CONCEPÇÃO, METODOLOGIA E PROCESSO DE
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DE GESTÃO
Helder Molina – 2008
Entendemos que só PLANEJA QUEM EXECUTA, e que só EXECUTA QUEM PLANEJA. Isto não são meras palavras. Os sujeitos do planejamento são os sujeitos da execução. Cada ação planejada e executada possibilita testa a viabilidade da execução completa do que foi planejado estratégicamente. A não execução geram descontinuidade, desorganização, frustração e o consequente retorno ao improviso e à “política de bombeiro”(apagar incêndios), ou da “ tática da maré” (vai para onde o vento leva).
• Os atores do planejamento devem ter governabilidade e vontade política, isto é, vontade e engajamento para desenvolvimento das ações.
• Legitimidade política dos atores e governabilidade sobre as metas, ações, tarefas e prazos planejados.
• Gerenciamento dos recursos necessários (financeiros, humanos e políticos).
• Vontade política e perseverança em executar o que se planejou.
• Ter um plano de contingenciamento, para enfrentar as emergências, os acontecimentos inesperados e as mudanças de prioridades.
• Quem planeja é quem executa, isto é, os atores deverão participar de todo o planejamento e se envolver na sua execução.
a) Quem é o ator ou grupo que planeja ?
Quando um grupo de pessoas se reúne para planejar, o primeiro passo pe definir quem é o ator que está planejando, que não se confunde com outros atores ,mesmo que entre seus membros algumas pessoas participem de outros grupos também. Para saber quem é o ator que planeja, três coisas são importantes.
• Quem está planejando? É um movimento, entidade, associação, sindicato, gabinete, secretaria ou apenas a coordenação de um desses grupos?
• Onde ele atua? No bairro, na paróquia, na cidade, no estado, na secretaria, na sede ou subsede? Pode ser que o grupo tenha uma atuação nacional.
• O que este ator faz? Sua atuação se dá em que tipo de luta ou intervenção social?
Quem é o ator?
Ator é o sujeito coletivo que está comprometido com a ação e participando do processo de planejamento. “Planeja quem executa e executa quem planeja”.
b) Quais são os problemas que precisam ser enfrentados e resolvidos
O ator, querendo modificar sua realidade na prática, encontra problemas que dificultam atingir seus propósitos. Nesse passo, é necessário listar todos os problemas que atrapalham a ação do ator que planeja.
O que são os problemas?
Problemas são as dificuldades que nos impedem atingir o que queremos. Só tem problemas quem vai realizar algo. É na hora de agir que eles aparecem. Quem não faz nada não tem problemas nem insatisfações. O problema é um desafio, incomoda, está sempre no estado negativo.
Listados os problemas, deve-se decidir quais deles iremos enfrentar primeiro. Para isto, vamos medir em que condições nos encontramos diante dos problemas. Devemos levar em conta nossa governabilidade, nossa capacidade, nossa vontade, o impacto que o problema tem sobre nossa atuação e como o problema nos afeta.
Depois de escolhido o problema que iremos enfrentar, devemos explicá-lo, ou seja, buscar suas causas, que muitas vezes não aparecem. È preciso descobrir o que origina o problema. Se nós tivermos uma compreensão correta do que causa nosso problema, será mais fácil achar o caminho para superá-lo. A tarefa, agora, portanto é listar as causas principais do problema que selecionamos. Na realidade não se trata de buscar uma única causa, mas várias, em momentos distintos, que podem mudar.
Ter governabilidade
Governabilidade são os recursos que o ator tem para decidir e realizar o que foi decidido. O ator pode ter governabilidade alta, média ou baixa, em relação a problemas diferentes. A governabilidade pode ser alta, quando a solução de um problema depende apenas de nós. Quando a solução depende de outros, a governabilidade pode ser média ou baixa.
Ter capacidade e vontade
Capacidade é o conjunto de recursos de todos os tipos que o ator possui para superar seus problemas. Cada problema requer um tipo de capacidade diferente. As capacidades podem ser adquiridas com um treinamento. Em geral, são ligadas a habilidades como conhecimento, recursos materiais e financeiros.
Vontade é o desejo do ator para resolver um problema específico. Ás vezes, um problema está fora de nossa governabilidade, mas como ele causa grande mal-estar, ou por algum outro motivo, o ator tem alta vontade de resolvê-lo.
A vontade está alta para resolver todos os problemas, em geral os atores têm vontade de resolver tudo. Nesse momento, o ator deve pensar qual problema quer enfrentar primeiro. A pergunta aqui é: olhando para esse quadro, qual problema escolheremos por considerá-lo estratégico?
c) Explicitar quais objetivos do ator.
O que são objetivos?
