista, as classes sociais, o Estado, o papel dos sindicatos, a organização e luta na defesa dos direitos dos trabalhadores.
- Conhecer as concepções e a estrutura sindical, os desafios atuais, as dificuldades enfrentadas hoje, pelos trabalhadores, na conquista e garantia de seus direitos.
- A formação também deve ensinar o dirigente sindical a planejar a gestão, definir metas e objetivos, quais ações devem desenvolver.
- Como se comunicar, falar em público, convencer, argumentar, como negociar, como participar nas mesas como fazer uma pauta, como conduzir uma assembléia, uma plenária, etc.
OBJETIVOS DA FORMAÇÃO SINDICAL
FETEMS: - Qual é o objetivo do curso de formação sindical? -
Molina: - Um dos objetivos principais da formação é construir novas lideranças, ajudar a construir no militante uma consciência mais solidária,mais fraterna, que nada cai do céu, que as conquistas vem em processos que muitas vezes duram longos períodos.
- A Formação sindical tem o papel também de renovar a militância sindical, para dar continuidade à organização e luta dos trabalhadores em defesa de seus direitos.
- Penso que a formação é uma ferramenta muito importante para fortalecer a ação sindical, resgatar a história de lutas de nossa classe e de nosso movimento, discutir e atualizar o debate sobre as concepções e estruturas sindicais, de ontem e as atuais, mas fundamentalmente, para mim, o papel da formação é dar conhecimento político, argumento e conteúdos para compreender o mundo, a realidade social, a luta de classes e busca de uma sociedade democrática e justa.
CONTEXTO NACIONAL E AS BANDEIRAS DE LUTAS DOS TRABALHADORES
SITE DA FEDERAÇÃO DOS TRABALHADORES DA EDUCAÇÃO DE MATO GROSSO DO SUL - FETEMS
COM O PROFESSOR HELDER MOLINA -
FETEMS:Como as grandes bandeiras de luta dos trabalhadores da educação podem se inserir no contexto nacional do movimento? -
- Molina: Nas lutas permanentes, nos debates nas assembleias, na importância da formação política, nos cursos de formação, para alargar nossa visão de sociedade, superando o corporativismo e o burocratismo, que nos faz olhar para os próprios umbigos. As mesas nacionais e setoriais de negociação com o governo, os grupos de trabalhos, os avanços nas negociações com o governo, agora que temos um governo que negocia, ouve os trabalhadores, e reconstrói o Estado, que foi destruido nos tempos neoliberais, tudo isso é importante, mas não pode substituir a autonomia, a independência e a luta dos trabalhadores. Sindicato deve ser independente de partidos e do Estado, ter autonomia e se basear nos reais interesses dos trabalhores, elevando sua consciência e reafirmando sempre que só a luta conquista direito, e que tudo que conquistamos até hoje é fruto de nossa luta e organização.
- Helder Molina é professor da faculdade de educação da Uerj, disciplina Educação e Movimentos Sociais, é licenciado e bacharelado em História, pela UFF, e mestre em Educação, pela UFF, doutorando em Políticas Públicas e Formação Humana.É educador popular e sindical, assessor de formação e pesquisador sindical, estuda no doutorado o tema que vincula trabalho-educação- direitos sociais-sindicalismo e consciência de classe e capitalismo.
CURSO FORMAÇÃO FETEMS/CNTE - TEORIA POLÍTICA - CONCEPÕES DE ESTADO E POLÍTICA
O 1º Eixo do curso foi realizado durante o primeiro semestre de 2012, abordando a Concepção Sindical, o primeiro momento do Programa que aconteceu nos dias 26 e 27 de março.
O tema debatido ontem (2) e hoje (3) foi Teoria Política, o tema foi ministrado pelo professor da UERJ (Universidade Estadual do Rio de Janeiro) professor Helder Molina, educador popular e sindical, professor da faculdade de educação da disciplina Educação e Movimentos Sociais, licenciado e bacharelado em História, mestre em Educação, doutorando em Políticas Públicas e Formação Humana.
Para Thereza Cristina Ferreira Pedro, presidente do SIMTED de Coxim, o eixo dedicado a Teoria Política, foi mais aprofundado em relação a outros já estudados. “Temos realmente que algumas vezes parar as atividades nos sindicatos e nos dedicar aos estudos, só assim podemos assimilar a essência das teorias. A troca de experiência é outro fator imprescindível que faz valer muito a pena buscar sempre os cursos de formação”.
Na opinião de Ana Clayre, de Paranaíba a importância do estudo realizado durante os dois dias é fundamental. “Estes dois dias foram ótimos, o curso de formação ajuda a demonstrar o quanto a visão em relação ao movimento sindical é ampla, quanto mais as discussões se aprofundavam percebi que a luta não é egoísta, egocêntrica, não é por uma categoria em si, ela é muito maior, é pela sociedade”.
Nos próximos módulos será estudado Economia Política, nos dias 25 e 26 de junho, História do Movimento Sindical e Popular no Brasil e para encerrar, nos dias 30 e 31 de julho, serão debatidas questões sobre a História do Movimento Sindical da Educação.
Assinar:
Postagens (Atom)