Objetivo é sempre o desejo maior de um ator, porque une um determinado grupo de pessoas. Ele é o fruto do desejo de mudança em relação a uma situação indesejada. Nesse sentido, por um lado, o plano não esgota o objetivo. Por outro lado, os objetivos devem ser explícitos e delimitados
d) Elaborar um plano de ação?
Construir um caminho para chegar a esses resultados esperados, orientados pelo projeto do ator. È a hora de construir o fruto do planejamento, ou seja, o plano de ação. Vários planejamentos fazem apenas essa última parte e, depois, as pessoas se cobram do porquê não conseguirem chegar aos resultados. Quem não explicou a realidade, não avaliou possibilidades, que chances de êxito terá na hora da ação? Planejar requer visão ampla, criatividade e propostas viáveis.
O que é Plano de Ação?
Plano de ação é o conjunto de ações, com os respectivos prazos, as pessoas responsáveis e os recursos necessários, para chegar a um resultado proposto.
O plano é composto por
• Problemas explicitados.
• Objetivos delimitados
• Ação: tudo de que necessitamos fazer para atingir o resultado proposto;
• Prazo: data precisa em que o gerenciamento será feito;
Responsável: pessoa que nem sempre terá de realizar uma ação, mas será fundamental para que essa ação seja cumprida. O responsável pela ação tem nome e sobrenome, não pode ser o grupo todo;
Recursos: tudo de que necessitamos para realizar a ação. Não apenas recursos financeiros, mas custo, recursos de conhecimento, tempo em horas, infra-estrutura (sala e material necessário), recursos políticos, de organização ou até uma ação realizadora anteriormente.
e) Analisar a viabilidade do plano de ação.
Trata-se de verificar se o plano de ação desenhado tem viabilidade. Não adianta um plano bem elaborado se o grupo não tem os recursos para coloca-lo em prática. Analisar a viabilidade é estabelecer a relação entre os recursos de que necessitamos e os recursos que temos efetivamente. Se uma ação é bastante estratégica, ou seja, elimina nossos principais problemas, mas não temos os recursos necessários para realiza-la, então vamos construir o plano de viabilidade
f) Definir como será o gerenciamento.
Por fim, nesse passo, o grupo já tem segurança sobre como e onde quer chegar. Só falta o grupo definir os instrumentos de gerenciamento para execução do plano. Por mais bem feito que seja o nosso plano, e por mais boa vontade que a gente tenha, ainda corremos o perigo de um grande fracasso, se não fecharmos o nosso planejamento com a chave de ouro chamada “gerenciamento”. O ator precisa indicar alguém que, com elegância, cobre de todos a execução do plano. O plano deve ficar à vista, escrito em cartazes. O (a) “gerente” deve trazer o plano para a reunião, com freqüência, para que seja lembrado e corrigido. Da noite para o dia nossa realidade pode mudar e devemos adaptar o nosso plano. Se não for feito em tempo, fracassa. Corrigido na hora certa, todo o grupo reassume com satisfação. O plano não é feito para nos oprimir. Ele é feito para a gente perceber que os frutos estão madurando e que se aproxima à hora alegre de colher o fruto dos resultados esperados.
O que é gerenciamento?
Gerenciamento é monitorar a realização das ações ou modifica-las, se necessário. Teremos, então, o dia-a-dia organizado por estratégias preestabelecidas e a incorporação dos novos desafios que a prática nos coloca. O gerenciamento é importante, porque a realidade é dinâmica e outros atores estão jogando, também, contra ou a favor do nosso projeto. São instrumentos de gerenciamento:
1. elaborar uma cópia do plano de ação para todas as pessoas envolvidas na execução;
2. formar uma comissão que tome iniciativas, quando surgem algumas surpresas;
3. agendar reuniões de gerenciamento;
4. ir executando, avaliando, mudando ações, elaborando relatórios, prestando conta.
5. afixar o plano mês a mês em um lugar visível para todo o grupo. Acrescentar uma coluna para descrever a situação atual e possíveis encaminhamentos.
O grupo deve decidir as datas de reuniões de gerenciamento e quem entregará as cópias do plano para todas as pessoas envolvidas. Nas reuniões de gerenciamento, verificar a situação atual de cada ação. O gerente, ou a gerente do plano, deve ser uma pessoa com legitimidade política suficiente para cobrar a realização das ações e ao mesmo tempo ver o que cada pessoa precisa
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Helder Molina. Historiador, mestre em Educação, doutor em Políticas Públicas e Formação Humana, pesquisador e educador sindical, professor da faculdade de Educação da UERJ), professorheldermolina@gmail.com. 21 2509 6333, 9 97694933
Blog: http//:heldermolina.blogspot.com – Facebook: Helder Molina Molina
Doutor em Políticas Públicas e Formação Humana (UERJ); Mestre em Educação (UFF); Licenciado e Bacharel em História (UFF). Trabalho com Assessoria Sindical; Formação Política; Produção de Conteúdos; Planejamento; Gestão; Elaboração e Produção de Cadernos de Formação, Apostilas, Conteúdos Didáticos; Produção e Execução de Cursos, Seminários, Palestras, Aulas, Oficinas; Produção de Projetos Sindicais, professorheldermolina@gmail.com - 21 997694933,Facebook: Helder Molina Molina
quinta-feira, 14 de julho de 2016
quarta-feira, 6 de julho de 2016
4 MESES EM GREVE !! A UERJ SE NEGA A MORRER!! SOCORRO! MAS NÃO TEM ARREGO, GOVERNO LADRÃO NÃO TEM SOSSEGO!!
4 MESES EM GREVE !! A UERJ SE NEGA A MORRER!! SOCORRO! MAS NÃO TEM ARREGO, GOVERNO LADRÃO NÃO TEM SOSSEGO!!
Estamos em greve há 4 meses, desde 09 de março de 2016, na verdade o primeiro semestre acadêmico de 2016 não começou, e já estamos em julho. Continuamos com salários atrasados e parcelados. Ontem recebemos a segunda parcela de maio, O salário de junho não temos data para receber. A UERJ está sem receber recursos do Estado há seis meses. Sem verbas de custeio não tem como funcionar a universidade. 500 trabalhadores terceirizados foram demitidos de modo sumário e covarde, depois de 6 meses sem receberem salários, e seus direitos trabalhistas e verbas rescisórias sequer foram pagos. Escravidão é pouco. Quanto a nós, agora sofremos ameaças de demissões de concursados em estágio probatório, e os que fizeram concurso em 2015 e 2016 não foram empossados. O governo do Estado do RJ é a própria calamidade pública. Isenções fiscais em troca de propinas ao longo de 12 anos faliram o Estado do Rio para as políticas sociais e servições públicos. todas as políticas sociais estão paralisadas, sem recursos, e todos os serviços públicos em colapso completo. Mas as obras e os contratos com as empresas estão sendo honrados em dia. Continuam as isenções fiscais, os perdões de dívidas, os negócios com as empresas, Sergio Cabral é o chefe da quadrilha, o PMDB golpista quebrou o Rio, o roubo está em todos os jornais, as empresas laranjas contratadas por Cabral e Pezão, como Delta e Carioca, e a prisão de Fernando Cavendishi, e a delação da Odebrecht de que doou propinas milionárias a Cabral estão estampadas nos jornais e TVs, só que quem paga é a população do Estado, os mais pobres, os serviços públicos, os servidores públicos, as políticas sociais, em nome da olimpíada da exclusão. Não tem arrego, vocês tiram nossos salários e direitos, não tiramo seu sossego! Golpistas, ladroes de dinheiro público, PMDB é a máfia, é a calamidade pública.
Estamos em greve há 4 meses, desde 09 de março de 2016, na verdade o primeiro semestre acadêmico de 2016 não começou, e já estamos em julho. Continuamos com salários atrasados e parcelados. Ontem recebemos a segunda parcela de maio, O salário de junho não temos data para receber. A UERJ está sem receber recursos do Estado há seis meses. Sem verbas de custeio não tem como funcionar a universidade. 500 trabalhadores terceirizados foram demitidos de modo sumário e covarde, depois de 6 meses sem receberem salários, e seus direitos trabalhistas e verbas rescisórias sequer foram pagos. Escravidão é pouco. Quanto a nós, agora sofremos ameaças de demissões de concursados em estágio probatório, e os que fizeram concurso em 2015 e 2016 não foram empossados. O governo do Estado do RJ é a própria calamidade pública. Isenções fiscais em troca de propinas ao longo de 12 anos faliram o Estado do Rio para as políticas sociais e servições públicos. todas as políticas sociais estão paralisadas, sem recursos, e todos os serviços públicos em colapso completo. Mas as obras e os contratos com as empresas estão sendo honrados em dia. Continuam as isenções fiscais, os perdões de dívidas, os negócios com as empresas, Sergio Cabral é o chefe da quadrilha, o PMDB golpista quebrou o Rio, o roubo está em todos os jornais, as empresas laranjas contratadas por Cabral e Pezão, como Delta e Carioca, e a prisão de Fernando Cavendishi, e a delação da Odebrecht de que doou propinas milionárias a Cabral estão estampadas nos jornais e TVs, só que quem paga é a população do Estado, os mais pobres, os serviços públicos, os servidores públicos, as políticas sociais, em nome da olimpíada da exclusão. Não tem arrego, vocês tiram nossos salários e direitos, não tiramo seu sossego! Golpistas, ladroes de dinheiro público, PMDB é a máfia, é a calamidade pública.
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